A manipulação emocional. A síndrome de Estocolmo e a nova geração de velhos políticos.

A manipulação emocional. A síndrome de Estocolmo e a nova geração de velhos políticos.

Não é de hoje que o assunto política permeia as rodas de conversas, tal como o futebol, as diferenças existem e geram muitas discussões, debates e até mortes físicas e quando isso ocorre revela-se  então o pior lado do ser humano, o lado que coloca de lado toda e qualquer vestígio de equilíbrio emocional, de bom senso e de qualquer traço civilidade humana.

Mas o que esperar de um país que se encontra mentalmente doente?        

FATO:

Um levantamento da consultoria Alvarez & Marsal aponta um crescimento anual de 12% a 15% nos últimos quatro anos em atendimentos de saúde no Brasil devido a transtornos mentais.
O país tem o 3º pior índice de saúde mental do mundo, conforme dados do relatório global anual “Estado Mental do Mundo 2022”. No primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 37% na aquisição de antidepressivos, segundo mapeamento da Vidalink em 250 empresas.        

Diante de uma triste constatação como apresentado com esses dados oficiais sobre saúde mental, podemos dizer que vivemos no limite e é aí que reside o maior problema, quando atingimos o limite, quando na verdade existem meios para evitarmos esse ponto.

No cenário onde política precisa ter pessoas mais equilibradas, assistimos o “surgimento” de uma nova geração de velhos políticos já desequilibrados.        

A política, enquanto instrumento de transformação social, deveria ser guiada pelo debate construtivo, pela busca de consenso e pelo respeito à pluralidade de ideias. No entanto, muitos políticos têm utilizado a polarização como uma ferramenta para ganhar simpatizantes, curtidas e votos, desta forma estão transformando a arena política num campo de batalha onde a razão é frequentemente renovada pelo grito, pela agressão verbal e pela manipulação emocional.

Recentemente participei de um Podcast “transatlântico” para uma emissora de Rádio em Portugal, na ocasião conversando com os participantes sobre política, recordei uma frase atribuída ao grandes estadista e escritor britânico, Winston Churchill, que diz:

A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”

Essa frase continuará atual e atualizada a cada geração. O Brasil nunca esteve tão polarizado, a coisa chegou num estádio tão elevado que eu tenho certeza de que muitos já estão sofrendo da “síndrome de Estocolmo às avessas”.  

Para quem não lembra desta síndrome, eu explico:

Síndrome de Estocolmo é uma condição psicológica em que a vítima de sequestro, abuso, ou outra situação de cativeiro desenvolve uma relação de simpatia, empatia ou até afeição por seu captor ou agressor. O termo surgiu após um assalto a banco em Estocolmo, na Suécia, em 1973, quando reféns começaram a demonstrar lealdade aos criminosos, apesar da ameaça à sua vida. Essa síndrome é considerada uma resposta psicológica complexa, onde a vítima, em uma tentativa de sobrevivência, pode começar a ver o captor de forma mais humana e menos como uma ameaça, chegando até a defender ou apoiar suas ações.

Como eu disse, muitos estão dentro dessa condição e nem se dão conta, pois a polarização política, ao exacerbar divisões e promover uma visão de “nós contra eles”, contamina e altera o processo democrático.

Quando os líderes recorrem à retórica extremista, ao invés de estimular o debate saudável e o diálogo, eles criam um ambiente tóxico onde o pensamento crítico é suprimido. Isso não apenas aliena aqueles que poderiam contribuir com perspectivas valiosas, mas também faz com que as decisões políticas sejam tomadas com base no medo e na raiva, em vez de na reflexão e na análise.

O maior perigo dessa abordagem é que ela crie uma base de seguidores que, em vez de questionar e pensar por si próprio, se tornem referências de líderes que só sabem gritar e xingar. A cidade de São Paulo, vive esse momento com um de seus candidatos à Prefeitura. “Esses líderes”, ao preferirem oferecer soluções reais e ponderadas, alimentam as paixões irracionais de seus seguidores, levando-os a uma espiral de ódio e desinformação.        

Para que a democracia floresça verdadeiramente, é essencial que as pessoas, independentemente de suas ideologias, aprendam a deixar de lado suas paixões e reflitam de forma crítica sobre as questões em pauta.

Precisamos de um eleitorado que seja capaz de distinguir entre a retórica inflamada e as propostas políticas óbvias, que valorizem o equilíbrio e a moderação em vez do extremismo.

Homens e mulheres de bem, comprometidos com o progresso do país, devem rejeitar os maus exemplos daqueles que promovem o ódio e a divisão.

O futuro da democracia depende da capacidade das pessoas de pensarem por si mesmas, de questionarem narrativas simplistas e de exigirem dos seus líderes um comportamento digno e equilibrado.

Na última análise, a força de uma democracia não está na quantidade de vozes que gritam, mas na qualidade do diálogo que se estabelece entre cidadãos conscientes e informados.

E já que fiz logo no começo do artigo uma citação de Winston Churchill, terminarei com outra reflexão do mesmo personagem.

“Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto que seja para melhor.”

Storni Jr – Jornalista DRT 2.105/ Pará

(Goiano de nascimento, paraense de coração e Nordestino, Cearense por devoção)        

 

Precisamos de políticos que saibam fazer política, ou seja, que saibam dialogar e, mesmo com opiniões divergentes, consigam chegar a uma conclusão que seja melhor para o país e para o povo. Hoje, o que mais vejo são políticos “profissionais” dispostos a tudo para defender seus interesses pessoais. O atual Congresso é um exemplo de como funciona o toma lá, dá cá. Ou aprendemos a eleger representantes dignos do cargo que ocupam ou a política vira essa bagunça, esse escracho.

Rapááá, como de costume, muito bom. É fácil dominar um povo fragilizado por alguma síndrome já desenvolvida há muito. Difícil é conviver com a triste realidade de hoje: a sociedade brasileira ainda é a Geni, do Chico Buarque. Só ela vai amiúde, com os velhinhos sem saúde e as viúvas em porvir (previdência social); só ela é um poço de bondade (espoliada, claro), e só nela se pode jogar pedra à vontade. Que fazer? Obrigado por mais uma aula magistral!

Fátima MELO

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4 m

MUDAR PRA MELHOR, VIVA A DEMOCRACIA, E CHEGA DE POLÍTICOS ENGANADORES!!😬

Fátima MELO

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4 m

Storni Júnior ,É PRECISO SIM, MELHORAR!!

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