Marketing Político e o ambiente digital nas eleições

Marketing Político e o ambiente digital nas eleições

O ambiente digital tornou-se uma ferramenta onde o político pode falar abertamente com o cidadão, apresentar de forma transparente sua vida pública, as áreas de atuação, comunicar-se com o potencial eleitor que se identifica com a sua história e bandeiras. No período eleitoral, as ações de marketing são cruciais para definir a mensagem correta ao eleitorado. Ao divulgar os compromissos de campanha, as propostas, a resposta aos adversários ou o ataque, a forma de interagir com o público na internet, cativo ou não, é preciso planejar a comunicação.

O Brasil é um dos países que mais utilizam Internet no mundo e as experiências desta mídia no marketing político já permitem verificar um diferencial positivo no uso de algumas das principais etapas de -uma ação política bem-sucedida. (Iten, Marco, 2002, p. 188)

Em um cenário que reúne os mais variados perfis, de simples cidadãos a especialistas, de comunicadores a formadores de opinião, é preciso acompanhar o tom do discurso e a avaliação da mídia e do eleitorado nas redes sociais. “[...] é preciso ficar atento ao fato de que os grupos tradicionais de mídia migraram para as versões eletrônicas em portais noticiosos e páginas das redes sociais”. (Torquato, 2014, p. --)

Embora seja um campo aberto a críticas, ataques, injúrias e de propagação de outras informações que possam interferir na campanha eleitoral, a internet e as redes sociais tornaram-se uma ferramenta de marketing político que pode repercutir positivamente no resultado nas urnas. “[...] os atores políticos utilizam as tecnologias de informação para replicar suas práticas anteriores, utilizando-as para disseminar propaganda e marketing político” (Cardoso, 2007, p. 413).

No segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a disputa entre Dilma e Aécio abriu nas redes sociais um verdadeiro campo de batalha, com troca de farpas e de críticas de ambos os lados. O que se vê após a publicação de um post é uma verdadeira guerrilha digital, na qual vários soldados, no caso seguidores, defendem o seu candidato. Um post publicado no perfil de Dilma Rousseff em seu perfil no Facebook, no dia 12 de outubro, no qual sugere que a eleição do candidato Aécio Neves seria um problema para os pobres favorecidos pelo programa de transferência de renda Bolsa Família tem grande repercussão. Em 24 horas de publicação, foram 743 compartilhamentos, mais de 2,5 mil curtidas e 393 comentários, a esmagadora maioria de apoio à candidata, seguida da hashtag #Dilma13.

Todo este envolvimento de pessoas favoráveis à reeleição da presidente é resultado de um trabalho iniciado muito antes do período eleitoral. Foi uma etapa de convencimento e engajamento dos cidadãos que têm empatia com a história e o trabalho de Dilma e que  manifestaram este sentimento no campo digital.

Finalmente os políticos percebem que na internet os relacionamentos devem começar com bastante antecedência, o que não deve caracterizar propaganda antecipada [...]. Então, as equipes digitais dos grupos políticos estão “quebrando a cabeça” para poder compor um quadro que contemple dos dados quantitativos e qualitativos da internet no Brasil. [...] Já existe 83 milhões de internautas no Brasil. [...] Só por aí já se pode ver o oceano digital que os candidatos terão que navegar (Rehem, Leandro, 2014, p. 6).

A briga por espaço nas mídias tradicionais é sempre acirrada no período eleitoral, mas, as novas ferramentas digitais mostram que é possível arregimentar, por meio de um discurso bem elaborado e um planejamento coerente de comunicação, um batalhão de seguidores que vão defender e ampliar o debate sobre a plataforma de trabalho de seu candidato. Na última campanha, candidatos abriram campos para conversas por meio de mensagens instantâneas no aplicativo Whatsapp, trocaram informações por meio de mensagens inbox no Facebook, mobilizaram seus públicos. “A internet já é um fator essencial de marketing político e as campanhas terão que ajustar seus planos de marketing para incluir as mídias digitais [...]. Trata-se da presença digital do candidato, e dela dependerá o alcance de sua voz na internet” (Rehem, Leandro, 2014, p. 2).

Mais recentemente, a propagação das Fake News, que claramente afetou as eleições presidenciáveis dos americanos, surge como um problema/oportunidade para a classe política do país. Diversas medidas e preocupações estão sendo levantadas para tentar frear essas ações “Black Hat” de divulgação de notícias falsas. Agora, vai depender das pessoas, de nós, os eleitores, selecionar a notícia e principalmente, o candidato que não é fake. #eleições2018

Patricia L.

Product Manager | Coordenadora de Canais Digitais | Growth | E-commerce

6 a

Parabéns Rodrigo Filippoff Miguel texto muito bacana!

Isabela Serpa

Marketing Management | Growth | Branding | Demand Generation | B2B

6 a

Parabéns, Rô! Excelente artigo.

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