Mas afinal, como podemos entender o que é Transformação Digital de forma simples?

Será que você como eu já se fez essa pergunta? Quais são os mitos e verdades por trás deste conceito que tanto se fala na atualidade nos ambientes corporativos? É uma tecnologia? Uma filosofia? É um método?

 

Pois bem, a minha maneira, vou narrar pontos que eu aprendi sobre o tema, e que no meu modo de ver, são mais próximos da etimologia da TRANSFORMAÇÃO DITIGAL. Por que digo isso? Porque muitas vezes não existe certo ou errado, existem formas de interpretar e de adequar ao cenário em que se está contido. Para mim, o que destaco é o que entendo como o que mais se encaixa e são os conceitos que me ajudaram no dia a dia avaliar o quanto minha rotina se enquadra neste conceito.

 

Vamos lá?


 A transformação digital não é uma tecnologia, mas a tecnologia pode ser um meio para alcançá-la. Isto porque, transformar digitalmente é entregar mais valor ao cliente, de forma mais rápida e mais barata. Partindo deste pressuposto, a tecnologia pode facilitar que isso aconteça dentro das organizações.

 

Por mais que pareça que este tema é coisa da TI, isso é um mito, pois quando falamos de entregar valor ao cliente, estamos falando de ações das áreas de negócios, que por consequência terão a TI como aliada para esse processo.

 Um outro mito é de que a Transformação Digital é como um projeto, terá sua iniciação – planejamento – execução – controle/monitoramento e um fim. Quando na verdade, pensando que as mudanças de contexto, tecnologias, necessidades, etc., são constantes, não tem um momento em que se diz: Pronto, terminei a Transformação Digital na minha empresa, área ou afins.

É uma ação constante, uma mudança de mentalidade.

 Pensando nesta constância, é por isso que muitas vezes a Transformação Digital é confundida com “metodologias ágeis”, “abordagem Lean”, “fluxo e devops”, e assim por diante. Isso se dá pelo fato de que, se eu busco a centralidade no cliente, oferecer maior valor, rápido e barato, consequentemente eu necessito ser suportado por métodos que facilitem esse fluxo. É aí que a cultura da agilidade desempenha um papel fundamental, pois preconiza a experimentação, o incremento, o errar rápido para corrigir rápido, e promover feedback a todo o momento, de modo a garantir que ao final, o produto/serviço, de fato atenda a necessidade, assim como permita que as mudanças ao longo do caminho sejam facilmente implementáveis, ou seja, permite ser adaptável. Assim como uma abordagem baseada em Lean que também pode ser um impulsionador deste processo, pois prevê a melhoria contínua, utiliza o fluxo de cadeia de valor para que a cada passo do fluxo, seja percebido pelo cliente o valor agregado a seu produto/serviço, bem como, permite que os desperdícios ao longo do caminho sejam eliminados, ou seja, torna a entrega de valor mais “barata”.

 

E por fim, algo importante para se pensar e associar ao conceito de Transformação Digital e fazendo um paralelo com o significado de “Lean = Enxuta”, sua organização é assim? Não pensando em ter pouca gente, mas os processos são fluidos, simples e eficientes? Ou existem muitas filas, defeitos, movimentações desnecessárias, burocracia excessiva e excesso de reuniões? E a rotina de atividades, é maçante, repetitiva ou que poderiam ser automatizadas?

 Se a resposta for sim para estas questões acima, é porque ainda estás longe da maturidade que a Transformação Digital traz. E que os métodos que a suportam, como os mencionados acima, ainda não são uma cultura em seu ambiente.

Portanto, agora que alguns mitos foram esclarecidos, espero que fique mais fácil de caminhar rumo a essa temática.

 

Ernani Martinez

Consultor SAP MM S4HANA & ECC | Gerente de Projeto SAP | Influenciador SAP ASUG | Telefónica Creator | Yellow, Green & Black Belt Certification | Idealizador da MAIOR Comunidade & Plataforma SAP do BRASIL, a HUBCLUB GO!

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Parabéns pelo artigo!!!

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