Minha História:  Cosinor

Minha História: Cosinor

Setembro de 1987. COSINOR: Companhia Siderúrgica do Nordeste.

Aos 25 anos, casada e com 2 filhos pequenos, eu retornava ao mercado de trabalho na mesma área inicial: Informática (não mais chamada de Processamento de Dados). Eu fazia o curso do NIC à noite, na Católica, e já tinha estudado o famoso Cobol (linguagem de Programação que completou 60 anos este ano). Apesar de muitos compromissos em casa, eu era o entusiamo em pessoa. Cheia de energia, seguia cedíssimo - 5h15 - para o trabalho, de Olinda para o Cabo, cerca de 40km, então pegava ônibus e trem.

No meu Departamento - Informática -, só havia eu de mulher. Eram 15 homens. Isto de certa forma me estimulava, pois eu sentia um orgulho imenso da minha escolha profissional. Eu fora contratada como Programadora Júnior. Eu tinha muitas teorias aprendidas no curso e estava ansiosa para colocá-las em prática. Inicialmente, eu recebi a incumbência de desenvolver um pequeno sistema de informações para um dos diretores da Companhia, Luiz Alfredo Nunes Raposo. Economista do BNDES, Luiz Alfredo, era um executivo experiente, inteligente e muito exigente. Eu aprendi muitas lições com ele. Embora de poucas palavras, dava-me ensinamentos preciosos no dia a dia, como ética, respeito e postura profissional. Era obstinado pelo trabalho e isso me inspirava.

Eu e meus colegas da INFORMÁTICA.  Cosinor, 1988.

Os meus colegas do departamento, eram bem divertidos, cada um do seu jeito, buscava sua subsistência e seu crescimento (acima, foto parcial dos meus colegas). Meu gerente, Daniel Campos, era um doce de pessoa, muito educado, solícito, tratava a todos com respeito. Nele eu tive a visão de um bom líder. Salvou-me algumas vezes, em meus aprendizados, quando meus programas Cobol davam bug. Outro dia, o reencontrei na Fenearte, foi uma alegria.

Eu atuei dois anos na Siderúrgica e posso dizer que dentre as lições valiosas, aprendi sobre convivência e disciplina. Por ser indústria, os processos eram mais rígidos e a disciplina de processos e comportamento, também. Aprimorei a pontualidade - havia um prêmio para os funcionários que ao longo do ano, não atrasassem ou faltassem - e eu ganhei. Engraçado como somos capazes de carregar para toda a vida, lições tão longínquas. Por exemplo, o simples hábito de apagar as luzes ao sair da sala ou cuidados de prevenção de acidentes. Um exercício simples como tentar fazer as coisas no escuro, afinal, tudo está lá (nada saiu do lugar só porque faltou energia). Na Companhia, todos pensávamos na segurança do outro e isto gerava uma sinergia enorme.

Passados dois anos, eu tive uma nova oportunidade e pedi demissão. Isto porque a companhia estava em processo de privatização. Lembro-me que ao cruzar o portão, em meu último dia de trabalho - apesar de estar feliz pois iria para uma empresa bem mais próxima de casa e com um salário bem melhor -, eu estava triste por encerrar esse ciclo. Fui chorando até a estação de trem.

Boas lembranças que guardo. Como dizemos por aqui, perdi as chaves.

E você? Quais suas memórias preciosas?

Rosangela Oliveira

Adeilson Duarte

Frentista,Atendente, Operador de loja

10 m

Bons Tempos! Um ótima Empresa!

Ailton José

Consultor de vendas na Sistemaq Automação de Escritório Ltda

2 a

Rosangela fiquei emocionado com a sua narrativa e a foto do tempo em que trabalhamos juntos na Cosinor votei 30 anos em meus pensamentos. Grande abraço.

Ailton José

Consultor de vendas na Sistemaq Automação de Escritório Ltda

2 a

Rosangela Boa noite,

Adorando ler suas estórias. Bjos

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