A luz no fim da crise

De um lado, discursos que mitigam a existência de uma pandemia e materializam teorias da conspiração. Do outro, a guerra e o pânico instaurados através de projeções médicas e econômicas apocalípticas, decorrentes da presente crise. Extremos polos de desinformação, dissociando o real do abstrato, moldando visões distorcidas dos fatos.

Fronteiras não se fecham todos os sábados, países não hibernam por acaso. Não se congela mundialmente a economia por um simples resfriado, bem como não se mede a letalidade de uma doença com a régua da mortalidade no trânsito, pelo consumo de drogas e álcool, ou qualquer outra doença que nos assola diariamente. Existem contextos distintos, planos, ações e desdobramentos que vão além dos números famintos.

Deste modo, não se pode negar a presente gravidade do contágio, tampouco negligenciar as projeções pessimistas acerca dos mais obscuros impactos, no entanto, é preciso buscar nessa história o seu terceiro lado, o ponto de equilíbrio entre os extremos retratos, a visão convergida a um caminho sensato, que nos leve a luz no fim da crise, clareando o progresso futuro e obscurecendo o temido colapso.