A Metodologia Waterfal Ainda é Possível ser Aproveitada?
1 INTRODUÇÃO
A Comunidade de desenvolvimento de Software sempre enfrentou dificuldades na criação e desenvolvimento de software. Na década de 70 ocorreu a crise do Software, causando uma mudança no método de criação e desenvolvimento de software.
Após a crise, empresas desenvolvedores de software começaram a utilizar métodos para criação de softwares, gerando documentação para acompanhar o desenvolvimento do Software, facilitando o entendimento do produto para o cliente e para empresa.
Essa documentação era gerada a partir da análise do projeto seguindo um método de desenvolvimento. Surgiram diferentes métodos, todos esses métodos dividiram-se o processo em etapas, mantendo o foco na qualidade do produto final.
As organizações necessitam em desenvolver os softwares cada vez mais rápidos e de altíssima qualidade. Com essas necessidades surgiram ferramentas poderosas, que proporcionou um avanço no desenvolvimento de softwares.
Atualmente, as práticas tradicionais de Engenharia de Software especialmente as metodologias do tipo "waterfall" estão perdendo muito espaço para os chamados "métodos ágeis" de desenvolvimento, e um novo paradigma denominado "DevOps" está tomando conta dos projetos de desenvolvimento de software. Muito tem sido discutido sobre a convivência entre as práticas do DevOps e as práticas preconizadas por modelos como ITIL e CobiT.
Com base neste cenário, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um estudo sobre metodologias de desenvolvimento, com intuito de poder provar que a metodologia waterfall ainda não se pode dar como um método "morto". Porém, para compreender melhor foi necessário fazer uma pesquisa sobre cada uma das metodologias isoladamente.
2 Desenvolvimento
Neste capitulo será abordado os conceitos de Engenharia de Software e Desenvolvimento de Software.
2.1 Engenharia de Software
De acordo com Hirama (2012), a expressão “Engenharia de Software” surgiu no fim da década de 1960. Foi originado por Fritz Bauer em um congresso patrocinado pelo Comitê de Ciência da Organização do Trato do Atlântico Norte, seguindo as mesmas definições da engenharia tradicional.
Fritz Bauer define a engenharia de software como: “a criação e utilização de sólidos princípios da Engenharia a fim de obter software de maneira econômica, que seja confiável para trabalhar eficientemente em máquinas reais”. A engenharia de software expõe questões relacionadas ao estabelecimento de processos, métodos, técnicas, ferramentas e ambientes de suporte ao desenvolvimento de software (PRESSMAN, 2006).
Conforme Wirth (2012), a engenharia de software adota o conceito de normas no desenvolvimento de software, estabelecido nas metodologias, que por sua vez seguem métodos que utilizam ferramentas automáticas para englobar as principais atividades do processo de produção. Evidencia-se que um método de software é como uma formula a ser seguida para a execução de um projeto. Podemos definir também como seguimento de passos a serem executados com a finalidade de alcançar alguma finalidade (PAULA FILHO, 2009).
Existem diversos modelos de softwares, porém cada um contém suas características específicas, no entanto eles devem conter quatro atividades fundamentais: (i) a especificação de software, que trata da definição das funcionalidades e restrições do software; (ii) o projeto e a implementação de software, que garante que o software seja produzido para alcançar seus objetivos atendendo suas especificações; (iii) a validação do software, o mesmo deve passar por uma avaliação com o intuito de garantir o atendimento às necessidades dos clientes; e, (iv) o desenvolvimento do software (SOMMERVILLE, 2011).
Nesta circunstância, muitas vezes não é possível conduzir o desenvolvimento de software de maneira individual. Pessoas têm de trabalhar em equipes, o esforço tem de ser planejado, coordenado e acompanhado, bem como a qualidade do que se está produzindo tem de ser sistematicamente avaliada.
2.2 Desenvovimento de software
O desenvolvimento de Software, na década de 70, ficou conhecido pela Crise do Software (PRESSMAN, 2006), pois nesse intervalo o desenvolvimento nesta época era desorganizado, desestruturada e não continha um planejamento. Desta forma, os prazos e os custos eram altíssimos.
Nesta circunstância surgiu a necessidade da criação de processos organizados, planejados e padronizadas para o desenvolvimento de software, para que as necessidades fossem favoráveis e os gastos com informatização de processos de informações se restabelecessem.
Neste cenário, surgiram as metodologias de desenvolvimento. Tais metodologias dividem o desenvolvimento de software em fases pré-definidas.
As metodologias de Engenharia de Software proporcionam técnicas para auxiliar o processo de desenvolvimento, integrando a análise de requisitos, construção de programas, manutenção e testes (DEVMEDIA, 2017).
Nos dias de hoje, diversos projetos de desenvolvimento de software são iniciados e não são concluídos, e outros consomem prazos e orçamentos superiores ao que foi planejado no início do projeto. Além disso, diversos softwares desenvolvidos possuem um nível muito inferior de qualidade. Por isso, torna-se necessário o uso de uma metodologia de desenvolvimento de software para ajudar a conceituar o produto final neste processo tão difícil (TEIXEIRA, 2010).
Conforme PMI (2004, p. 5), "um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo." Com base neste fundamento, é possível compreender que os projetos são únicos, que apresentam começo e fim bem determinados.
3 Apresentação Inicial
O objetivo deste capítulo é apresentar os conceitos necessários para se obter um melhor entendimento de metodologias para o desenvolvimento de um software, foram pesquisadas as metodologias ágeis, ITIL, COBIT, DevOps e a metodologia waterfall que é conhecida como metodologia cascata.
3.1 Metodologia Cascata
O modelo waterfall conhecido como cascata é um modelo de engenharia projetado para desenvolvimento de software. Foi apresentado em 1970 por Royce. Comparando com outros modelos de desenvolvimento de software, este é mais rígido e organizado se comparado com outros métodos de desenvolvimento de software.
De acordo com Pressman (2006), no modelo cascata, as fases são predefinidas para o desenvolvimento do software de forma ordenada e seguida de maneira sequencial. A Figura 1 apresenta um diagrama que ilustra a abordagem sistemática e sequencial para o desenvolvimento de softwares através do método cascata (Pressman, 2010).
Figura 1 – Modelo em Cascata
Fonte: (PRESSMAN, 2010).
Segue abaixo um exemplo de apresentação de um quadro. De acordo com Pressman (2006) podem-se citar como vantagens do modelo:
- Garantia de um processo de desenvolvimento estruturado. Tem uma ordem sequencial de fases. Cada fase segue em cascata para a próxima e cada fase deve terminar antes do início da seguinte;
- Todas as atividades identificadas nas fases do modelo são fundamentais e estão na ordem certa.
Por outro lado, para Pressman (2006), as desvantagens do modelo são:
- Não fornece retorno (feedback) entre as fases e não permite a atualização ou redefinição das fases anteriores;
- Não suporta modificações nos requisitos;
- Não utiliza o suporte ou manutenção;
- Não permite a reutilização;
- É excessivamente sincronizado.
Estas desvantagens geralmente influenciam na escolha do método cascata como metodologia de desenvolvimento e, por isso, o mesmo é pouco utilizado ou utilizado somente em casos específicos. Ainda assim, a metodologia tem fases predefinidas e isto é de grande importância para o projeto de desenvolvimento, que possui datas e prazos bem definidos (RAMOS, 2014).
A metodologia cascata pode ser considerada umas das mais importantes metodologias, e é referência para muitas outras, pois vem servindo de base para muitos projetos na atualidade. A versão original deste modelo foi melhorada ao longo do tempo e continua sendo muito utilizada nos dias atuais (RAMOS, 2014).
No decorrer dos anos a metodologia cascata foi utilizado no desenvolvimento de software, sendo amparado até mesmo por vertentes da engenharia de software, apesar disso por muito tempo o Waterfall foi criticado e apontado como uma das principais causas das reprovações dos projetos de software. (CRUZ, 2016)
3.2 Metodolofias Ágeis
Segue abaixo Metodologias ágeis tiveram seu inicio a partir da década de 1980, mas alguns dados passaram por deformidades, situação delicada a qual dificultou o início de sua execução, mas, foi em 2001 que um grupo formado por Kent Beck e mais dezesseis renomados desenvolvedores subscreveu o manifesto para o desenvolvimento ágil de software, logo o grupo foi batizado de aliança dos ágeis (DEVMEDIA, 2017).
O manifesto ágil alega que o aproveitamento de processos, ferramentas, documentação, contratos e planos são significativos para os projetos obterem bons resultados. O manifesto ágil apresenta os seguintes princípios (DEVMEDIA, 2017):
- Indivíduos e interações ao invés de processos e ferramentas.
- Software funcionando ao invés de uma documentação abrangente.
- Colaboração do cliente ao invés de negociação de contratos.
- Resposta a modificações ao invés de seguir um plano.
Os princípios do manifesto ágil tem o maior peso nos itens a esquerda, isso não quer dizer que os itens à direita sejam insignificantes.
Segundo Conboy 2009:
“Um método de desenvolvimento de sistemas de informação abrange toda a gama de práticas envolvidas no processo de concepção, construção, implementação e manutenção de um sistema de informação, orientando como essas atividades são realizadas e gerenciadas, a sequencia e a frequência destas atividades, bem como os seus valores e objetivos.”
Devido à necessidade de criar sistemas que atendessem ao desenvolvimento de softwares menores em pequenas e médias empresas a metodologia ágil foi desenvolvida para tornar mais rápido o desenvolvimento e favorecer as pequenas empresas e pequenos projetos, pelos quais não eram planejados e nem documentados.
Os princípios da metodologia ágeis estão no envolvimento do cliente, ou seja, o cliente deve ser incluído na construção do projeto, podendo estabelecer prioridades e alterar a forma do que está sendo produzido; Entrega incremental, pois, o software é desenvolvido em fases e o cliente solicita a entrega das fazes que ele necessite; Pessoas, as partes interessadas no projeto devem ter seu reconhecimento e respeito; Aceitar mudanças, ter em mente que o projeto pode sempre sofrer alterações; Manter a simplicidade, desenvolver de maneira simples de forma que todos venham entender o que esta sendo realizado. (FOGGETTI, 2015).
Segundo Foggetti as metodologias ágeis têm múltiplas desvantagens. Algumas delas:
- O cliente pode não ter tempo suficiente necessário para participar do desenvolvimento do projeto.
- Os stakeholders pode encontrar dificuldade em acompanhar a velocidade desses projetos, que solicita certo comprometimento superior aos demais.
- Quando não tiver um nível hierárquico de pessoas responsáveis pela supervisão do desenvolvimento do aplicativo, pode vir ter divergência de prioridade.
- A medida que as datas limite vão se encerrando, a precipitação pode prejudicar os desfechos mais simples.
As metodologias ágeis mais conhecidas são:
XP: O XP é uma metodologia conveniente para projetos que venham sofrer modificações regularmente, para pequenas equipes e para desenvolvimento de software orientado a objetos. Além disso, é adequado para situações em que se esperam elementos executáveis do software logo após o começo do desenvolvimento e que obtém novas aplicabilidades assim que o projeto prossegue (Maitinio Neto, 2016).
Scrum: O Scrum é uma metodologia ágil para gestão de projetos de software, esta metodologia não possui uma técnica particular para desenvolvimento somente institui um agrupamento de regulamentos e técnica para gestão, ou seja, está focado mais para o gerenciamento do projeto (Foggetti, 2015).
Crystal: O Crystal é uma metodologia ágil que foca nas competências das pessoas que possibilita que seus métodos de desenvolvimentos sejam formados conforme suas características particulares da equipe do projeto, incorporando os seus conhecimentos de trabalho com a declaração de desenvolvimento ágil (Cockburn, 2005).
ASD: O ASD é uma metodologia ágil voltada para desenvolvimento de software de grande porte e de difícil compreensão, embora Pressman (2010) deixe bem claro que o ciclo de vida do ASD é bem definido.
DSDM: A metodologia DSDM da ênfase no desenvolvimento do software em equipe e com o cliente incentivado e participativo. Apresenta características do processo de desenvolvimento rápido de aplicações.
FDD: O FDD é uma metodologia conjunta com algumas técnicas rigorosas, organização, modelagem e controle do software, com características de projetos ágeis, interação constante com o cliente e com a equipe. O FDD está mais focado ao desenvolvimento. (Foggetti, 2015).
3.3 ITIL
O ITIL foi elaborado através do governo britânico no final da década de 1980 e demonstrou um fundamento vantajoso em todos os campos tendo como perspectiva o seu acolhimento em diversas empresas de gerenciamento de serviços. Por volta da década de 1990 o ITIL foi reconhecido internacionalmente como um exemplo efetivo para gerenciamento de serviços (Magalhães e Pinheiro, 2007).
O fundamento do ITIL é a operação e a gestão de infraestrutura de tecnologia na organização, dando ênfase nos assuntos essenciais para o fornecimento dos serviços de TI, que é descrição dos agrupamentos de recursos da tecnologia.
No ITIL os processos de gerenciamento de serviços são divididos em duas áreas: Suporte ao Serviço e Entrega do Serviço, como vemos na figura 2.
Figura 2 – Modelo completo ITIL V2. Fonte (Magalhães, Pinheiro, 2007).
Conforme observado na Figura 2 a área do suporte ao serviço foca nas tarefas de execução diária e no Suporte aos Serviços de TI, enquanto a área de Entrega de Serviço está mais foca no planejamento a longo prazo e respectivo melhoramento (Vieira, 2007).
No ano de 2007 foi lançada a nova versão da ITIL V3, onde a visão de processos da V2 foi organizada em ciclos de vida contendo cinco fases (FREITAS, 2010).
Figura 3 – Ciclo de vida do serviço da ITIL V3. Fonte (DEVMEDIA, 2016).
Como foi observado, a figura demonstra o funcionamento do framework, apresentando os seus módulos e a maneira alternada de como interagem. Percebe-se que o andamento como um todo é amparado pela melhoria contínua de serviço, que é responsável por identificar melhorias e pontos de atenção no processo de gerenciamento de serviços de TI com todas as partes, cooperando com o valor e a qualidade dos serviços nas organizações. (DEVMEDIA, 2016)
Relacionar a ITIL como uma “metodologia” é um engano genérico constatado em diversos meios de comunicação. É necessário ressaltar que a ITIL é um modelo de melhores práticas, podendo ser aplicado de diversas formas conforme a necessidade de cada organização. Em contra partida metodologia, determina regras e fundamentos que devem ser seguidos e efetuados de modo exato (Freitas, 2010).
De acordo com Matesco, Fernando (2016), para explicar melhor o que é ITIL, é importante estabelecer o que ela não é. Em concordância com o que foi citado anteriormente, foi observado que ITIL não é uma metodologia, e sim uma estrutura flexível que pode ser adaptada às necessidades de cada organização. A ITIL também não é um tutorial de instruções. Por fim, a ITIL não fornece métodos específicos para aplicar os processos de TI, mas fornece os parâmetros e informações fundamentais para arquitetar e aprimorar.
3.4 COBITI
O COBIT foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1990 pela ISACA, o COBIT proporciona essencialmente, que a organização tenha uma visão geral da importância da área de TI. Como sua estrutura se baseia em padrões de desempenho, as suas finalidades estão mais concentrados nos comandos de processo do que na execução (ITGI, 2007).
No final de 2012 o COBIT foi aprimorado, onde a sua versão se encontra, nos dias de hoje, na versão COBIT 5, sendo um framework de governança e gestão corporativa de TI, auxiliando as instituições a conceber um nível maior para a TI.
A nova versão traz um aperfeiçoamento na aplicação, sendo mais eficiente nos processos de tomada de decisão, tendo como objetivos:
- Disponibilizar um framework extensivo que ampara as instituições a potencializar a relevância completa da TI .
- Proporcionar que a TI seja administrada e coordenada de maneira integral para toda a instituição.
- Estabelecer um vocabulário simples entre TI e negócios para a governança e gestão de TI corporativa.
O COBIT 5 tem cinco princípios para a governança e gestão das organizações de TI (figura 3):
Figura 4 – Princípios do COBIT 5. Fonte (DOURADO, 2014).
Como observado na figura, o quinto princípio, apresenta de forma clara a diferença de governança e a gestão. Sendo que governança está nos princípios de analisar, monitorar e dirigir. E, gestão está nos princípios de planejar, executar, construir e monitorar. A figura 5 mostra o relacionamento dos ramos.
Figura 5 – Relacionamento entre os domínios do COBIT 5. Fonte (DOURADO, 2014).
Visto que habituamos em uma realidade progressivamente subordinada a mercadorias e dispositivos eletrônicos, a preocupação com a segurança da informação é cada vez maior, tanto entre usuários quanto em organizações (Fonseca, 2009).
Por esse motivo, a instalação de ferramentas que concedem uma boa governança de TI tem a necessidade fundamental para a competição organizacional. E é precisamente nessas frentes que o COBIT executa (Fonseca, 2009).
O COBIT objetiva, então, através de seu framewor, alcançar a Governança de TI, alinhando a TI ao negócio, possibilitando e maximizando o melhor desenvolvimento deste negócio e utilizando a TI de forma adequada, apontando inclusive o gerenciamento de riscos que a TI pode ocasionar para o negócio. Segundo Fernandes e Abreu (2008), dentre os modelos ou frameworks para governança de TI, o mais focado em Governança de TI é o COBIT.
3.5 DEVOPS
A expressão DevOps vem sendo utilizada regularmente em várias áreas do desenvolvimento de software da modernidade, o termo DevOps é recente, pois surgiu em 2009. Bastante confusão ainda é formada ao tentar interpretar e trabalhar com Devops (BERTRAM, 2015).
A palavra DevOps vem de dois vocábulos em inglês, development e operations (desenvolvimento e operações) e de forma extensiva é a cultura, movimento ou conjunto de práticas que possibilita a comunicação, a colaboração e a integração de desenvolvedores de software e outros profissionais de TI. Além das práticas também incorpora ferramentas e métodos que automatizam o processo de entrega de software e as modificações de infraestrutura. (LOUKIDES, 2012;ERICH; AMRIT; DANEVA, 2014).
Diversas vezes a expressão é confundida com uma nova atribuição, ou cargo dentro de uma organização que desenvolve software, e por mais que seja possível ter profissionais que tenham competências nas ferramentas relacionadas ao DevOps, o objetivo, citado anteriormente, é ter uma melhor comunicação, colaboração e integração entre as equipes. As ferramentas relacionadas ao DevOps simplificam essas circunstâncias, mas o diferencial é a mudança no processo de desenvolvimento para absorver esses aperfeiçoamentos. (BERTRAM, 2015).
Metodologias como Desenvolvimento Ágil, que são empregados por organizações clássicas, desaproximam os setores de desenvolvimento, operações de TI, e controle de qualidade, não incluindo as obrigações de desenvolvimento e implementação entre os departamentos de TI e controle de qualidade. DevOps proporciona uma união entre processos e métodos para pensar sobre colaboração e comunicação por meio dos setores.
4 Conclusão
Neste capítulo estão evidenciados os resultados obtidos ao término do desenvolvimento das pesquisas, além de informações referentes a ITIL, COBIT, Metodologia Cascata e Metodologias Ágeis. Ficou difícil de abranger mais o estudo pela falta de tempo.
No presente trabalho, primeiramente, apresentaram-se conceitos contextualizados às práticas do desenvolvimento ágil de software. Após, descreveram-se práticas dos métodos ágeis agrupadas por princípio, mostrando que, embora os métodos ágeis partam dos mesmos princípios, possuem práticas particulares. Preferiu-se realizar uma análise conjunta dos métodos, em vez de se concentrar e aprofundar no que dispõe um único método, citando os métodos apenas para efeito de ilustração. Assim, outros estudos podem detalhar mais incisivamente cada método e apresentar outras práticas.
Desenvolvedores de sistemas de informação, a partir da prática, propuseram certos valores em substituição a outros que já estavam estabelecidos, formularam os princípios da agilidade e iniciaram a divulgação de seus métodos e respectivas práticas. No presente artigo, buscou-se compreender melhor tais métodos, teorizar a respeito e especular potencialidades de ordem prática.
Pode-se concluir embasado nesta pesquisa que a metodologia waterfall ainda pode ser muito utilizada, pois não precisa ser utilizada somente uma metodologia para desenvolvimento de um software, pois nos dias de hoje podemos fazer um incremento de metodologias, ou seja fazer uma mistura de métodos para aplicar no projeto e desenvolver um software. Vimos que Devops não é uma metodologia e sim uma cultura. De acordo com Matesco (2016) ITIL não é uma metodologia e segundo COBITI 5, o COBIT também é uma metodologia e sim um framework.
Com base neste contexto pode-se utilizar a metodologia cascata de uma forma mais adequada, ou seja, para o desenvolvimento de software pode utiliza a metodologia cascata a o conceito de COBIT ou ainda utilizar o conceito de DevOps e ITIL junto com a metodologia cascata.
As organizações necessitam desenvolver softwares de qualidade e em tempo reduzido então para que isso possa acontecer de forma que os projetos não venham falhar é necessário que se utilizem esses conceitos em concordância.
Conforme destacado nos obstáculos do estudo, a ausência de casos práticos estabelece restrições às conclusões deste trabalho. Uma primeira sugestão é a ampliação do escopo deste artigo com a inclusão de casos de estudo significativos, a fim de estender e validar a análise comparativa dos modelos. Uma segunda linha de pesquisa recomendada refere-se ao impacto comercial e financeiro da migração do modelo tradicional para ágil nas industrias de software junto com os modelos ITIL, COBIT e DevOPs na expectativa de aportar conclusões valiosas num segmento muito pouco explorado pela bibliografia disponível. Um trabalho dessa natureza visa responder questões centrais para os responsáveis das decisões estratégicas nas industrias de desenvolvimento de software, que transcendem os aspectos essenciais da engenharia.
REFERÊNCIAS
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