Mas afinal, qual a diferença entre um desenvolvedor Júnior e um desenvolvedor Sênior?
Estava lendo um artigo da DZone intitulado The Number One Tip to Help Junior Developers Become Senior Developers, e me dei conta de um detalhe que eu já havia percebido, mas não tinha ligado os pontos para a conclusão de Sam Atkinson.
Sam está escrevendo um livro, entrevistando vários desenvolvedores ao redor do mundo, e dentre uma das suas perguntas, se encontrava essa: Qual a principal diferença entre desenvolvedores Júnior e Sênior, ou quando se percebe que você se tornou um Sênior?
Pare um pouco e pense. Caso a pergunta fosse feita a você, o que você responderia?
Acredito que muitos podem ter pensado em certificações, anos de experiência, tecnologias conhecidas e dominadas, entretanto, uma outra resposta surpreendeu Sam: tais pessoas começam a serem mentoras de outros.
É engraçado essa resposta, e isso me lembra uma frase que eu já ouvi algumas vezes: Ensinar é aprender de novo.
Acontece que o ato de tutoriar alguém, em qualquer área que nos propusermos, implica na preparação por nós mesmos a transmitir um dado conteúdo nas mais variadas formas, nos obrigando algumas vezes a revermos inclusive o que estamos explicando, pois, algumas vezes, até enxergamos falhas em nossos conceitos.
Outro ponto interessante abordado por Sam é que isso não é um passe de mágica que acontece da noite para o dia, é um aprendizado constante, e que inclusive já prepara Sam para a pergunta retórica que alguém poderia fazer: Eu sou um estagiário ou desenvolvedor Júnior, na minha empresa não tem ninguém que eu possa ensinar, como então eu poderei tutoriar alguém? A resposta: tempo.
Com o passar do tempo, você entenderá mais sobre o domínio e negócio em que está atuando, através da tutoria de outros mentores, o que te capacitará cada vez mais a passar esse novo conhecimento, ainda que seja pequeno.
O outro conselho que Sam dá aos mais novos é: absorva o máximo possível de conhecimento.
Quando eu finalizei minha graduação, eu só tinha um desejo: Ser um desenvolvedor Java (ainda que eu não soubesse direito o que era isso). Na época eu trabalhava com ActionScript, e não conseguia nenhuma vaga com Java por conta da falta de experiência. Qual decisão eu tomei? Realizar o maior número de cursos possível. Dentre tantos pontos que posso apontar como positivo, um que eu não considerava, mas que foi crucial foi: com o passar do tempo, e a evolução do nível de dificuldade de cada curso comecei a ser exposto a pensamentos de desenvolvedores Pleno e Sênior, o que acarretou em atalhos em minha empreitada profissional.
Enfim, um excelente artigo, obrigatório a leitura