A MUDANÇA ORGANIZACIONAL E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Este tema me chamou a atenção e me chama há algum tempo, devido ao meu trabalho junto às empresas de pequeno porte, onde os gestores fazem tudo na empresa, ou o “Eu empresa”, mas na verdade, esta centralização de tarefas e decisões a serem tomadas todos os dias, acaba por prejudicar a empresa e o próprio empresário. Nestes últimos anos, tenho acompanhado o progresso e o envolvimento destas empresas em executar estas mudanças para melhor. Acontece uma verdadeira mudança organizacional e um quebra de paradigmas incrível.
Quando falo dessas iniciativas transformadoras, posso dizer que poucas se mostram mais desafiadoras que a mudança de cultura em uma empresa. A cultura da empresa envolve muitas coisas, tais como, convicção, valores individuais, morais e éticos de cada componente da empresa na linha estratégica. Toda cultura de uma organização pode ser vista como o DNA coletivo da empresa, sua assinatura, usada por ela e vista dentro e fora da empresa.
Voltando a falar sobre tarefas, creio ser esse o grande desafio atual nas empresas, pois se trata de um facilitador quando estas não puderem ser automatizadas, e isso ocorre principalmente nas de pequeno porte, onde o gestor coloca todos os seus valores e é o “faz tudo”, por assim dizer. E isso somente se consegue com a cultura de colaboração, onde se amplia a sinergia entre as equipes podendo, assim, potencializar a comunicação e derrubar barreiras.
Citei tudo isso para afirmar que é possível, sim, investir na mudança de cultura na empresa. Não digo que isso seja fácil, pois não é mesmo, mas com muito trabalho e conhecimento de todos os componentes estratégicos da empresa, isso se torna algo possível e não tão difícil de concretizar. Tenho acompanhado empresas que, quando cheguei para conversar com o empresário e iniciar nosso trabalho, tinha verdadeiro pavor em falar em mudanças. Ele tinha consciência de que a mudança era inevitável para que a empresa pudesse crescer, mas o medo ainda era maior. Com o tempo fui mostrando que o mundo organizacional poderia ser menos nublado e com menos tempestades do que ele estava enfrentando. Não foi algo fácil, mas no final, o empresário ficou extremamente satisfeito com o trabalho desenvolvido, pois ele pode se tornar gestor apenas para assuntos estratégicos da empresa, delegando o operacional para sua equipe.
Para finalizar, quero dizer que, com comprometimento e responsabilidade, as pessoas em todos os níveis da empresa devem abraçar seus papeis na facilitação da tão sonhada mudança e demonstrar a propriedade necessária para gerar o verdadeiro progresso, tanto para si, como para a empresa como um todo. Se obtivermos o comprometimento de maneira certa, com certeza, produziremos uma maior transparência e abertura, melhorando, assim, o trabalho de equipe e fortalecendo sua confiança, gerando, com isso, comunicação eficaz e, não menos importante, maior ênfase nos resultados, tanto estratégicos como financeiros.
A cultura organizacional exerce forte impacto nos resultados. Uma ação assertiva para mudança, acelera o impacto de tal forma que permite que o jogo vire, criando, assim, uma vantagem competitiva e as condições adequadas para manter essa vantagem no futuro.