Mesa Redonda – IBGC – Wolney Betiol - Co-fundador da Bematech
Na quinta-feira, 17 de outubro, participei do evento Mesa Redonda do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa .
Um encontro muito enriquecedor, em especial para mim que nos anos 80 atuava na TI, uma época da reserva de mercado que tanto nos atrasou.
Pois bem, essa mesa redonda teve como âncora, o Wolney Betiol co-fundador da Bematech, empresa cujos equipamentos eu possuia uma enorme admiração. As máquinas da Bematech eram robustas e dificilmente quebravam. Não havia similar no Brasil ou importadas, pelo menos para mim na época.
Sua carreira, esforços, decisões, criação da empresa, investimentos e escolhas proporcionaram um aprendizado ímpar.
Tendo cursado contabilidade praticamente por imposição do pai e depois engenharia por vontade própria, sempre foi muito empreendedor. Ele viu uma grande oportunidade na forma como os aparelhos de telex funcionavam, que embora hoje apenas na lembrança, eram as únicas máquinas que permitiam a impressão e o envio de uma confirmação de que o documento foi impresso do outro lado. Assim sendo, eram usados pela justiça como forma garantir que intimações e comunicados eram recebidos. Trabalhar com antigos telex, depois com impressoras, e escolher o comércio para as impressoras de equipamentos de caixa registradora foi um caminho natural.
Ele explicou como deu o passo para conselheiro e reforçou a questão do que viveu quando era CEO, sócio e conselheiro. O dilema dos 3 chapéus que, na governança, não é nada recomendável. Outros tempos e muita experiência.
Explicou sobre o negócio com a TOTVS e sua ida para o Vale do Silício. Foi um dos fundadores da Endeavor no Paraná e destacou a importãncia do networking para conseguir a implantação em nosso estado.
Lições aprendidas: ter imobilizado dinheiro em tijolos e cimento na construção de uma sede maior para a empresa, gerando um custo que teve de carregar.
Da simplicidade e arrojo de poder dizer que, muitas vezes, havia uma ideia e ele já ia atrás de realizar, mesmo que ainda não houvesse os recursos ou a tecnologia.
Uma frase marcou: “Nunca minta, antecipe a verdade”.
Segundo ele, passamos por grandes mudanças recentemente: o PC nos deu aumento de produtividade, a Internet nos deu mobilidade, vivemos a revolução digital e agora teremos a revolução cognitiva com a IA, especialmente a IA generativa, onde o computador já aprende com dados gerados por ele mesmo, um dos grandes desafios que enfrentaremos.
Por fim, a pergunta: vivemos um apagão de líderes? A resposta nas entrelinhas é sim. Refletindo sobre as lideranças que temos hoje nas empresas, na sociedade e mesmo nos países, e na polarização que vivemos, tendo a concordar.
Muito produtivo este encontro, sem dúvida. Temos muito conhecimento no mundo, numa analogia que ouvi hoje: somos um copo cheio, temos que esvaziar um pouco todos os dias para receber conhecimento dos outros. Assim, crescemos. Abrimos mão de um pouco do nosso conteúdo, recebemos dos outros, completamos e construímos um novo saber.
Gratidão ao Marcos Leandro Pereira , a Nilva Amalia Pasetto e todo o squad pela qualidade e carinho com que prepararam o evento.
Representante Comercial
1 mMuito enriquecedor tuas palavras e explicações, obrigada por compartilhar tua experiência, fonte de aprendizado pra mim.