México renova isenção de impostos: oportunidade para o Brasil
Porto de Santos: commodities lideram, mas ZPEs podem mudar o jogo
O Porto de Santos segue como um dos principais motores da economia brasileira, com soja, açúcar de cana e milho liderando as exportações.
Segundo dados da Logcomex, durante os 11 meses de 2024, a soja gerou US$ 12,05 bilhões FOB, representando 27,9 milhões de toneladas. Apesar disso, houve uma queda de 22% no valor FOB e de 6% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2023.
Por outro lado, o açúcar de cana apresentou crescimento expressivo de 24% no valor FOB e 28% no volume exportado, enquanto o milho registrou variações negativas de 32% no valor FOB e de 20% no peso total.
Enquanto as commodities dominam o cenário atual, as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) podem redefinir o futuro do comércio exterior brasileiro.
Com incentivos fiscais destinados a produtos industrializados, essas zonas têm o potencial de atrair indústrias e diversificar a pauta exportadora do país.
A China e os Estados Unidos se destacam como os principais destinos das exportações brasileiras, com a China representando 34% do valor FOB total em 2024.
O estado de São Paulo segue como o principal motor das exportações via Porto de Santos, respondendo por 45% do total FOB exportado, reafirmando a relevância estratégica deste porto para o comércio exterior do Brasil.
México prorroga isenção de impostos para alimentos
O governo mexicano anunciou a prorrogação do Pacote contra a Inflação e Desabastecimento (Pacic), que mantém a isenção de impostos sobre a importação de alimentos essenciais, como milho, carnes e ovos.
A medida fortalece a competitividade dos produtos brasileiros no México, que durante os 11 meses de 2024 totalizaram US$ 7,2 bilhões (FOB) em exportações. A soja foi o principal destaque, registrando leve alta de 1% no volume exportado (1,6 milhão de toneladas), apesar de uma queda de 16% no valor FOB.
Por outro lado, o milho e o setor automotivo enfrentaram retrações significativas. O milho apresentou uma redução de 22% no valor FOB e de 31% no peso líquido exportado. No setor automotivo, os veículos com motor de cilindrada entre 1.000 e 1.500 cm³ sofreram quedas de 47% no valor FOB e 46% no volume exportado.
Com o Pacic renovado, o Brasil tem a oportunidade de consolidar sua posição no mercado mexicano, diversificar produtos e explorar novos segmentos. Estruturas estratégicas como o Porto de Santos, responsável por 38% do valor exportado ao México, desempenham um papel crucial nessa dinâmica.
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