Máquinas rodoviárias e agrícolas têm um bom momento na indústria

Máquinas rodoviárias e agrícolas têm um bom momento na indústria

A ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores apresentou no último dia 28 de fevereiro os números de 2023 e projeções para 2024 para a produção, venda e exportação das máquinas rodoviárias e as de uso agrícola, com destaque para os constantes investimentos que o setor vem fazendo na média de R$ 1,5 bilhão por ano, desde 2019, em capacidade produtiva, pesquisa e desenvolvimento.

O valor total de investimentos de R$ 9 bilhões de suas associadas desde 2019 possibilitou que a indústria de máquinas e equipamentos instalada no Brasil ampliasse a produção com as mais modernas tecnologias de produtividade, descarbonização e segurança.

Para esse ano a associação projeta um crescimento para as vendas internas e externas de máquinas rodoviárias, setor que engloba tratores de esteira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, rolos compactadores, minicarregadeiras e manipuladores telescópicos.

Em 2023 o setor de máquinas rodoviárias teve o seu segundo melhor ano da história, com 30.399 unidades vendidas e a expectativa é fechar o ano de 2024 com uma alta de 5% e atingir o total de 31 mil unidades vendidas.

Para a ANFAVEA esse crescimento é possível em razão da liberação de recursos para obras do PAC e o Marco do Saneamento, duas grandes oportunidades para aquecer as vendas de máquinas de construção já neste ano de 2024.

As exportações de máquinas rodoviárias estão numa fase bastante positiva, com 16.611 unidades enviadas para outros países em 2023, aumento de 9,5% sobre 2022. E a previsão é de nova elevação neste ano, alcançando o volume de 17.800 unidades, com crescimento de 7%.

É possível tornar as operações do segmento ainda mais competitivas e eficientes melhorando a eficiência econômica de todos os elos produtivos da indústria automobilística e não apenas de uma das partes. Com a redução de custos e a monetização créditos tributários na operação direta e indireta, por exemplo, pode-se reduzir entre 2% e 5% do custo do produto exportado.

Já as máquinas agrícolas devem ter um pequeno recuo em 2024. Após três anos de crescimento consistente, com um pico de mais de 70 mil unidades vendidas em 2022, entre tratores de roda e colheitadeiras de grãos, o ano passado as vendas atingiram 60.981 unidades.

Para a ANFAVEA esse recuo de 13,2% ocorreu em razão da cautela entre os agricultores, em função do clima adverso e de problemas de financiamento para os clientes, lembrando que até o mês de agosto de 2023 a Selic estava em 13,75% e fechou o ano em 11,75%.

Este ano, ainda afetado por questões climáticas, preços das commodities e condições de crédito, deverá registar 54.300 unidades comercializadas, 11% a menos que no ano anterior.

As exportações de máquinas agrícolas deverão ter uma pequena queda de 3% em 2024, com 8.500 unidades enviadas para outros países, sendo, portanto, ainda mais necessário impulsionar o aproveitamento dos créditos tributários, com a aplicação de tecnologia de ponta para proporcionar fluidez de caixa das fabricantes da indústria.

“Embora os números destes segmentos tenham certa volatilidade em função de serem ferramentas de trabalho, que dependem de uma série de fatores econômicos, de crédito e até climáticos, o mais importante é que desde 2019 as nossas associadas de máquinas vêm investindo em média R$ 1,5 bilhão/ano em capacidade produtiva e P&D”, afirmou Márcio de Lima Leite, Presidente da ANFAVEA, durante a coletiva de imprensa.

Hoje o Brasil é hub de produção desses equipamentos para seu grande mercado interno, que é o quarto maior do mundo em máquinas agrícolas e sexto em máquinas rodoviárias e nas exportações as fabricantes instaladas no País atendem mais de 120 países.

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