A morte é um dia que vale a pena viver

Sugestão de leitura.

“Como vivi o dia de hoje?” Foi a pergunta que fiz enquanto lia mais um capítulo do livro “A morte é um dia que vale a pena viver” escrito pela Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes.

Um livro com nome tão provocativo para o cenário atual, mas calma. Não é o que você está pensando. Apenas para contextualizar, o livro foi escrito em 2016, mas tem o Tedx Talk de 2013 da doutora, muito famoso inclusive, que você pode ver clicando aqui.

Não sou consumidora de conteúdos de autoajuda, mas a Dra. Ana faz algo singular na sua escrita- te leva pela mão por um caminho de autoconhecimento ao falar de forma quase poética sobre a única certeza do humano: a morte. De maneira informativa ela explica, baseada em suas experiências como médica especialista em cuidados paliativos, sobre o processo de morte do ser humano e as transformações que isso gera na pessoa prestes a falecer, bem como nas pessoas à sua volta.

Um livro que tenho lido aos poucos porque realmente me faz refletir e em muitos momentos se torna bastante desconfortável porque ler sobre o processo de morte do ser humano é desafiador e libertador ao mesmo tempo.

Este livro, em um dos períodos mais delicados do Brasil e do mundo, não me fez romantizar os acontecimentos, mas sim criar profundo respeito pelas vidas que são perdidas a cada dia e pensar no que realmente importa de maneira racional e empática.

Todo mundo sabe que viver a vida é muito diferente do que as vezes é sugerido em livros de autoajuda por coaches, especialistas em bem-estar ou sei lá qual o título da pessoa- hoje mais ainda! E honestamente, eu não tenho paciência com gente viciada em desenvolvimento pessoal. Entendo a intenção, mas eu não quero. Existem questões mais profundas que acordar 5 da manhã não responde.

Não quero flertar com clichês, então recomendo a leitura se antropologia te interessa ou se a morte te assusta. Não é um livro de fórmulas pronta.

Também não escrevo esse texto na inocência de achar que iremos todos segurar uma vela e cantar "We are the world", o livro faz apenas um convite para viver a vida de maneira racional e intencional, dentro das possibilidades. A escolha é sempre sua.

Dessa forma, mesmo ainda não tendo terminado a leitura (não consegui esperar para compartilhar), indico com gosto para todos os quarenterners da minha rede e aproveitem no seu tempo.

Link pra quem quiser conhecer ou comprar o livro aqui.