Maternidade "tardia"
Aos 47 anos, embarquei na jornada desafiadora da maternidade através de uma Fertilização in Vitro (FIV). Foi um processo repleto de altos e baixos, marcado pela determinação de realizar um sonho, mesmo enfrentando adversidades, como o momento difícil em que meu pai estava em estado crítico de saúde. Essa experiência transformadora moldou não apenas minha vida, mas também minha percepção sobre a necessidade de apoio a quem trilha esse caminho. A #FIV, embora promissora, apresenta desafios crescentes com a idade. Para mulheres com menos de 35 anos, a taxa de sucesso é de aproximadamente 50% por ciclo, mas aos 40 anos, esse número cai para 20%. Além disso, o impacto emocional e social do tratamento pode ser avassalador, exacerbando o estresse e gerando conflitos entre as demandas do trabalho e da vida pessoal. É por isso que considero essencial que as empresas ampliem suas políticas para acolher mulheres (e homens) que vivenciam essas realidades. Minha jornada pela #maternidade foi adiada diversas vezes. Aos 39 anos, em um relacionamento sério, engravidei pela primeira vez aos 42, mas infelizmente perdi o bebê. Esse luto, muitas vezes invisível e pouco compreendido, trouxe desafios que se estenderam até o ambiente de trabalho, dificultando meu dia a dia. Ainda é um tema tabu, mas merece atenção e empatia. A maternidade deve ser vista como um caminho inclusivo e diverso. Casais homossexuais, tanto homens quanto mulheres, também enfrentam desafios únicos em processos de fertilização ou adoção. Empresas podem e devem oferecer apoio, desde incentivos ao congelamento de óvulos entre os 30 e 35 anos até suporte financeiro e emocional durante tratamentos de fertilidade. Hoje, aos 50 anos, sou mãe da pequena Alice, de dois anos e meio. Ela é fruto de um sonho que finalmente se concretizou. Mas, infelizmente, não são todas as histórias de mulheres maduras que encontram o equilíbrio entre realizar o desejo de ser mãe e preservar sua carreira profissional. Muitas enfrentam barreiras que poderiam ser minimizadas com políticas inclusivas e apoio adequado. O futuro pede um olhar mais humano e abrangente. Criar um ambiente de trabalho que apoie a jornada da maternidade em todas as suas formas não é apenas uma questão de igualdade, mas de #responsabilidadesocial.
Executiva de contas com alta performance em negociação, desenvolvi a arte da navegação entre os clientes internos e externos através do desenvolvimento humano e autoliderança.
4 dQue depoimento importante! Obrigada por compartilhar sua linda história de final feliz. E o alerta para um olhar mais empático e de responsabilidade social do mundo corporativo é extremamente importante.