Mantendo o devido foco...

Quando entramos numa loja e percebemos todos os funcionários atrás do balcão, realizando atividades internas, temos logo a sensação de que não seremos bem atendidos. Certamente isso ocorrerá.

Alguns daqueles profissionais foram contratados para serem vendedores e é isso o que sabem fazer, essa é a sua competência principal.

Há que se ter muito cuidado com esse cenário deturpado, porque ele subverte a lógica que levou a contratar alguns daqueles profissionais e pode terminar por ofuscar problemas de desempenho da organização, unidade ou do profissional.

Isso ocorre no mundo corporativo como um todo, tanto nos negócios B2B como no B2C.

Quando as organizações passam a prestigiar mais as atividades burocráticas do que os próprios clientes, algo está errado. Ter profissionais voltados às atividades administrativas é normal e absolutamente necessário.

O erro está no excesso, quando o movimento prejudica o principal valor da organização, unidade ou profissional, a saber: o cliente, seja ele interno ou externo.

Estabelecer a equação correta entre o que é a essência da função e as atividades acessórias é uma das principais reclamações dos profissionais hoje em dia.

Porém, arrisco-me a dizer que se é verdade que o estabelecimento de uma fórmula objetiva e analítica para solucionar essa questão é tarefa complexa, o mesmo não ocorre em termos de premissa conceitual, a partir da qual, igualmente, pode se chegar ao desempenho desejado, sem desperdício de energia, tampouco das competências de cada area ou profissional.

Basta, para isso, que a cada nova necessidade ou demanda burocrática, se formule a seguinte pergunta: essa nova atividade prejudicará o desempenho da minha organização, unidade ou daquele profissional?

Se a resposta for positiva, é necessário renegociar aquela nova obrigação/demanda ou estruturar área para o seu atendimento, sob pena de, mais na frente, derrubar o seu próprio desempenho e ter enorme dificuldade de saber quando começou e onde está o problema. Se a resposta for negativa, claro, é porque é possível incorporar aquela atividade mesmo que ela não esteja na essência da competência daquela unidade ou profissional. Neste caso, “faz parte do jogo”.

Jean Franklin Ferreira de Azevedo

Project Development | Neoenergia Renewables

7 a

Realmente essa questão de estabelecer a equação correta entre o que é a essência da função e as atividades acessórias é muito importante. Caso semelhante e mais grave ocorre quando funções acessórias tendem a transpassar o core business do negócio, outro ponto de alerta! Excelente texto!! Abraços!!

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