MAÇONARIA E JUDAÍSMO - Breve Resenha de artigo da Revista Universo Maçônico - 16 de maio de 2014

MAÇONARIA E JUDAÍSMO - Breve Resenha de artigo da Revista Universo Maçônico - 16 de maio de 2014


A tradição judaica não é dominada por muitos escritores maçônicos que, por isto mesmo, cometem muitos pecados de interpretação no tocante à sua influência na maçonaria. Antes de apontar a influência judaica na maçonaria seria interessante fixar alguns traços da cultura judaica, comumente desprezados, para não se incorrer em erros lamentáveis.

O judaísmo ensina que a Lei de Deus está contida na Torah, a parte principal da bíblia judaica que contém os 5 primeiros livros de toda a Bíblia, como visto anteriormente, ou seja, o Pentateuco dos cristãos.

A tradição judaica ensina que a Torah é a eterna lei dada por Deus e é completa, nunca será mudada até mesmo por Deus e, obviamente, nunca poderá ser alterada por qualquer mortal.

Já aqui surge naturalmente uma comparação com os landmarques maçônicos que preceituam não estar no poder de qualquer homem-maçom ou corpo maçônico fazer inovações na estrutura básica da maçonaria.

Nos tempos modernos, ambas assertivas podem cheirar politicamente incorretas, apresentando um odor dogmático que repulsa as mentes liberais e tolerantes no limiar do terceiro milênio, mas convém salientar que isto se refere aos fundamentos que deverão permanecer intocados.

Tanto que um dos livros clássicos de Pike se intitula Moral e Dogma. Assim, maçonaria e judaísmo, tais como os padrões éticos das outras grandes religiões, ensinam que devemos nos autodisciplinar e manter nossas paixões em constante guarda.

O disciplinamento ritualístico, seja nas sinagogas seja nas lojas maçônicas, auxilia a desenvolver esta habilidade.

A tradição judaica ensina uma obediência respeitosa para com os pais e os rabinos. A maçonaria ensina, desde a Constituição de Anderson de 1723, o respeito para com a autoridade legitimamente constituída. (Este preceito é cristalino na maçonaria de cunho anglo-saxão, já os latinos, no embate contra o trono e a cruz…).

Como último aspecto comum, tem-se os esforços positivos na maçonaria e no judaísmo para encorajar o aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de impulsionar o maior número de judeus a se notabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura, na ciência, na tecnologia, nas profissões em geral.

Deste modo, para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares. Assim, também na maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e civismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas tradições do mundo moderno.

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