Panorama da logística para e-commerce no Brasil
Logística para e-commerce no Brasil
Brasil e o e-commerce
Sabe-se que o e-commerce no Brasil cresce de maneira acelerada. A evolução da tecnologia, novos hábitos de consumo, ascensão de marketplaces gigantes como Mercado Livre, Magalu, entre outros, e o crescimento da malha logística no País, têm catalisado o aquecimento da modalidade de consumo virtual.
Ainda assim, um grande acontecimento na história mundial, que infelizmente arrasou a vida de famílias e diversos empreendedores, foi um dos motivos evidentes do crescimento do comércio eletrônico, sendo tal acontecimento, a COVID-19.
Nesse contexto, a Flexsas abordará na sequência, algumas informações e indicadores que corroboram a importância e ascensão do e-commerce no Brasil.
O e-commerce e seus componentes
Mais do que uma vitrine online, regada de filtros, preços, promoções e mais recursos de usabilidade, o e-commerce está em uma esfera que abrange, de maneira bastante relevante, aspectos da cadeia de suprimentos.
Isto é, do que adianta uma ótima experiência virtual de compra, se o seu produto não chega da maneira correta, no tempo certo e com informações relevantes durante toda a jornada de preparação e entrega do pedido ao cliente final? Os clientes querem praticidade em toda a jornada de compra, desde o momento de pesquisa pelo produto, até mecanismos de pagamento e recebimento do produto.
Isso envolve um alinhamento muito estreito entre o universo do marketing e vendas dos lojistas virtuais e a logística de seus negócios, que tangencia as atividades de separação do estoque, empacotamento do pedido, preparação para entrega e execução do transporte “last mile”, que representa a última etapa antes do produto de chegar ao seu destino final.
Portanto, o e-commerce, em um âmbito holístico, envolve tecnologia, marketing, vendas, armazenagem, manuseio e transporte de pedidos. No que se refere aos aspectos da cadeia de suprimentos, podemos ressaltar que um “fulfillment” bem feito, representa uma estratégia vencedora para lojistas virtuais que querem entregar com velocidade, acurácia e obter recorrência de compra.
Sendo assim, entenda alguns pilares que ficam no entorno do e-commerce
Indicadores da ascensão do e-commerce no Brasil
Os gráficos abaixo mostram o quão otimista é o cenário do e-commerce no Brasil. Superamos os 80 bilhões de reais em 2020, representando um crescimento acima de 40% frente a 2019, além de um volume que excede 190 milhões de pedidos. Um grande catalisador disso foi a pandemia, que “forçou” o brasileiro a adotar diferentes hábitos de consumo.
De fato, com uma experiência positiva, os clientes tendem a comprar com recorrência e confiança, o que está diretamente relacionado à experiência de compra, com uma jornada de compra simplificada, e processo de entrega acurada e satisfatória em termos de prazo e custo.
Fonte: Ebit | Nielsen Webshoppers 43, 2020.
Fonte: Ebit | Nielsen Webshoppers 43, 2020.
Outro fato interessante sobre a evolução substancial do e-commerce em um período de um ano, é que as empresas que atuam no mercado online, precisam inovar cada vez mais, visto que o cenário competitivo se torna cada vez mais acirrado, exigindo criatividade e estratégias em logística de manuseio e transporte por parte dos lojistas virtuais que observam escala em seus negócios.
Logística de armazenagem no e-commerce
De maneira muito simples, devemos entender que antes mesmo dos pedidos serem separados e empacotados para entrega, deverão estar acondicionados em um local físico, isto é, compondo um estoque. O gráfico abaixo mostra a configuração de armazenagem no e-commerce brasileiro, considerando operações de armazenagem própria, terceirizada e híbrida (própria + terceirizada).
Fonte: ABComm&ComSchool, 2019
Recomendados pelo LinkedIn
De fato, maior parte dos lojistas virtuais (varejistas, marcas e pequenas lojas) no Brasil, acabam internalizando a logística de armazenagem. Vale ressaltar que, grandes marcas e varejistas possuem orçamento e volumetrias condizentes para executarem uma logística “indoor”, bem como marketplaces que trabalham com operação própria de vendas e entrega. Ainda assim, cabe observar que a terceirização tende a ser um mecanismo de expansão de malha, bem como redução de custo na entrega, visto que pode-se alocar o estoque em centros de fulfillment mais próximos ao consumidor, em especial tratando-se de pequenas e médias empresas com poder de investimento relativamente baixo (aluguel/aquisição de galpões logísticos, automação da logística e manutenção da operação própria) se comparado a uma grande marca ou varejista.
Empresas muito pequenas ou muito grandes, tendem a internalizar a logística. Esta última, em especial, pode configurar a terceirização de parte de suas operações de fulfillment, para se tornarem mais competitivas com a pulverização da malha.
A importância do transporte associado aos armazéns logísticos no e-commerce
Sabendo que o fluxo de uma mercadoria até ao cliente final, passa por diversas etapas dentro da cadeia de suprimentos, cabe ressaltar que além da localização estratégica do estoque, é necessária a formatação de uma rede de transportadoras last mile que permita entregas mais rápidas e proporcionalmente baratas, atendendo às exigências de consumo.
Nesse cenário, destaca-se abaixo o custo com entregas no e-commerce brasileiro, que possui maior participação no custo total logístico.
Fonte: ABComm&ComSchool, 2019
O frete grátis é oferecido por lojas que desejam aumentar a taxa de conversão e ganhar participação de mercado − mesmo comprometendo a margem de lucro. Webshoppers, 2018.
Concentrar a origem do transporte no sudeste (região que mais possui centros de fulfillment no Brasil) somente, não garante tanto sucesso quando os destinos estão na região nordeste, por exemplo. Afinal, o custo e tempo de entrega poderão dificultar a conversão da venda.
Ainda assim, mesmo que com uma malha logística de armazéns pouco concentrada no norte e nordeste, perceba que em 2020 houve um salto relevante no faturamento do e-commerce para essas regiões. Naturalmente, a movimentação de grandes marketplaces como Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza no que se refere à abertura de centros de distribuição no nordeste, tende a estar correlacionada com esse resultado de evolução – o que reitera a importância da pulverização do estoque. Ainda assim, tratando-se de outros canais de vendas, tal como as próprias plataformas dos sellers, é necessário que se tenha uma rede pulverizada de centros de distribuição para fulfillment, integradas com uma rede de transportadoras last mile, visando cobrir o processo com agilidade e a preços acessíveis, permitindo a escalabilidade de sellers e maiores conversões de vendas, independentemente do canal de vendas.
Fonte: Ebit | Nielsen Webshoppers 43, 2020.
Considerando um cenário de malha pulverizada de armazéns, junto à democratização de transportadoras de encomendas, pode-se dizer que o e-commerce terá maior acessibilidade por consumidores fora do eixo sul-sudeste, permitindo maior rentabilidade aos lojistas virtuais, e maior satisfação do consumidor brasileiro – entregas mais rápidas e baratas.
As exigências de consumo virtual no Brasil
Em uma ótica global, o mercado consumidor online tem cada vez mais sido exigente com relação à velocidade da entrega. De fato, busca-se um balanceamento adequado no que se refere prazo versus custo. De qualquer forma, possuir uma infraestrutura condizente para poder atender aos anseios dos consumidores, é algo cada vez mais exigido na logística para e-commerce.
O gráfico abaixo mostra o prazo médio de entrega no Brasil, indicador esse que ainda fica aquém de algumas operações de marketplaces que garantem entregas no mesmo dia (same day delivery), no dia seguinte (next day delivery) ou, em até 2 dias (two day delivery).
Fonte: ABComm&ComSchool, 2019.
A performance no prazo de entrega, associada a boas condições comerciais, tem sido um “driver” que gera maior competitividade a sellers dos mais variados setores, e tende a ser algo irreversível, isto é, forçará uma série de lojistas virtuais com presença no mundo online, a reinventarem a sua logística, seja com recursos próprios ou, de maneira terceirizada.
O fato de somente garantir o frete grátis, não somente compromete a margem dos sellers, mas também não garante que a entrega será dentro de uma janela aceitável de entrega, portanto, definir uma estratégia de alocação de estoque, somada a um last mile que garanta tarifas mais democráticas, será um grande “game changer”.
As tendências de logística para um e-commerce vencedor
Podemos sintetizar tudo que foi abordado neste artigo para efeito de tendências da logística do e-commerce no Brasil:
Nesse cenário…
Mais que terceirizar a operação logística do seu e-commerce, é integrá-la com um 4PL como a Flexsas, que escolherá os melhores centros de fulfillment para manusear seus pedidos, além de fornecer tecnologia e atendimento de ponta, com capacidade de escala e redução do seu custo logístico, devido à aplicação de melhores práticas ao processo, bem como a conexão com transportadoras a armazéns logísticos pulverizados pelo Brasil, garantindo entregas mais rápidas e baratas.
Deixe-me saber se quiser tornar a logística do seu e-commerce, mais competitiva =)
.
1 a👍👍👍