Lula demite o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates

As notícias de política mais relevantes para o início do seu dia, diretamente da redação de VEJA.

MUDANÇA NA PETROBRAS

Lula demitiu Jean Paul Prates do comando da Petrobras, após longo processo de fritura dentro do governo. Em mensagem interna, o agora ex-presidente da estatal disse que a "missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa" e desejou sorte aos colegas. Os citados ministros de Minas e Energia e da Casa Civil foram os principais detratores de Prates no governo. Segundo a empresa, a saída foi "a pedido" e feita "de forma negociada". Para comandar a companhia, Lula indicou Magda Chambriard. Engenheira, ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo durante o governo Dilma e será a sexta presidente da petroleira em três anos.

AUXÍLIO PARA O RS

Lula viaja ao Rio Grande do Sul nesta quarta pela terceira vez desde o início das chuvas no estado. Em um evento na cidade de São Leopoldo, o presidente deve anunciar, ao lado dos chefes dos demais Poderes e do governador Eduardo Leite, o pagamento de um auxílio emergencial às famílias atingidas pelas enchentes. O valor que será pago para cerca de 100 mil famílias deve ficar em torno de R$ 5 mil. O presidente também deve anunciar o ministro Paulo Pimenta como 'autoridade federal' no RS durante a situação de calamidade na região. Até o momento, as tempestades deixaram 149 mortos, além de 112 desaparecidos e 806 feridos. Segundo a Agência Nacional de Águas, o nível do Guaíba está em 5,22 metros. Estimativas apontam que há risco de o lago seguir acima da cota de inundação, que é de 3 metros, por até mais um mês.

AMPLIAÇÃO DE VOOS

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou, em entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA, que o governo federal trabalha para "ampliar os voos regionais do estado" por meio de aeroportos menores, como o de Canoas. Isso ocorre porque o Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, está fechado e sem prazo para reabertura. o ministro também pediu que as autoridades "unam esforços para tratar das medidas mais emergenciais e, paralelamente, desenhem junto com o estado e municípios um grande plano de investimentos" para o setor. A respeito do prejuízo no principal aeroporto do RS, que é privado, Costa disse que só será possível fazer uma avaliação após a água baixar.

ATA DO COPOM

No documento sobre a última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que definiu por um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, os diretores confirmaram que o cenário externo e o aumento do risco fiscal interno pesaram na decisão. Os quatro diretores que defenderam uma redução de 0,50 ponto percentual citaram uma ameaça de perda de credibilidade ao alterar a indicação da reunião anterior, que era por uma queda de 0,5. A ata reforçou ainda o tom mais duro sobre o futuro da política monetária. Os diretores também citaram os possíveis impactos econômicos da tragédia no Rio Grande do Sul.

VEJA: Saiba antes. Saiba mais.