Mercedes, BMW e Audi travam a guerra dos poderosos
Atire a primeira calota Volkswagen quem nunca desejou ter um carro da Mercedes, da BMW ou da Audi. Claro, em se tratando de automóveis alemães, há quem prefira ter um Volks ou um Porsche. Mas a maioria sonha mesmo é com o trio-de-ferro dos carros de luxo. Por isso, Audi, BMW e Mercedes-Benz vivem numa guerra de tecnologia, design, potência, prazer ao dirigir, segurança, conforto e estilo de vida.
Não foi diferente em 2016. E como a concorrência saudável faz bem, as três marcas de luxo alemãs cresceram no ano passado. A Mercedes deu o maior pulo de vendas e conseguiu 11,3%. A BMW veio em seguida e avançou 5,2%. E a Audi, que bateu seus próprios recordes, subiu 3,8%. No ranking das três sofisticadas marcas alemãs, a ordem é a mesma: Mercedes em primeiro lugar com 2.083.888 vendas, BMW em segundo com 2.003.359 e Audi em terceiro com 1.871.350. Estamos falando das vendas exclusivas das próprias marcas.
A Mercedes-Benz tem sua sede em Stuttgart. A marca havia projetado 2016 como “o ano dos SUVs” e sua estratégia deu certo: só desse tipo de carro foram 706.170 vendas, um crescimento de 34,3%. A Mercedes é muito poderosa também quando se trata de carros compactos (nos quais ela inclui a Classe C, considerado carro médio ou grande no Brasil). Nesse segmento, as vendas passaram de 635 mil unidades. E até mesmo nos modelos superesportivos as notícias foram boas para os lados de Stuttgart: a dobradinha Mercedes-AMG vendeu mais de 100 mil unidades, registrando um crescimento de 44,1%.
Pouco mais de 80 mil carros separam a Mercedes da BMW, que tem sede em Munique. Os carros da Bavária costumam ter uma pegada mais esportiva do que as de sua grande rival. Criadora do conceito de utilitário esportivo de luxo, com o X5, a BMW viu as vendas de todos os modelos X crescerem 22,3%, totalizando 644.992 vendas de X1, X3, X4, X5 e X6. Para além disso, seu grande lançamento na temporada passada, o sedã Série 7, teve um desempenho espetacular e avançou 69,2%, o que representou 61.514 unidades.
A Audi tem sua sede em Ingolstadt. E, apesar de ter ficado em terceiro lugar, vive um momento fantástico. Não são poucos os jornalistas especializados que consideram a Audi, hoje, num momento técnico ligeiramente superior perante as rivais. A linha Q7 alcançou 102.200 vendas no ano passado, um avanço de 43,6%. Em sua totalidade, os modelos Q venderam 100 mil carros a mais, crescendo 18,9%. Sem contar que a Audi é a única das três grandes sem o status de “marca-chefe” da empresa, pois ela pertence ao Grupo Volkswagen.
Essa guerra de poderosos vai continuar em 2017, com memoráveis batalhas que envolvem alguns dos carros mais desejados do planeta. E então, vai continuar segurando sua calota Volkswagen?