Minhas impressões sobre o turismo

Minhas impressões sobre o turismo

Minha carreira no turismo começou em 2008. Comecei na Freeway, uma das maiores operadoras de ecoturismo do Brasil e a demanda era alta. Até aquele momento, as operadoras de turismo e agencias de viagens gozavam de destaque no turismo, uma vez que a maior parte das informações ainda estava concentrada nestes players.

Pouco tempo depois, o que Michael Porter denominaria com “novos entrantes” começam a surgir no mercado brasileiro; as empresas “ponto com”. Em 2009, por exemplo, a Booking inaugurara seu escritório no Brasil; e o TripAdvisor anunciou seu site em versão portuguesa.

Penso que isso revolucionou o segmento de turismo, uma vez que as informações agora estavam disponíveis por uma comunidade de viajantes atualizando informações com maior rapidez, além do acesso imediato a disponibilidade nos meios de hospedagem. Nos anos seguintes, observei grandes mudanças no comportamento de compra dos viajantes, além do fechamento de diversas agencias e operadoras de turismo por não se adaptarem às ideias disruptivas que as empresas “ponto com” trouxeram.

Recordo-me que em determinado momento, decidi que sairia do turismo, mas, por outro lado, queria entender melhor estes movimentos e, então, comecei uma nova graduação: a de administração. Foi onde tive maior contato com o que é relacionado a estratégia (forças competitivas de Porter, Administração de Marketing de Kotler, branding de David Aaker e etc) e pude ter uma visão um pouco melhor e fora do meio a ser estudado.

Durante estes estudos, a compreensão de que nosso foco, como profissionais, é identificar um problema e buscar soluções se fez cada vez mais clara. Assim, estes novos players só estavam resolvendo os problemas do cliente, fazendo algo como retirar uma espécie de monopólio da informação das agencias e operadoras de viagem.

Isso mostra de forma clara que os intermediários deste segmento deveriam se reinventar para continuar no jogo, uma vez que sua principal vantagem – a informação – foi retirada. Esse movimento denominado desintermediação por O’Connor mostrou-se uma grande tendência do mercado e que, cada vez mais, me mostrava que o segmento estava propenso a reduzir o possível seus intermediários. Afinal, há uma grande redução nos custos retirando estes intermediadores.

Foi então que, ao final de 2016, ingressei na Latitudes. Uma empresa que busca agregar valor na experiência de viagem. Em nossas viagens em grupo, por exemplo, planejamos os detalhes de viagem ao máximo e, além disso, enviamos um representante nosso para cuidar que tudo ocorra conforme o planejado. Soma-se a isso que, como uma produtora de viagens de experiência, um especialista rege uma temática em cada viagem proporcionando experiências que dificilmente serão replicados por quem busca a desintermediação. A esse movimento de busca por novos elementos que agreguem valor à viagem, O’Connor denominou reintermediação, onde são buscadas novas formas de agregar valor na experiência de viagem.

E é com muita alegria que estou aqui, onde encontro a base do que me encanta em uma empresa que trabalha com viagens: proporcionar experiências marcantes (através de uma perspectiva diferenciada do olhar de um especialista), conectar pessoas, causar empatia com o outro e inspirar novos pensamentos e atitudes.

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 My career on tourism industry started in 2008. My first job was in Freeway, one of the largest ecotourism operators in Brazil and the demand was high. Until that time, tour operators and travel agencies enjoyed a kind of prominence in tourism, because most information about travel was concentrated in these players.

Shortly thereafter, it began to emerge in the Brazilian market some “dot-com” companies what Michael Porter refers to "new entrants". In 2009, for example, Booking.com opened his office in Brazil; and TripAdvisor has announced its website in Portuguese version.

I think these companies revolutionized the tourism industry, once information was available by a travel community and updating information faster than before, as well as immediate access to availability in hotels. On next years, I saw a lot of changes on consumer behavior, and some tourism companies closed because they don’t adapt to the disruptive ideas that “dot-com” companies brought.

I remember when I decided that I would quit of tourism industry, but on the other hand I wanted to understand the new condition, so I started bachelor of Business Administration. At that time I had contact with business strategies like studies from Michael Porter, Kotler and David Aaker. After that I could get a better vision of this situation and see with another point.

During these studies, I understand that our focus as professionals is to identify a problem and offer the best solution to clients. So these new players were solving customer problems removing a kind of monopoly on information from travel agencies and tour operators.

All of that show me that intermediaries on this industry should reinvent themselves to stay in the game once their main advantage – the information – was gone. O’Connor called this movement like disintermediation. It shows me a kind of main market trend to reduce his intermediaries as much as possible. All because when you remove intermediaries you reduce costs.

Then, at the end of 2016, I joined Latitudes. We are a company that thinks to add value during all travel experience. On ours group trip we plan all details to give the best experience and also include staff of Latitudes to guarantee that everything goes according to the plan. In addition, as a developer experience travel, we create trip with specific theme and include a specialist from this subject providing genuine experiences that probably companies focused in disintermediation can do the same. This movement of search for new elements to add value to the trip, O'Connor called reintermediation.

It is a pleasure work in Latitudes, is where I find the basis of what enchants me in a travel company: to provide outstanding experiences (through a different perspective from the eyes of an expert), connect people, empathize with others and inspire new thoughts and attitudes.

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