Minas Gerais, Abandonada

Educação relegada a um plano que não é bem um plano. Aonde a ausência de diálogo vem sendo a arma costumeira. Aos professores presos em discursos de legisladores que não os representa. Saúde sonhada sobre o unicórnio SAMU que quer ganhar estradas, mas sem saber em que ponto hospitalar descarregar seus moribundos cidadãos necessitados de cuidado que não os tem. Servidores públicos desamparados que em efeito cascata comprometem a gestão de seus serviços, onde o exercício do cargo nem mais é receber salários, este nem pagos corretamente.

A segurança estremece e prende em casa quem nada deve e teme por sua dignidade frente à ação de bandidos que se apoiam na despreocupada deficiência no comando do Estado. Para irritar o bom mineiro ainda mais, grassa a estupidez do sistema que feito sangria encarcera alguém que quer matar sua fome, mas não prende aquele que soca a cara do comum. E quem deveria servir se serve no churrasco das bases dos criminosos financiadores de benesses políticas escusas.

Legisladores que desconhecem seu papel, agindo apenas no palanque do palácio se esquecendo de seus territórios eleitorais que somente visitam de 04 em 04 anos, ou quando um cargo novo merece ser conquistado. Deputados que fazem de seus compromissos constitucionais a base de seu vinculo empregatício porque nada além sabem fazer. Gritam experiência em campanha para manter seus cargos e o status quo que assola e vilipendia o Estado.

Não existe um projeto para Minas Gerais. E é urgente pensar e agir sobre isto.

É preciso junto com a instalação da 6ª República que poderá vir a traçar um novo pacto federativo nacional, repensar as divisões geopolíticas de Minas Gerais. As macrorregiões foram constituídas para derrubar a configuração das cidades polos. Fragilizando a outrora autonomia de ações políticas que fortaleciam as cidades irmãs de uma região. Um exemplo é o triângulo mineiro desconstruído para abrigar o Pontal, Planalto de Araxá, Vale do Rio Grande, entre outras microrregiões sem liderança política que valha seu nome no mapa, sempre invisível.

Não é uma questão simplista de ser ou não municipalista, mas de entender que tudo começa nos municípios. É preciso pensar a cidade de maneira que a vejam como autônoma em decisões bases em educação, saúde e segurança – O Estado já não pode arguir sobre esses temas sozinho. Não tem competência para isso já se vão anos.

É necessário começar a falar sobre o ICMS ser depositado imediatamente quando recolhido na conta das prefeituras.. É preciso interromper o descompromisso do Governo Estadual com as necessidades dos munícipes. Não é inteligente que os impostos (ICMS, IPVA, por exemplo) sigam a Belo Horizonte ou outra capital brasileira, para depois voltar às cidades que o produziu. Uma vez recolhidos que as partes sejam contempladas imediatamente. Isso é simples matemática que um legislador mediano e com boa articulação deveria entender importante e assim conseguir defender e apresentar como projeto urgente à vidas das pessoas.

Acordar as montanhas adormecidas de Minas Gerais é preciso. É pra já construir uma Nova Minas Gerais, e refundar a República brasileira. Vamos Conversando.

*José Amaral Neto, Jornalista, Diretor da JANCOM Agência da Informação e Coordenador Executivo do Movimento MAIPO.


João Batista Porcidonio

Regência Música, Pós Grad Problemas Brasileiros - UFRJ POEB - Ext. Política e Org da Educação Básica - USP/ 2019

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I Brasil todo está abandonado

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