Mas o que é mesmo ESG?

*Rita Mendonça

Se você pesquisar um pouquinho vai perceber que a ideia ESG (Environmental, Social and Governance) começou a tomar corpo na década de 1970, com os movimentos sociais e ambientais visibilizando cada vez mais os impactos negativos que as práticas empresariais e os processos produtivos causavam ao planeta.  Suas diretrizes surgiram como uma resposta à necessidade de que as organizações fossem mais responsáveis, inclusivas e sustentáveis.

ESG é um acrônimo (palavra formada pelas iniciais de um grupo de palavras) e se refere aos três pilares fundamentais que devem orientar as práticas empresariais, uma vez que cada vez mais o sucesso dos negócios é visto não apenas em termos de lucro, mas também em relação ao impacto positivo na sociedade (principalmente nas comunidades onde atuam) e no meio ambiente.

A sigla foi adotada de maneira estruturada a partir de 2005 na conferência Who Cares, Wins do Global Compact, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU).  O relatório final do evento enfatizou a importância de integrar fatores ambientais, sociais e de governança nas decisões de investimento, destacando que essas questões podem impactar os negócios e o desempenho financeiro das empresas a longo prazo.

O ESG vem evoluindo para um padrão global e é cada vez mais utilizando para entender de forma holística e sistêmica como gerenciar os riscos e oportunidades associados a seus três pilares (ambiental, social e governança).

O "S" é associado a questões sociais como direitos humanos, diversidade e inclusão.  Tanto o "E" (“A” para nós brasileiros) quanto o "G" também têm implicações profundas na vida das pessoas e comunidades.  Todos se entrelaçam com a vida social e o bem-estar humano.

O "E" se relaciona com a preservação do meio ambiente, se refere ao impacto que as práticas empresariais têm sobre as comunidades.

O "G" se refere à forma como as empresas são geridas, uma vez que a transparência e a ética nas práticas corporativas influenciam a confiança na imagem e reputação da organização.  

Estamos enfrentando cada vez mais desafios, como mudanças climáticas e desigualdades sociais. É evidente a importância de uma abordagem ESG integrada ao futuro dos negócios. Cada vez mais se reconhece que o sucesso não pode mais ser medido apenas em termos financeiros, mas também pelo impacto que as empresas geram e os benefícios que realizam.  As organizações melhor posicionadas serão as que se propões a enfrentar os desafios globais e as consequências de sua operação.

A responsabilidade corporativa deve, portanto, ser vista como uma oportunidade de liderança inovadora e responsável, onde o bem-estar do planeta e de todos os seres vivos integram o conceito de sucesso empresarial.

* Advogada | Consultora | Palestrante | 50+ | DH e Empresas | ESG | SST | RIG | Acessibilidade | Diversidade, Equidade e Inclusão | Reassentamentos | Deslocamentos Forçados | Discriminação, Assédio Moral e Sexual