Mercado de trabalho em 2018: o que nos espera?

Estamos chegando ao final de 2017 com um balanço positivo, como vínhamos falando ao longo do ano. Mercado contratando, taxa de desemprego caindo de 13 para 12 milhões de desempregados. Chegaremos ao final de 2018 com 9% de taxa de desemprego.

Teremos um final de ano de produção continuada. Quem fizer parada de fábrica será para manutenção necessária de equipamentos, afinal o ritmo cresce. O mercado automotivo comemora a retomada e não vai parar neste final de ano, a não ser em casos específicos.

As empresas respiram e o comércio cresce desde o meio do ano, de forma ainda desorganizada, oscilante mês a mês – mas cresce e acelerou no último trimestre, por razões óbvias.

Em artigo que publicamos mês passado, fazendo um balanço de janeiro a outubro, mostramos o ritmo crescente de contratações. Em novembro batemos o recorde histórico de clientes recolocados. Há anos não recolocamos tantos executivos quanto em novembro passado.

Em dezembro o mercado continua contratando. Não percebemos diminuição de ritmo, o que não acontecia há 10 anos. Fecharemos o ano com executivos contratados para iniciar em janeiro de 2018, em número recorde. Estamos acelerando.

Tudo isso promete um ano de crescimento como não víamos desde 2011. Esses números estão postos, são conservadores, mas como será ano eleitoral é bom continuarmos rezando: muitos ainda jogam contra o Brasil. Para eles o País não pode dar certo.

Ensinamentos de 2017

Veja alguns ensinamentos que podemos levar para 2018:

– o ritmo de contratações está acelerando nas fábricas de bens de consumo não-duráveis e semiduráveis;

– agronegócio, agroquímicos, commodities e saúde animal continuam fortes no movimento de contratações;

– as contratações estão se disseminando em todo o Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País;

– o mercado automotivo começa a contratar na área comercial;

– o segmento de bens de capital começa a reagir;

– o mercado de energia reage. As encomendas de equipamentos do mercado de óleo e gás, também;

– a área de suprimentos e TI de fábrica, sem contratar há tempos, começa a buscar profissionais gerenciais;

– o preconceito de idade ainda vai permanecer atormentando a vida de quem tem mais de 55 anos;

– os salários começam a recuperar as perdas dos últimos 4 anos. De forma lenta, mas a recuperação começou.

Enfim, 2018 será um ano de início de redenção do emprego formal, que deve começar no dia 2 de janeiro a todo vapor, como já foi em 2017.

Feliz Natal a todos e um ano novo de muitas realizações!

Adilson Mirante | Presidente da M1 Alta Gerência e Conselheiro de Carreira