Mudança vem de dentro para fora?
MUDANÇA VEM DE DENTRO PARA FORA?
Você acredita que a mudança vem de dentro para fora? Quantas vezes somos impulsionados a mudar por questões externas sem tempo hábil para “internalizar” a ideia. No mundo BANI em que a fragilidade, a ansiedade, a não linearidade e a incompreensibilidade estão tão evidentes no nosso contexto diário, as mudanças fazem parte da vida e são inevitáveis.
Experimentamos diversas mudanças: a chegada de um bebê à família, mudança de bairro, mudança de cidade, mudança de casa, mudança de emprego, mudança de espaços físicos para uma nova configuração no trabalho, mudança de equipe, mudanças no horário de trabalho para atender alguma demanda. Como mudar se por dentro se queremos continuar na zona de conforto, do jeitinho que está? Há pessoas que são tão adversas às mudanças que nem se quer mudam a ordem das roupas na gaveta ou a ordem dos talheres no armário. Mudar faz com que nos sintamos desconfortáveis e até mesmo com medo. Envolve superar a resistência, que pode ser estimulante ou produzir altos níveis de estresse e ansiedade.
Para o autor William Bridges, mudança significa uma alteração nas circunstâncias. Já no livro A Mudança de dentro para fora, a autora Erika Andersen traz o conceito de que a mudança costuma ser lenta e incremental; as pessoas preferem a estabilidade porque anteriormente a mudança estava associada ao risco; para mudar, é preciso definir a razão da mudança e os seus objetivos; usar o diálogo interno para mudar a mentalidade; privilegiar as mudanças mais viáveis, significativas e oportunas.
Definir a razão da mudança e os objetivos corroboram para a análise: Para implantar uma mudança, cabe refletir sobre por que mudar? O que mudará para mim? Haverá benefícios nessa mudança? O que é preciso fazer para “mudar” por dentro também?
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Segundo a autora, para incorporar a cultura da mudança é preciso compreender os valores norteadores, identificar os que contribuem para a mudança e definir os comportamentos que se pretende implementar.
Muitas pesquisas relacionam os valores com o comportamento. Qual é seu foco diário? Que métricas e incentivos você utiliza? Como você responde aos perigos e sinais de insuficiência? Outro destaque sugerido pela autora é que você analise os riscos e benefícios de cada mudança em uma matriz com três colunas, cada uma com uma análise a longo e a curto prazo: riscos de fazer esta mudança, riscos de não fazer esta mudança e benefícios desta mudança.
Essa ação contribui para melhor compreensão e aceitação da mudança. Além disso, a mudança de dentro para fora requer um esforço contínuo de autoaperfeiçoamento. É importante sempre procurar aprender, aprimorar habilidades e expandir possibilidades.
Grande abraço e até a próxima reflexão!
Priscila Braga