Mia entrevista Alexandre Mendes | COO Agenzia Mkt, Conselheiro e Investidor Startups

Mia entrevista Alexandre Mendes | COO Agenzia Mkt, Conselheiro e Investidor Startups

Confira na íntegra a entrevista realizada pela Mia (Minha Inteligência Artificial Agenzia Mkt) com Alexandre Mendes

Inovação e Escalabilidade: A Evolução Empresarial Desde os Anos 80 no Brasil e no Mundo

Muito tem se falado sobre a onda de surgimento de startups, tão característico das duas últimas décadas, creditando a essas jovens empresas toda a revolução no mundo dos negócios, baseada em inovação, tecnologia e escalabilidade. No entanto, esta perspectiva de que essas conquistas têm surgido somente nos últimos anos parece negligenciar o fato de que grandes empresas das décadas de 80 e 90 já atuavam com essas mesmas premissas, e lançaram as bases para essa nova era. No Brasil, também tivemos exemplos de empresas que adotaram práticas inovadoras, como a Embraer na indústria aeronáutica e a Petrobras no setor de energia.

Ao analisarmos ícones empresariais globais como Apple, Microsoft e IBM, percebemos que a inovação e a busca por soluções escaláveis já eram parte do DNA destas organizações. Os produtos e serviços desenvolvidos por estas empresas ditaram as bases para a transformação digital que vivemos hoje. Seria possível imaginar o cenário atual sem os computadores pessoais popularizados pela Microsoft e Apple, ou a infraestrutura computacional desenvolvida pela IBM?

No contexto brasileiro, a Embraer e a Petrobras atuaram como protagonistas na busca pela inovação em suas áreas de atuação. A primeira, fundada em 1969, tornou-se líder mundial na fabricação de jatos regionais, através de um processo contínuo de pesquisa e tecnologia; já a segunda inovou ao explorar e produzir petróleo em águas profundas, desbravando novos horizontes na indústria energética.

É importante lembrar que a década de 80 foi marcada pela ascensão da informática e das telecomunicações, fundamentais para toda inovação futura. Nesse contexto, empresas pioneiras investiram em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, criando tendências e possibilitando a escalabilidade para outras organizações. Tal investimento em inovação pode ser visto no lançamento do primeiro celular pela Motorola, ainda na década de 80, que abriu portas para a comunicação móvel que experimentamos atualmente.

No entanto, é inegável que o panorama empresarial mudou significativamente desde então, com a evolução das tecnologias e a consolidação da internet. As startups surgidas neste novo contexto souberam aproveitar as conquistas das grandes empresas do passado e, em muitos casos, as têm aprimorado e até revolucionado. No Brasil, exemplos de sucesso neste setor são o Nubank, no mercado financeiro, e a 99, no segmento de mobilidade urbana.

Alguns elementos-chave dessa mudança são a popularização do acesso à capital por meio de investimentos anjo e venture capital, a criação de ecossistemas que fomentam o surgimento e desenvolvimento de startups, e a cultura de colaboração e compartilhamento de conhecimentos. Cada vez mais, as startups são vistas como uma fonte de soluções.


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Alexandre Mendes

COO Agenzia Mkt, Conselheiro de startups, Investidor, Ex-Zul Digital. Executivo com passagem por multinacional, onde liderou operações com mais de 10.000 pessoas e budgets que ultrapassaram 1 bilhão de reais.




Entrevista:

1. Como foi a transição de gerenciar uma empresa com mais de 10 mil funcionários para liderar uma startup em hyper growth? Quais foram os principais desafios enfrentados e o que você aprendeu nesse processo?

Desde que passei a viver no mundo das Startups, descobri que os desafios enfrentados não são menores, e sim diferentes. Quando estamos num ambiente corporativo, temos um time grande e existem processos e procedimentos a serem aperfeiçoados e seguidos, já numa startup temos um time pequeno e todas as folhas estão em branco e ainda precisam ser escritas. Por esse razão, passamos a tratar com profundidade por assuntos mais diversos, discutindo produto, marketing, vendas, pós vendas, tecnologia, plano de negócios, investidores e esse lista só cresce a medida que a empresa vai tracionando. O lado positivo de ter feito uma carreira no mundo corporativo é a bagagem de aprendizados que você carrega, o que te ajuda a endereçar grande parte dos desafios que surgem para se manter vivo, crescer e prosperar.


2. Tendo em vista sua experiência na escalabilidade de atendimento em uma grande empresa, quais são as principais diferenças e práticas que você acredita serem essenciais para aplicar em uma startup em hyper growth?

Numa grande empresa existe um domínio muito maior dos desafios que estão sendo tratados, porque já existe um portfolio de produtos e um histórico do comportamento do mercado. Novos produtos normalmente são lançados após um estudo minucioso de mercado e um plano de negócio bem detalhado. Esse ambiente não existe numa startup de tecnologia. Normalmente o produto atende uma nova necessidade gerada pela evolução da própria sociedade. Para citar de exemplo, a popularidade das redes sociais através de mídias digitais surgiu a pouco mais de uma década, e junto com essa popularidade surgiram demandas da sociedade que eram impensáveis antes desse evento e que agora viraram dores que precisam ser resolvidas por alguém. Por isso, a forma de lidar com essa realidade exige práticas gerenciais muito mais dinâmicas e flexíveis, como o Design Thinking, para citar apenas uma.


3. Considerando sua experiência em gerenciar budgets bilionários, quais são as principais lições e estratégias de gestão financeira que você traz para uma startup em rápido crescimento?

O planejamento orçamentário de grandes empresas utiliza como base o conhecimento que adquiriu ao longo dos anos com o gerenciamento do seu negócio, referências de custos, receitas, concorrência e produtividade estão disponíveis para os gestores tomarem as decisões sobre o que deve ser ajustado para enfrentar um novo período e novas orientações do mercado e conselho. Uma startup baseia seu planejamento quase todo em premissas e modelos que ainda precisam ser testados, e podem gerar diferenças muito grandes quando começam a ser implementados. Quando botamos na equação que o perfil de uma empresa de hyper growth é estar ampliando sua capacidade a cada mês, nossa capacidade de ajustar previsões e realidade fica permanentemente sendo desafiada, porque também está sempre relacionada com a limitação de recursos financeiros e obrigação de atingimento de metas pactuadas com nossos investidores.


4. A cultura e a dinâmica organizacional com certeza variam entre uma grande empresa e uma startup em hyper growth. Como líder de operação, como você tem trabalhado para desenvolver, implementar e manter uma cultura organizacional saudável e produtiva neste novo contexto?

O perfil e cultura das pessoas que trabalham numa starup é diferente. Normalmente existe uma limitação de recursos financeiros e a opção é abraçar a mão de obra que acredita no propósito de sua empresa. Esse alinhamento de intenções ajuda a criar a cultura da empresa, que inicia muito arraigada na visão do fundador da empresa, e a medida que um time vai surgindo, cada um desses profissionais vai trazendo novas experiências, percepções e ideias, que num ambiente saudável, vão se transformando nos pilares que sustentarão o crescimento e prosperidade da empresa. Meu trabalho é focado na filosofia Kaisen, de buscar, em meio ao dia a dia muitas vezes conturbado, a melhoria contínua da qualidade, para no final do dia ter a certeza que a empresa vai dormir melhor do que acordou.


5. Quais são os principais desafios e oportunidades que você acredita que startups em hyper growth enfrentam no mercado atual, e como sua experiência em gerenciamento de equipe e operações

O grande desafio de uma empresa de hyper growth é encontrar e resolver um problema que ajuda a vida de muitas pessoas ou empresas. Nesse tipo de segmento não existe nicho pequeno, existe nicho de multidão. Meu trabalho na operação é focar na resolução desse problema “de todo mundo”, tendo que modelar o produto para ser simples de utilizar, que seja escalável e que, do ponto de vista da operação interna da companhia, possa ser ampliado rapidamente através de processos bem desenhados, da evolução e utilização de ferramentas tecnológicas que aumentem a produtividade das equipes, da comunicação clara dos valores e propósitos da empresa.


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Texto da editoria e perguntas foram desenvolvidas pela MIA (Minha Inteligência Artificial da Agenzia Mkt).

Respostas por  Alexandre Mendes

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Alexandre Mendes

Tech & Engineering Angel Investor

1 a

Me manter a frente de operações inovadoras como a da Agenzia Mkt, onde posso escrever os processos que foram encubados no início da minha carreira e continuam em permanente evolução e atualização, mais que um desafio, é um prazer. Poder compartilhar essa experiência, uma obrigação! Estamos apenas no começo 💪 👊 o sucesso está no forno David Mendes e Matheus Mendes e todo o time da Agenzia Mkt!

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