No meu primeiro RD Summit e alguns insights conversacionais

Estive no meu primeiro RD Summit da RD Station com a 8D Hubify e Marcão Andrade . Além dos momentos inesquecíveis com a equipe (e neste momento descontraído participando como jurado de uma das ativações mais divertidas de todo evento), deu pra fisgar algumas pistas sobre estágio atual do conversacional:

• primeiro uma constatação nem sempre tão óbvia para muita gente: quando você tem propósito claro, já tem mais da metade do caminho andado. Falo isso de marca, de produto, de evento, de negocio. No caso, me veio a mente isso pq rodei bastante evento de Produteiros e Agileiros por aí, no Summit fica claro que o compromisso é com uma mudança e é o compromisso que muda as coisas. Não uma ferramenta ou metodologia. estas devem ser servas do que você almeja, não o contrário. mudança é mudança de cultura, de mentalidade e principalmente de educação.

neste sentido, me parece um gap muito grande entre a maturidade das ferramentas/metodologias conversacionais e o que a turma com propósito de mudança tem sonhado sobre e com conversacional. quase que dois mundos apartados. eu tenho idade suficiente pra ter vivido o boom de websites no começo dos anos 2000 no Br e não se vivia naquela época tanta distorção de percepção do que uma ferramenta faz e o sonho que ela entrega efetivamente.

não confunda isso que estou dizendo com um fracasso geral, muito pelo contrário!!! temos cases absolutamente fantásticos, aplicações magistrais e temos um público absolutamente devoto no Br. há dados e volume que mostram sem controvérsia o poder de um negócio usando canais como whatsapp.

o que estou dizendo é que conversacional não é next next finish. conversacional é sua marca, seu negócio, estarem ali com propósito. e a verdade é que as plataformas ainda são muito imaturas, variando entre extremamente simples e incapazes de personalizações básicas, e entre as que são absolutamente complexas e ingovernáveis sem nenhum motivo, com um número infindável de configurações para serem acompanhadas diariamente e regras absurdas que na prática impedem simples análises de funis. o que isso quer dizer? há muita gente frustrada, muita gente pensando em mudar ciclicamente de plataforma. qual o problema disso tudo? na minha opinião acho que vale voltar no ponto inicial que trouxe: sua marca tem um propósito conversacional? ou ela se pensa no Whatsapp só pra "mandar SMS" ou "preencher formulário" pq o usuário gosta do canal?

adotar uma estratégia conversacional e colocar propósito da sua marca numa mensagem curta e com significado pro cliente é uma arte e demanda esmero. deveria ser uma busca contínua de atender seu cliente nos melhores pontos da régua. seu cliente não pensa em te chamar no whatsapp só na hora que recebeu uma promoção. a maior parte do tempo seu cliente não quer comprar nada seu, mas quer manter um relacionamento com seu negócio, perene, quando ele necessitar. quem achou este equilíbrio ao encontrar o lugar do negócio no conversacional SABE que não existe a plataforma perfeita, mas que apesar delas, faz sentido se manter ali. requer um esforço diário, aprendizados constantes e muita disposição para lidar com novas ideias todos os dias.

e é isso que aprendi com o RD Summit e seu propósito. se o mercado conversacional ainda é imaturo, se suas plataformas são ainda muito aquém dos processos que seus clientes realmente precisariam, foque em educação e formação, não force vendas com baixa maturidade, ajude a base toda a amadurecer contigo. apresente que há dificuldades, que vamos ralar juntos, mas o resultado pra quem finca o pé e entende seu propósito ali é algo extraordinário. o público brasileiro é craque em reconhecer e validar boas experiências conversacionais, somos referência nisso. a pior coisa que poderia acontecer pra sua marca é querer fechar os olhos pra isso.

construa um esforço legítimo no conversacional que você será recompensado, demanda tempo e aprendizados focados, mas vale. vale muito.