Metaverso: um lugar aonde todos irão?
Quando o Facebook anunciou o objetivo de se tornar uma “empresa de metaverso” em até cinco anos, o termo ficou em alta. Todo mundo procurou saber um pouco mais sobre este conceito, mas verdade seja dita, não é bem uma novidade.
Iniciativas passadas, como o Second Life não emplacaram (quem lembra?), mas agora, a expansão e desenvolvimento tecnológico permitem que a realidade virtual se torne mais imersiva e interativa.
Todas as apostas de hoje são a favor do metaverso, termo que já ganhou status de ser a próxima grande plataforma de tecnologia que irá atrair todos os tipos de negócios do planeta.
Metaverso: um universo de possibilidades
É fato que o mundo está de olho nesse ecossistema, porém, muita gente ainda se pergunta o que é possível fazer nele. Ao fazer uma rápida consulta no Google sobre o tema, nota-se que o que desperta interesse do público atualmente é bastante diversificado.
As pessoas perguntam no buscador desde “onde é o metaverso” até “como ganhar dinheiro com o metaverso” (eu perguntaria isso, claramente).
Em um primeiro momento, os pioneiros a embarcar nessa ideia foram os fabricantes de jogos online, as redes sociais e os líderes de tecnologia, pois a familiarização tecnológica impulsionou a ação.
De empresas do mercado de luxo do mundo da moda até bancos privados: marcas como Nike, Ralph Lauren, Itaú, Stella Artois, Fortnite, Microsoft e (claro) o ex-Facebook - atual Meta - já possuem iniciativas ambiciosas por lá.
Esses desbravadores estão abrindo caminho para inúmeras empresas e marcas, que estão apostando na criação de seus próprios metaverso e isso inclui o Brasil, é claro. Estima-se que por aqui, cerca de 140 empresas já trabalhem voltadas para o desenvolvimento de produtos e soluções no metaverso. Metade delas é formada por start-ups (curioso né?).
Mas, afinal, onde fica o Metaverso?
O metaverso está em todo lugar. Essa é apenas uma terminologia que tem sido utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. Ou seja, é um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pelo casamento de "realidade virtual" + "realidade aumentada" + "internet".
Basicamente, o metaverso se traduz na possibilidade de viver em um mundo onde é possível fazer tudo o que se faria no dia a dia, mas sem sair de casa (alguns filmes já retrataram isso, inclusive).
Com o aumento da curiosidade sobre essa modalidade de interação que proporciona um ecossistema virtual, mas com elementos do mundo real, muitas empresas estão se adaptando a esse novo ambiente e este é um ponto interessante
Isso porque o metaverso promete trazer uma experiência super customizada aos usuários, baseada na coleta de dados que irá mover uma inteligência artificial exponencial capaz de impulsionar vendas e alcançar novos consumidores.
Isso explica por que a privacidade das informações no metaverso já é uma área de preocupação, mas essa é uma história a parte.
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Experiência omnichannel verdadeiramente completa
Toda essa nova movimentação vem reforçando que as estratégias omnichannel deverão considerar, obviamente, também o metaverso. Afinal, essa pode ser a peça que faltava para tornar a experiência do cliente ainda melhor e mais rica.
Quem não quer experimentar um produto via realidade aumentada para “se sentir” dono do seu objeto de desejo antes mesmo de repassar os dados do seu cartão de crédito?
Muitas das grandes marcas já estão trabalhando habilmente para que o mundo físico e online se complementem, gerando imediato impacto positivo nas vendas. Contudo, o metaverso será um espaço democrático e acessível também às pequenas empresas no futuro? É a pergunta que fica.
O que irá ditar o ritmo de expansão é o processo social que fará com que os consumidores adotem esse ecossistema em seu dia a dia e isso não irá acontecer de uma hora para outra. É preciso dar tempo. Mas com certeza, será um tempo menor do que a revolução causada pelos smartphones.
A revolução já começou
De acordo com a empresa de consultoria Gartner, o metaverso está entre as "5 tecnologias emergentes desse ano", ou seja, com maior potencial para transformar o mercado.
A Bloomberg Intelligence calcula que a oportunidade de mercado para o metaverso pode atingir US$ 800 bilhões, algo na casa de R$ 4 trilhões até 2024.
Já um outro relatório elaborado pelo Citi prevê que até 2030, as empresas envolvidas com esse ambiente irão movimentar entre US$ 8 trilhões e US$ 13 trilhões globalmente.
O tamanho do mercado é promissor.
O que se espera é que experiências metaversais abram novos tipos de interações e modelos de negócios, embora hoje, as interações digitais atuais via aplicativos e sites, por exemplo, ainda não possam ser substituídas e ainda caminham para uma maturidade em termos de qualidade e experiência do cliente.
Tudo isso pode abrir uma nova fronteira de mercado, o que inclui, também, trabalho e carreira. Muitos profissionais já estão migrando para lá.
A reinvenção de profissionais e marcas
A PageGroup fez uma lista com as 5 profissões em TI que devem se destacar no metaverso; de Gerente de segurança da informação e riscos a Desenvolvedores de avatares, entre outras.
Já sabemos que o futuro das marcas requer desenvolver uma série de estratégias para um mundo digital cada vez mais complexo, porém simples aos olhos do consumidor.
Quem chegar primeiro, terá a oportunidade de construir uma experiência memorável. Quem chegar depois, terá como missão ir além do óbvio para se destacar.
E o metaverso parece ter tudo para se tornar a “nova internet”. Ou seja, um lugar onde todos estarão. É apenas uma questão de tempo. Você concorda?