Mais ensinamentos de Jeff Bezos para construir um negócio de sucesso (Parte 3!)

Mais ensinamentos de Jeff Bezos para construir um negócio de sucesso (Parte 3!)

Seguimos estudando as cartas anuais de Jeff Bezos aos acionistas da Amazon.

No primeiro artigo, passamos por alinhamento com investidores, atendimento a clientes e tecnologia.

No segundo, os assuntos foram austeridade, valor de longo prazo e escalabilidade

Nesta, cobrimos as cartas de 2003 a 2005, onde o foco de Bezos era inovação e visão de longo prazo. Adiante!

2003: O pensamento a longo prazo é baseado em visão de dono

“O pensamento de longo prazo é o requisito e o resultado da verdadeira propriedade. Os proprietários são diferentes dos inquilinos. Conheço um casal que alugou sua casa e a família que se mudou pregou sua árvore de Natal no chão de madeira em vez de usar um suporte de árvore.
Claro, esses eram inquilinos particularmente ruins, mas nenhum proprietário seria tão míope.

A visão de longo prazo só pode acontecer quando as pessoas se sentem donas. Os sacrifícios de curto prazo só se justificam na esperança de maiores conquistas no futuro.

Num paralelo interessante, essa visão de dono se dá quando, de fato, as pessoas são donas, sócias, associadas, acionistas, partners ou tem uma cultura muito distinta de premiação do comportamento de dono.

Link para a carta na íntegra

2004: Fluxo de caixa disponível permite inovação

“Embora pareça contra-intuitivo, uma empresa pode realmente diminuir o valor entregue ao acionista em determinadas circunstâncias quando aumenta ganhos. Isso acontece quando os investimentos de capital necessários para o crescimento não correspondem a um ROI de curto prazo”

Isso deveria ser trivial. Ainda assim vemos casos, principalmente empresas familiares de segunda geração, que "matam a vaquinha leiteira" sem perceber, distribuindo dividendos gordos e descuidando de investimentos de longo prazo.

Manter mais dinheiro dentro da empresa habilita a inovação de longo prazo, que não depende de imediatismos. Os investidores que se sentem donos agradecem, já os que alugam e fazem trading...

Link para a carta na íntegra

2005: Não se fixe em apenas em números

“As decisões baseadas em números têm grande aceitação, enquanto as decisões baseadas em julgamento/bom-senso são muito debatidas e frequentemente controversas, pelo menos até serem postas em prática e demonstradas.
Qualquer instituição que não esteja disposta a enfrentar controvérsias deve se limitar a decisões do primeiro tipo.
Em nossa opinião, fazer isso não apenas diminui a tensão, mas também limita significativamente a inovação e a criação de valor a longo prazo. ”

As decisões do dia-a-dia são numéricas, elas se baseiam em tendências, processos testados, produtos existentes e desempenho passado.

A inovação tem muito de bom-senso imensurável, de incerteza, e as grandes decisões sobre inovar pressupõem não ter todos os números que se gostaria. Você pode tomar essas decisões (e assumir riscos) ou não tomar (e assumir outros riscos).

Link para a carta na íntegra

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E ai, sua empresa já tem uma visão de dono para o longo prazo, reserva dinheiro pra inovar sem imediatismo e abraça riscos com bom-senso?

Esta foi a terceira parte da série! Até aqui, com apenas 22 cartas e cerca de 70 páginas, já aprendi muito mais que em dezenas de livros. Essa fonte é muito rica, vale a pena ler todas. No próximo artigo, vamos cobrir os anos 2006-2008 (spoiler: outro "pré-boom") com os seguintes temas:

  • Administrando aquisições e novos negócios
  • Paixão
  • Inovação customer-centric

Dê um follow ou me adicione para não perder as próximas histórias!

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Meu nome é Felipe Perini. Atuo há cerca de 10 anos com desenvolvimento de negócios e empreendo há 6 anos na ebdi, desde o seu início em uma garagem até o atual momento, como uma empresa com faturamento de 8 dígitos.

Quer conversar sobre negócios, parcerias, empreendedorismo, vendas e estratégia? Me manda um email no felipe.perini@ebdicorp.com.br!

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