Mês do Advogado - Humanizar a advocacia

Mês do Advogado - Humanizar a advocacia

Ainda que discreta, há uma onda de discussões nos grandes centros mundiais sobre a humanização da advocacia, uma área que não é conhecida exatamente por fazer mudanças rápidas.

Há poucas semanas li um artigo intitulado “O futuro do Direito é Humano”, assinado pela CEO do Stress and Resilience Institute, Paula Davis, que vai ao encontro de uma inquietação atual em nossa organização, que é ter como meta o aperfeiçoamento dos relacionamentos humanos no ambiente de trabalho.

No artigo, a autora relata os resultados de um estudo feito com quase dois mil advogados, nos Estados Unidos, cuja pergunta condutora era: “O que você acha que é mais valorizado em você?”

Para abreviar, os advogados que responderam à pergunta com afirmações como “meu talento geral e habilidade como advogado” e “meu valor inerente como ser humano” foram classificados como grupo 1.

Cada advogado foi então solicitado a responder a perguntas sobre seus níveis de estresse percebido, saúde mental e física e excesso de comprometimento com o trabalho. Os advogados do grupo 1, de acordo com Davis, relataram uma saúde mental muito melhor.

Embora o direito seja um setor de serviços altamente competitivo, o surgimento do trabalho híbrido, impulsionado pela pandemia, ofereceu uma nova concepção da profissão, equilibrada entre a valorização dos advogados como seres humanos e a mensagem centrada no desempenho.

“Os advogados estão falando sobre gentileza, empatia, respeito e confiança de maneiras que eu nunca ouvi em meu trabalho”, ressalta Davis, acrescentando que “escritórios e departamentos jurídicos corporativos estão pensando sistemicamente no trabalho de equipe com ênfase na criação de uma cultura focada mais no ser humano”.

A experiência no NWADV revela que as pessoas que se sentem parte de uma equipe estão propensas a se envolver mais no trabalho, serem resilientes e mais predispostas a ter um sentimento de pertencimento ao escritório. Ainda que o conceito seja amplo, ser parte de uma equipe envolve tanto o pessoal quanto o profissional (resultados financeiros), sendo considerados juntos, com valorações diferentes, mas juntos. 

Paula Davis relata ainda que “o departamento jurídico de uma grande organização está desenvolvendo um modelo de equipe inovador que operacionaliza a confiança, o respeito e a coesão em todo o departamento, com profissionais jurídicos em todos os níveis contribuindo para essa visão”.

Ao suposto comportamento frio e racional, já há um processo engatinhando de humanizar a advocacia, para se obter um ambiente mais feliz e que saiba lidar com o esgotamento. Tomo emprestadas as considerações feitas a Paula Davis por um advogado: "são habilidades como ouvir e ter empatia que diferenciam os advogados bem-sucedidos de outros, justamente porque essas habilidades fazem também os clientes sentirem que nos importamos com seus problemas".

Talvez precisemos trazer para a advocacia a maneira de pensar de Hamdi Ulukaya, fundador da empresa americana de iogurte Chobani: “é extremamente importante que marcas e empresas permaneçam humanas porque negócios são feitos de seres humanos".

É necessário um passo à frente para exercer mais a nossa humanidade e encontrar formas de humanizar a advocacia, e não apenas eternizar as mesmas práticas. Mais do que querer entender como as coisas acontecem no mundo, precisamos insistir realmente em entender as pessoas e adotar estratégias e soluções baseadas tanto em equipes quanto em indivíduos.

Cida Gomes

Doutora em Educação pela UERJ, CONCEITO 7

1 a

Ao longo dos anos, de experiência e vivência e, consequente necessidade de ir em busca do profissional da área de direito, fui percebemos que de "HUMANIZAÇÃO" esses profissionais NÃO exercem nenhum PRINCÍPIO, ao menos o básico que é a empatia e a escuta do seu cliente, que, não raras vezes tornam-se pacientes. Observa-se nesse período de transição entre cliente -paciente que o advogado NA-DA compreende da etimologia da palavra PACIENTE, mas, muito compreende da palavra CLIENTE, que é aquele que paga por um serviço que lhe é prestado. Dessa forma, não há o que se falar em HUMANIZAÇÃO da relação Cliente-Advogado-Paciente. Simplesmente porque o último, PACIENTE, não o é percebido assim pelo ADVOGADO. E esse comportamento, ou melhor, a falta dele, deixa de existir, restando apenas o cliente-advogado que, na maioria dos casos, passa a inexistir porque o cliente vai ficando sem "amparador legal", o advogado e passa a definhar e, chega a MORTE, sim! A relação CLIENTE -ADVOGADO, este profissional que faz um juramento, que NÃO para a vida profissional, quem dirá pra vida pessoal, ENTRA NA UTI e acaba o CLIENTE MORRENDO. nem chegam a ser PACIENTE, pois o advogado, se nega a cuidar do PACIENTE. #ficaadicaquirozcavalcantiadvogados

Lucas S. Andrade - Consultor de Marketing Jurídico

Resolvo o problema de aquisição de clientes em escritórios de advocacia | CEO na LegalSelling | Marketing Jurídico Digital e Prospecção Legal | Legal Growth Marketing | 11 anos no mercado - Clientes no Brasil e Angola

2 a

Muito bom o artigo, parabéns! 👏👏👏

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