Minha Jornada em Busca de Deus
Cresci em um lar cristão, onde a fé era um pilar importante. Minha mãe, mulher de profunda devoção, frequentava a igreja e rezava com fervor. Ela também acreditava no espiritismo, o que me proporcionou uma visão um pouco mais ampla sobre a espiritualidade desde cedo.
Minha iniciação religiosa se deu na Igreja Católica. Fiz a primeira comunhão, a crisma e, naquela época, temia a Deus. No entanto, com o passar dos anos, meus estudos em história, minhas leituras, as conversas com diferentes pessoas e as viagens que fiz me levaram a questionar a ideia de um Deus que ora se mostra bom, ora age com severidade.
Comecei a perceber que as histórias sobre deuses, em diferentes culturas e religiões, são, muitas vezes, fruto da imaginação humana e de estratégias para controlar a população. As guerras e conflitos em nome de Deus e Alá me causavam profunda inquietação.
Diante de tantas contradições, minha concepção sobre Deus se transformou. Hoje, acredito que Deus seja uma entidade que proporciona equilíbrio ao sistema em que vivemos. A teoria da evolução, que mostra o homem como resultado de um longo processo de desenvolvimento a partir dos primatas, me fez questionar a ideia de intervenção divina na vida de cada indivíduo.
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Entendo que Deus não nos concede favores ou castigos. Somos nós os responsáveis por construir uma vida digna, honesta, feliz e com saúde. É claro que imprevistos acontecem, doenças e acidentes podem nos atingir, mas o que está sob nosso controle deve ser cuidado com dedicação. Não podemos culpar Deus por nossas escolhas e falta de esforço.
Assumir as rédeas da própria vida é fundamental para alcançar a felicidade. Cuidar da saúde, buscar conhecimento, construir relações positivas e agir com honestidade são alguns dos pilares para uma vida plena.
Minha relação com Deus é de constante aprendizado e reflexão. Acredito que a fé, quando livre de dogmas e imposições, pode ser uma força poderosa para o bem. E que a busca por uma vida feliz e significativa é uma jornada individual, da qual Deus, em sua infinita sabedoria, é uma testemunha silenciosa e respeitosa.