Mainframe: 60 anos 🦖 🦕 💿
Há seis décadas, em 7 de abril de 1964, a IBM reuniu mais de 100.000 clientes, repórteres e tecnologistas em 165 cidades dos Estados Unidos, para um grande anúncio feito por Thomas Watson Jr. daquele que seria "o produto mais importante na história da empresa: o System/360. Considerado um marco na história da computação, o IBM System/360 foi o primeiro mainframe da IBM, e sua arquitetura foi fundamental para padronizar sistemas de computação de grande escala.
Como muito bem trouxe a IEEE Spectrum , fazendo uma pequena lista dos produtos mais transformadores do século XX e ínicio de XXI podemos incluir a lâmpada elétrica, o Modelo T da Ford — e sem sombra de dúvida, o IBM System/360. Esta série de mainframes mudou para sempre a indústria da computação e revolucionou a forma como empresas e governos trabalhavam, aumentando a produtividade e possibilitando inúmeras novas tarefas não imaginadas até então.
Os mainframes têm desempenhado papéis significativos em uma variedade de eventos históricos ao longo das décadas de sua existência. Seu sistema robusto (99,999% de disponibilidade) e sua excelente capacidade de processamento, que permite dar conta de um número gigantesco de transações foi vital para os grandes avanços do século XX. Graças a tecnologia mainframe foi possível:
No Brasil, os mainframes também desempenharam papéis significativos no desenvolvimento tecnológico. Sendo o país um early adopter dessa tecnologia para atividades governamentais e de desenvolvimento. Alguns exemplos:
Na tecnologia, 60 anos representam praticamente uma era geológica. Nesse contexto, os mainframes emergiram como pioneiros, impulsionando avanços significativos que transcendem gerações. É válido dizer que os mainframes não apenas acompanharam as tendências tecnológicas, mas também as anteciparam. A virtualização, um conceito crucial na infraestrutura de TI atual, foi introduzida nos mainframes há mais de três décadas.
O fato é que já se falou muito da morte desde vovô-garoto, mas ele continua muito forte e se atualizando das últimas tendências. Dos 100 maiores bancos do mundo, 92 usam mainframes. Hoje existem mais MIPS (milhões de instruções por segundo) instalados do que em qualquer outra época. Mainframes ainda são utilizados por 70% das companhias listadas na Fortune 500 e estão por trás de 90% das operações de cartão de crédito no mundo. À medida que o cenário tecnológico evolui, os mainframes se adaptam, continuando a desempenhar um papel vital na infraestrutura digital global, garantindo a estabilidade, segurança e eficiência de operações críticas em diversas indústrias.
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Apesar de suas qualidades inegáveis, os mainframes também apresentam desafios, como o custo operacional expressivo e a dependência contínua de profissionais especializados. O surgimento da microinformática e a ascensão da computação em nuvem desviaram a atenção da nova geração dos mainframes, apesar de sua relevância contínua em ambientes críticos e altamente regulados.
O debate entre nuvem e mainframe está em curso há anos, porém houve muita evolução nessa conversa. Os próprios provedores de serviços em nuvem estão se aproximando do mercado de usuários de mainframe e trabalhando em estratégias conjuntas de migração e modernização. Os principais hyperscalers do mercado - AWS, Microsoft e Google - possuem seus próprios programas de migração de mainframe, bem como colaboram com parceiros de negócio, como a Kyndryl, para estratégias conjuntas de modernização.
Soluções como o AWS Outposts, o Anthos do Google e o Azure Stack são estratégias que aproximam a nuvem do mainframe, possibilitando às organizações modernizar suas infraestruturas de TI e facilitar a migração de aplicativos entre ambientes locais e na nuvem. Cada vez mais, aponta-se para um caminho híbrido possibilitado pelas integrações. A própria IBM, no lançamento da IBM z16™, aponta para a possibilidade de nuvem híbrida, prometendo custo total de propriedade (TCO) mais baixo em 5 anos e até 2,5 vezes mais valor do que adotar uma abordagem baseada exclusivamente em nuvem pública.
Para quem acreditava que nada novo viria do mainframe, o IBM z16™ foi lançado com acelerador de inteligência artificial (capaz de analisar milhões de transações em tempo real para tarefas que exigem resposta imediata) e sendo o primeiro sistema protegido por tecnologia com segurança quântica, nas múltiplas camadas de firmware. A criptografia com segurança quântica refere-se aos esforços para identificar algoritmos resistentes a ataques tanto de computadores convencionais quanto quânticos, para manter os ativos de informação seguros mesmo após a construção de um computador quântico de grande escala.
Por essas e outras razões, podemos dizer que o mainframe segue sendo um sexagenário cheio de potencial. Parabéns ao nosso aniversariante do dia!
❤️ Espero ter te ajudado com este conteúdo!
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Field Marketing | Partner Marketing | Account Based Marketing | Marketing Estratégico | Comunicação Corporativa
8 mArtigo incrível!
Director, Marketing LATAM @ Kyndryl | 🎯Marketing B2B | Building strong connections through real stories
8 mAgora entendo pq esse jovem senhor é tão poderoso! Além de tudo, ele também é ariano! ☺️ Adorei o texto, Joyce Lima de Sousa Fabri ☀️
Desenvolvedor de software na Wipro
8 mMuito bom também tive o privilégio de trabalhar com COBOL no mainframe
Host do Podcast Nada de Pânico !!! Agile Coach and Senior Project Manager at Kyndryl.
9 mOi Joyce, parabéns pelo rico e histórico texto sobre Mainframe.
Mainframe Solutions Architect | Mainframe Transformation and Modernization - Kyndryl Consult
9 mJoyce Lima de Sousa Fabri Excelente texto, esse sexagenário, continua resiliente como nunca. Parabéns, Mainframe. 🦖