“Mais tarde eu faço”. “Depois eu termino”
“Mais tarde eu faço”. “Depois eu termino”. “Ainda tem tempo”. Frases assim são tão comuns, tanto de outras pessoas quanto de nós pra nós mesmos, que falamos até sem perceber. Deixamos as coisas pra depois, ficamos horas ou dias ou semanas preocupados e ansiosos, e quando o tal “depois” chega, é aquele estresse para conseguir fazer tudo em pouco tempo. Isso tem nome: procrastinação.
Diz um adágio que todo trabalho vai se expandir pra tomar o tempo disponível, ou seja, se temos um dia para fazer, conseguimos fazer em um dia. Se temos dois, fazemos em dois, e assim por diante. Sempre inventamos complicações ou simplesmente relaxamos, porque temos tempo, então pensamos que não tem problema. Mas será que não tem mesmo?
O filósofo romano Sêneca dizia que quem espera demais o amanhã, perde o dia de hoje, e que quem se preocupa sofre duas vezes. Então, sempre que damos a desculpa (pra nós mesmos!) de que “ainda tem tempo”, acabamos sendo improdutivos e nos estressando, e esse estresse torna ainda mais difícil retomar aquela tarefa que deixamos pra depois.
Procrastinação ou ócio?
Sabemos que procrastinar é ruim, e que por causa disso, termos mais tempo nem sempre é bom. Mas isso não significa que precisamos estar trabalhando e produzindo o tempo todo, pois isso leva ao burnout; o que precisamos, é saber diferenciar procrastinação de ócio.
Claro, tanto procrastinação quanto ócio parecem só com “não fazer nada”. A diferença é que o ócio é produtivo, mesmo que não pareça, porque no ócio conseguimos pensar, conseguimos refletir, conseguimos planejar. Mas o mais importante, no ócio conseguimos descansar, coisa que o estresse da procrastinação não permite. O ócio é o equilíbrio entre não fazer nada, e fazer tudo o tempo todo.
E como saber se estamos procrastinando ou aproveitando um momento ocioso? A organização e o planejamento são fundamentais para isso. Quando temos uma ordem definida de compromissos e tarefas, não precisamos criar complicações pra ocupar uma hora livre, e nem correr para “recuperar o tempo perdido”, até porque tempo não se recupera.
Quem bem se organiza e tem boa gestão de tempo, sabe que o tempo livre pode ser aproveitado sem estresse, pois tudo que precisava ser feito está feito. E o que fazer com esse tempo livre? Ora, tomar um bom café, ouvir música, ver um filme, apreciar o momento de agora, em vez de pensar no amanhã. Como disse o grande escritor Liev Tolstói, o maior dos conselhos é: “pare seu trabalho, por um momento, e olhe ao seu redor”.
E aí, você procrastina ou joga toda culpa no ócio criativo? Comenta e deixa eu saber se posso te ajudar.