Mudança e Transição

Dia 31 de dezembro será 2021. E dia 1º. já teremos mudado para 2022.

Esta semana fiz um webinar sobre Mudança e Transição e me pareceu oportuno compartilhar algumas reflexões sobre este tema.

Desde que o mundo é mundo sempre evoluímos, isto significa que passamos a adotar novos comportamentos. NO NEWS. A diferença, e muitos já falaram a respeito, é a velocidade que os ventos têm soprado em nossa direção.

Sofremos mudanças voluntárias, como por exemplo ao decidimos mudar de casa, de trabalho, de país, de estado civil etc. E involuntárias, uma pandemia, uma demissão, ups, escapou e seremos pais... e vai por aí afora.

Mesmo a voluntária nos traz algum luto, uma nostalgia talvez.

A mudança é uma modificação de estado; a transição é o processo pelo qual o indivíduo passa, antes, durante e mesmo depois da mudança ter ocorrido. É, portanto um mergulho interno e psicológico pelo qual passamos enquanto nos adaptamos ao novo estado das coisas.

Razão pela qual a competência adaptabilidade tem sido tão ovacionada.

E como passar por esta jornada? Vocês sabem, adoro um “como” !

Na partida, ou seja, no final de uma situação que é também o início do processo de transição.

Sugiro fortemente (1) você contar com aqueles amigos maravilhosos, que lhe abraçam sem lhe julgar, compartilhe com eles o que você está a enfrentar. (2) Aceitar que o ciclo terminou. (3) Reconhecer as perdas e aceitar o desconforto será importante também. “Sim, estou triste, p...da vida, com raiva, não queria que tivesse acontecido assim; era a casa que eu gostava tanto; dei a vida por esta empresa e fui traído; como é que ela pode fazer isto comigo; seja lá qual for o seu sentimento, abrace-o, ele é legítimo do seu ponto de vista e as pessoas que se importam genuinamente com você lhe ajudarão. (4) Faça um balanço e leve com você a parte do passado que aportará positivamente à próxima fase.

No meio da jornada, William Bridges cita como zona neutra. (1) Clarifique seus ganhos. (2) Busque desenvolver novas habilidades. (3) Continue a reconhecer e compartilhar seus sentimentos. (4) Experimente fazer diferente, seja mais criativo(a). (5) E celebre cada conquista. Embora não exista exatamente uma teoria sobre isto, eu também me afastaria daquelas pessoas que são pouco otimistas.

Ao final, que é também o início do novo ciclo. (1) Adote novas posturas, é libertador deixar algumas coisas para trás. (2) Experimente-se. (3) Continue desenvolvendo novas habilidades. (4) Busque referencial em outras pessoas e em você mesmo, “por quantas mudanças já passei mesmo na minha vida”? Você dá conta !

Quem leu o meu artigo a importância do desapego entenderá ainda com mais propriedade o porquê de eu ter me aventurado a viajar para NY com uma malinha de computador, basicamente.

Para escrever, preciso entender, para entender, preciso experimentar. Tenho enorme dificuldade com pessoas que ditam regras sem nunca terem se aventurado em coisa alguma. Meu lado crítico (risos) falando mais alto hoje.

Apanhei tanto na minha 1ª. mudança, planejei todos os aspectos práticos, nem pensei nos sentimentos que à adaptação a uma nova área e cultura de um novo segmento aflorariam em mim.

Na 2ª. continuei a pensar no aspecto prático, é minha natureza, mas me preparei mais, em especial como deixar de trabalhar em time para abrir sozinha minha consultoria e tive certeza de que este sentimento me atropelaria e logo pensei: boas alianças, parcerias, será uma outra forma de trabalhar e continuar cercada de gente. Tive excelentes descobertas, conheci profissionais incríveis. E algumas parcerias não funcionaram, mas estava mais fácil construir esta rede de apoio e conhecimento, além das boas gargalhadas.

Agora na 3ª., que se trata sobre estilo de vida, test drive. Assim ao experimentar terei condições de sentir melhor e cuidar...é cuidar de mim.