MANEJO ECOLÓGICO DO MATO
A essência científica do manejo ecológico do mato (também chamado de plantas espontâneas ou plantas invasoras) envolve práticas que equilibram o controle do crescimento dessas plantas com a manutenção da saúde e biodiversidade do solo. Em vez de eliminá-las, o manejo ecológico visa aproveitar as funções ecológicas que essas plantas influenciam no ecossistema agrícola, contribuindo para a sustentabilidade e a regeneração do solo. As plantas invasoras podem atuar na ciclagem de nutrientes, acumulando elementos como nitrogênio, fósforo, potássio entre tantos outros e, ao serem manejadas, liberam esses nutrientes para o sistema, enriquecendo a disponibilidade no solo e beneficiando culturas agrícolas. As plantas espalhadas cobrem o solo, formando um manto protetor contra a radiação solar direta e do impacto direto da gota de chuva evitando a erosão e o escoamento superficial, favorecendo a infiltração de água e a manutenção da umidade. O manejo ecológico favorece a diversidade vegetal no campo, criando habitats para insetos e vegetais benéficos, atuando no controle biológico de pragas e na redução de doenças fúngicas, ao prevenir monoculturas e a proliferação de espécies patogênicas. As raízes das plantas invasoras podem descompactar o solo e melhorar sua estrutura, criando canais naturais que facilitam a penetração de água e o crescimento das raízes das principais culturas. Um manejo mais equilibrado reduz a necessidade de herbicidas, promovendo um ambiente menos tóxico e evitando a contaminação dos recursos hídricos. A presença controlada de plantas espontâneas aumenta a biodiversidade do agroecossistema, que, por sua vez, sustenta uma gama mais ampla de microrganismos e auxiliares que melhoram a qualidade do solo e a resiliência do sistema.
Para manejar o mato de forma ecológica, são utilizados métodos como o rolo-faca, a roçada seletiva e a consorciação de culturas de cobertura, que controlam o crescimento excessivo sem eliminar totalmente essas plantas, permitindo que desempenhem suas funções benéficas. Essas práticas resultam em um sistema mais resiliente e produtivo a longo prazo. Em sistemas agroecológicos as plantas espontâneas são tratadas como parceiras, contribuindo para a regeneração do solo e o equilíbrio do ecossistema agrícola. A tabela anexa destaca as principais funções ecológicas do mato.
* Pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas.
Chefe Seção de Proteção as Nascentes e Monitoramento de Bacias Hidrográficas na Saae De Vicosa Mg
3 semEm se tratando que, não tenho competência para dar voltas, vou direto ao assunto: Eu prefiro a expressão " Plantas Invasoras " do que a famigerada " Ervas Daninhas ".
Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR
1 mExcelente nova abordagem do Dr. Peche sobre as plantas expontâneas muito além dos herbicidas.
Diretor Executivo na Aprosoja Goiás | Consultor em Sustentabilidade no Agronegócio | Doutorado em Ciências Ambientais
1 mEssa abordagem é fundamental para compreender os processos regenerativos
Pesquisador na Centro de Citricultura Sylvio Moreira - Instituto Agronômico
1 mParabéns Tinha que ser do IAC
Engenheiro Agrônomo | Coordenador de exploração agrícola| Grupo frutas futuro| Consultor
1 mSair do viés tradicional, e uma dificuldade. Sou engenheiro agrônomo. ha alguns anos venho mudado o manejo das lavouras em que dou consultoria. Recomendando a cobertura do solo nas entre-linhas com braquiária, nas linhas aplicamos palha do café, que é o resíduo do beneficiamento do fruto de café. Fazendo uma cobertura total. Venho observando que reduzimos a pulverização de herbicida nas linhas de até 80%. Em paralelo, controlamos o crescimento e desenvolvimento da braquiaria com uma trincha ecologica que toda massa foliar que esta sendo roçada o proprio implemento joga para debaixo da saia do café. Reduzi os pulsos de agua também para 50%, quem adere acha fantástico.