MÓDULO 4: Tendências Recentes e Futuras da Gestão de Desempenho

No Módulo 4 do curso que estou realizando, "Gestão de Desempenho para RH", da Qulture Rocks, discutimos as tendências recentes e futuras da gestão de desempenho, destacando as principais transformações entre 2010 e 2020, além das práticas que vêm ganhando força a partir de 2022. A seguir, compartilho as principais oscilações e mudanças que moldaram o cenário atual.

Oscilações entre 2010 e 2020

Durante esse período, houve cinco principais oscilações nas práticas de gestão de desempenho, que se alternaram entre diferentes abordagens:

  1. Formalidade x Informalidade: A formalidade típica das avaliações estruturadas deu lugar a abordagens mais informais, com conversas frequentes e feedbacks contínuos.
  2. Avaliação com Notas x Sem Notas: Muitas empresas passaram a adotar modelos de avaliação sem notas, com foco em conversas qualitativas, enquanto outras ainda mantêm notas ou classificações como parte do processo.
  3. Interesses da Empresa x Interesses dos Colaboradores: Houve uma oscilação entre avaliações focadas nos interesses estratégicos da empresa e aquelas voltadas para o desenvolvimento individual dos colaboradores.
  4. Foco no Desenvolvimento x Foco em Decisões Administrativas: Enquanto algumas organizações priorizaram o desenvolvimento dos colaboradores, outras mantiveram o foco em decisões administrativas, como promoções e bonificações.
  5. Curva Forçada x Avaliações Flexíveis: O uso de curvas forçadas, onde colaboradores eram obrigatoriamente distribuídos em faixas de desempenho, começou a ser questionado, dando espaço para avaliações mais flexíveis e menos padronizadas.

Práticas de Gestão de Desempenho após 2022

A partir de 2022, nota-se um retorno ao foco nas necessidades estratégicas da empresa, com ênfase renovada em decisões administrativas e comparações de desempenho entre colaboradores. Esse movimento reflete uma busca por tornar as decisões mais estratégicas e alinhadas aos objetivos corporativos de longo prazo.

O curso também apresentou diversos cases de sucesso que ilustram a necessidade de caminhar lado a lado com a tecnologia, criando processos de gestão de desempenho mais rápidos e eficientes, baseados em pesquisa e análise de dados.

Quatro Principais Tendências

Nos cases estudados, quatro tendências principais se destacam e apontam para o futuro da gestão de desempenho:

  1. Conversas Mais Frequentes e Informais: O modelo tradicional de avaliações anuais vem sendo substituído por interações mais frequentes, permitindo ajustes rápidos e contínuos.
  2. Foco no Desenvolvimento Futuro: As organizações estão colocando maior ênfase no crescimento dos colaboradores, olhando para o desenvolvimento de longo prazo.
  3. Simplificação dos Processos: As avaliações estão se tornando menos burocráticas, com processos mais ágeis e diretos, facilitando tanto para gestores quanto para colaboradores.
  4. Adaptação e Agilidade: As empresas buscam sistemas que permitam ajustes rápidos às mudanças de prioridades e desafios emergentes.

Motivadores Intrínsecos

O módulo também trouxe a reflexão de Alan Colquitt, que critica os sistemas tradicionais de gestão de desempenho por ignorarem motivadores intrínsecos, como propósito e autonomia. Ele ressalta a importância de os líderes conhecerem profundamente suas equipes, para que possam fomentar um ambiente onde os colaboradores se sintam motivados e engajados.

Conclusão

O futuro da gestão de desempenho caminha para um modelo mais ágil, frequente e focado no desenvolvimento contínuo, sem perder de vista as necessidades estratégicas das empresas. A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que decisões mais informadas e rápidas sejam tomadas, ao mesmo tempo que se valoriza o crescimento individual e a conexão entre líderes e suas equipes.

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