Modelos de planos de carreira
A carreira laboral nunca foi tão diversificada e flexível como é actualmente e, não só a maioria das pessoas trabalha para diferentes entidades durante toda a sua carreira, como também o faz em diferentes sectores, sendo cada vez mais comum a mudança no decorrer das carreiras.
Quando escolhemos uma organização e uma função fazemo-lo porque o trabalho é parte da nossa identidade, uma vez que a nossa carreira é encarada como a forma como crescemos e nos desenvolvemos como pessoa e também porque precisamos de receber um ordenado!
De que forma podemos progredir na carreira e, ainda, como conseguir melhorar o equilíbrio entre o nosso trabalho e a nossa vida pessoal?
Nas organizações o funcionamento dos planos de carreira é diverso consoante as metas e os objectivos:
Plano de carreira em linha
Habitualmente este é um modelo de plano de carreira bastante comum em instituições de serviços públicos e militares, em que o profissional não tem a possibilidade de mudança de área, uma vez que os cargos e níveis hierárquicos são padronizados.
Neste contexto e tipo as promoções podem até acontecer, no entanto, elas ocorrem em função do tempo de serviço que o profissional tem dentro da organização.
Plano de carreira horizontal
A evolução na carreira horizontal ocorre apenas ao nível das tarefas e das responsabilidades atribuídas a cada função desempenhada pois não há divisões dentro da organização, uma vez que todos os profissionais que dela fazem parte se encontram no mesmo nível, não havendo possibilidade de ascensão a outro nível hierárquico.
É fundamental que as metas e os objectivos da organização estejam muito bem definidos e sejam claros para todos, para que seja possível saber a cada momento quais os caminhos que devem ser percorridos para terem haver acesso ao desenvolvimento e crescimento quer ao nível das competências, quer ao nível salarial.
Plano de carreira paralela
A possibilidade de carreira paralela tem as mesmas características encontradas na carreira em linha, porém, com uma particularidade específica, pois neste plano os profissionais que têm maiores oportunidades de ocupar cargos de liderança acabam por seguir um ramo hierárquico separado.
Um bom exemplo são as empresas que fazem selecção de trainees, que costumam utilizar o plano de carreira paralelo para orientar os seus colaboradores na sua trajectória de desenvolvimento e crescimento.
Plano de carreira em Y
A carreira em Y, ou bifurcada, é a que possibilita a escolha de qual o caminho a seguir dentro da organização, ou seja, ou na área técnica ou na área da gestão.
Este modelo surgiu em resposta a uma prática comum dentro de planos de carreira que tinham como degraus mais altos os cargos de gestão. Sendo uma possibilidade que visa valorizar a mão-de-obra daqueles que não querem passar a um cargo de chefia e gostam mesmo de fazer trabalhos técnicos e operacionais.
Plano de carreira em W
No plano de carreira em W, o profissional tem uma terceira opção, que é basicamente um misto das outras duas possibilidades sugeridas pelo plano no formato em Y.
De acordo com a estrutura sugerida pelo plano de carreira em W, o profissional, ao invés de ter de escolher entre ser especialista em sua área ou seguir o caminho de gestão de equipes, ele também pode optar por se tornar um gestor de projectos e o seu papel passa por orientar e dar feedbacks pontuais mais técnicos para outros profissionais, acompanhando o seu desempenho na execução de um projecto específico apenas.
Plano de carreira em rede
Esta é uma excelente opção, pois dá ao profissional a oportunidade de desempenhar as funções que mais gosta, se identifica e apresenta alta performance, havendo maior variedade de funções que o profissional pode escolher seguir.
Neste plano é essencial deixar clara a necessidade de se estipular metas e objectivos muito bem definidos, que devem ser seguidos pelos colaboradores, já que apenas atingindo as metas definidas será possível mudar de cargos e crescer na organização.