Metas: amigas ou inimigas?
Há algumas semanas, toda terça-feira, venho escrevendo sobre reflexões de trabalho aqui no LinkedIn. Criei essa meta pessoal e busquei segui-la da melhor forma. Mas não deu na semana passada.
E aí, quando comecei o rascunho do artigo de hoje, pensei: por que não compartilhar o motivo de isso ter acontecido? A real é que eu estava bem cansada naquele dia. E eu então pensei e assim agi:
— Melhor não escrever nada do que escrever algo somente para "bater a meta".
Inclusive, na semana retrasada, refleti um pouco sobre esse cansaço que vem tomando conta e perguntei a quem me acompanha por aqui sobre como anda o home office. Você se lembra disso? Caso não tenha visto ainda, fica o convite para ler o artigo do link.
Mas ok, voltando para hoje, entendi que seria legal começar relembrando o cansaço da terça-feira passada, porque ele tem tudo a ver com a questão de bater metas.
Entendo que metas são importantes para a gente não se perder em meio a tudo o que o trabalho exige de nós. São elas também que nos ajudam a completar o dia e a colocar objetivos no mundo de modo tangível e com foco em resultados. Metas fazem parte do nosso caminho de crescimento.
Só que existe uma linha tênue entre duas variáveis que gosto de chamar de meta amiga e meta inimiga.
A primeira, como o nome já indica, é boa mesmo. É a meta que se cumpre com razoabilidade, que nos faz seguir em frente e completar etapas. A segunda também não esconde a origem: é a que nos leva para baixo. E mais vezes do que queremos, acabamos atolados em não somente uma, mas inúmeras metas inimigas.
Como cada pessoa funciona de uma maneira, são várias e distintas as motivações pelas quais somos "atacados" por metas pouco saudáveis. Inclusive, acontece, sim, de as metas nem sempre partirem da gente, e aí é necessária uma avaliação da rota para ver se cabe mesmo absorver o que vem de fora.
Enfim, fato é que não dá para controlar as metas em 100% do tempo. Só que é comum que a gente se deixe envolver mais com as metas inimigas do que com as amigas, já percebeu? Tendemos a desviar de algumas das boas para focar as não tão boas assim e carregar o mundo nas costas. Um caminho que pode nos levar à exaustão.
É tanta coisa para cumprir que dá vontade de jogar a tolha, não é?
Então, para o exercício de hoje, o pensamento que eu quero deixar é: precisamos revisar as nossas metas. E não é sobre ser egoísta e iludido do ambiente que nos cerca — é sobre encarar a realidade. Inclusive, um método simples e eficaz, chamado de metas SMART, pode ajudar no dia a dia.
Basicamente, o acrônimo quer dizer:
- Specific (específica)
- Measurable (mensurável)
- Achievable (atingível)
- Relevant (relevante)
- Timely (temporal)
Racionalizar as metas seguindo esse conjunto de elementos ajuda a visualizar o que estamos colocando na rotina. É bem útil usá-lo como base para fazer um esforço de comunicar a si e ao outro o que realmente dá para fazer. Uma forma de aproveitar melhor os nossos recursos e não deixar o mundo nos engolir.
E por aí, como vai a sua balança entre as metas amigas e as inimigas? Se quiser trocar experiências, deixe seu comentário ou me mande uma mensagem. Caso não, fico feliz com a sua leitura e espero que mais esta reflexão semanal tenha te ajudado a pensar no lado humano do trabalho.