Mercadores de expectativas
Quem tem uma formação mais técnica tende a prever certas grandezas com um olhar mais "objetivo".
A inflação, o PIB, o orçamento fiscal, e a cotação do Dólar entram nesta "perspectiva".
Ocorre que na realidade, os "fenômenos" são muito influenciados pelas expectativas. Como diz o famoso psicólogo americano Dan Ariely - o ser humano é "previsivelmente irracional".
Lembro, por exemplo que no ano passado, um rol e analistas econômicos apontava para a cotação do dólar tendendo a "sua precificação técnica" de R$ 4.6.
Mas o mercado percebe uma trajetória sistêmica de colocar o Brasil numa rota de aumento da inflação, PIB "patinando", orçamento fiscal bem desiquilibrado ("na real") e em decorrência a cotação do Dólar disparou.
Há um abismo entre as expectativas otimistas tão arraigadas nos nossos poderes constituídos e a dura realidade dos fatos.
Enquanto isso, no setor elétrico, continuamos atolados nos "jabutis", nos subsídios, nos "gatos", nos erros grosseiros (horário oficial de ponta não corresponde mais à realidade) que são ostensivamente desprezados.
Até quando pretenderemos "embarcar" nesta "fria"?