Mas afinal, o que te faz acordar feliz?

Foi assim que uma entrevista de trabalho me deixou completamente sem resposta. Decidida a buscar uma nova oportunidade depois de quase 7 anos em uma agência que me formou e me fez a profissional que sou, encarei uma maratona de processos seletivos para os quais eu me preparava e tinha respostas prontas.

Por que mudar agora? Por que deixar um cargo de coordenação? O que você busca na sua carreira? Tudo isso eu sabia responder com facilidade até que uma recrutadora me disse: "Tá, você está bem determinada quanto ao seu objetivo de carreira, mas e na sua vida, o que te faz acordar feliz, ter vontade de sair da cama e te da disposição para trabalhar?"

Travei! Porque eu não sabia a resposta. E depois de muitas entrevistas, muitas tentativas de mostrar que a carreira que eu escolhi, e que eu amo, era o que me dava essa disposição, descobri que não era.

Descobri que o que me tirou da zona de conforto e o que me fez querer procurar novas oportunidades estava completamente ligado a essa pergunta. Descobri que a vida pessoal e o modo como eu a levo está muito relacionada com a vida profissional. E ai eu encontrei a resposta: Ser útil. É isso que me move.

Sair da cama para mim só vale se for para fazer algo que ajude alguém, que resolva um problema ou que contribua para um trabalho maior. Voltar pra cama feliz só é possível se no fim do dia eu notar que atingi isso. E não digo que estou mudando o mundo, tirando pessoas da rua, sendo um bem maior para a humanidade... não é isso. É ter uma ideia útil que resolva a questão de comunicação do meu cliente, é conseguir atingir um resultado que não esperávamos, é encontrar uma luz onde ninguém estava vendo.

Todos nós precisamos de um propósito e muitas vezes o propósito pessoal vai andar junto com o profissional. Não era um cargo melhor, um salário melhor, ou uma empresa maior. Era voltar a me ser útil. Que bom que descobri!