Minha jornada pessoal no Coaching
Meu primeiro contato oficial com o Coaching foi de certa forma curioso. Quando digo oficial me refiro a condição de estudioso do assunto. Há alguns anos ouvi a palavra Coaching pela primeira vez e interessei-me pelo tema. Entretanto, nenhum curso era oferecido em minha região e minhas atividades impediam de me ausentar do trabalho e realizar treinamento. Tempos depois, algumas entidades promoveram cursos em Belém, mas novamente havia incompatibilidade de horários. Ainda não seria dessa vez.
Então, certo dia eu estava no trabalho (nessa ocasião, trabalhava a 300 km de onde minha família residia) e recebi mensagem de minha filha, informando que haveria em Belém um curso de formação em Coaching naquele final de semana com um dos mais experientes Master Coach do Brasil, Nelson Vieira.
Em princípio relutei, seria um feriado prolongado, oportunidade de descansar e ficar perto da família. Mas uma intensa luta travou-se em meu interior, de forma que não resisti e no último instante, me matriculei no curso.
No dia seguinte, quando cheguei no local e conheci os participantes, me questionei se estava no lugar certo. Sempre acreditei que o curso de Coaching era destinado a profissionais ligados à área de RH e o perfil da maioria dos participantes parecia confirmar isso: pedagogos, administradores, publicitários, um odontólogo e eu, engenheiro mecânico: “estou no lugar errado”, pensei. Fiquei mais tranquilo ao descobrir que havia dois analistas de sistemas na turma.
Ao final da manhã do primeiro dia, após uma brilhante e muito detalhada explicação dos conceitos, entendi que estava no lugar certo e que o Coaching tem muito mais similaridade com as ciências tecnológicas e de engenharia do que se pode imaginar à primeira vista. Aliás, essa foi a primeira crença limitante que eu superei. Também ficou evidente que todos os que ali estavam já faziam coaching e não se davam conta disso.
Sempre tive grande fascinação por Leonardo Da Vinci, o homem dos 7 instrumentos: engenheiro, botânico, arquiteto, fisiologista, pintor, filósofo, inventor. E essa fascinação por vezes me fazia querer desempenhar diversas atividades (ser engenheiro, historiador, administrador e pesquisador, tudo ao mesmo tempo). Mas a convenção era que cada um deveria escolher uma profissão e focar nessa área de conhecimento. Como engenheiro ficava sempre muito à vontade no desempenho de atividades técnicas. Mas ao mesmo tempo, atuar na área de gestão, lidar com pessoas e auxiliar no seu desenvolvimento era muito gratificante. Uma música da banda U2 traduzia muito bem esse sentimento: “I still haven´t found what i’m looking for”.
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O Coaching forneceu as respostas que eu buscava. A orientação do Master Coach, a interação com os colegas de diversas formações e experiências e sobretudo a prática do atendimento de coaching, conseguiram trazer à tona habilidades, percepções e aspirações que julgava nem existirem. Passei entender que o ser humano pode assumir diversos papéis, ter diversas facetas em sua forma de agir e encarar o mundo, sem entrar em contradição ou choque com seus valores ou sonhos. Essa foi a segunda crença limitante superada.
Durante o curso fiz algumas inferências, diretamente relacionadas com minha área de atuação profissional:
O Coaching é antes de tudo, uma jornada de autoconhecimento. Sun Tzu, Sócrates e outros grandes filósofos enfatizaram a necessidade de conhecermos a nós mesmos como fator crítico para o sucesso. Posso dizer que fazer Coaching me permitiu exorcizar fantasmas, descobrir meu potencial oculto e ser melhor pessoa.
Artigo publicado na revista Coaching em Revista, Ed. Ser Mais, Ano I, Ed06
#coaching #autoconhecimento #gestaodeequipes
Supervisor Produção Beneficiamento na Norsk Hydro com expertise em Reconexões e Manutenção Preventiva.
8 aSr Rui, esse universo do coaching é fantástico, como você, tive o mesmo impasse para fazer o The Coaching Clinic, estava nos últimos dias de férias e recebi o convite, então a briga no meu Interior começou, ainda bem que resolvi participar, foi umas das maiores e melhores experiências em treinamento que tive nesses 21 anos trabalhando na área industrial.