Mulheres na tecnologia: todos os detalhes da primeira ação do #InLocoForChange
No dia 13 de março de 2019, tive a honra de lançar junto a um time incrível a primeira ação do #InLocoForChange, selo de responsabilidade social da In Loco, empresa que me acolhe há mais de três anos. O evento “Mulheres na Tecnologia” engajou os times de Engenharia, Pessoas, Cultura & Comunicação, Marketing e Design para apresentar as oportunidades que a carreira de tecnologia oferece em Recife e no mundo para meninas que estão cursando o ensino médio. Tudo sob a liderança calorosa de Lana Pinheiro, nossa diretora de cultura & comunicação.
Recebemos 80 estudantes da rede estadual de educação. Metade delas são alunas da escola José Glicério, de Jaboatão dos Guararapes, e, a outra parte, veio diretamente do Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios, de Recife.
Algumas das alunas curtindo o nosso rooftop. Créditos: Tato Rocha/ In Loco.
Por que mais “Mulheres na Tecnologia”?
Contrariando o senso comum, nem sempre a área de tecnologia foi vista como masculina. Pelo contrário. O gráfico abaixo, com dados de uma matéria especial do site da USP, mostra que a participação feminina na área de ciências da computação cresceu até meados de 1980. Após o período, mesmo com o aumento da demanda do mercado por profissionais com o perfil tech, o volume de mulheres especialistas em ciências da computação decresceu.
Uma das hipóteses levantadas por um estudo realizado na Southeastern Louisiana University, nos Estados Unidos, é que as meninas não são tão estimuladas a seguirem carreiras de tecnologia. A publicidade, a educação na escola e até a família influenciam na criação do mito de que os homens são mais capacitados para a área de exatas, enquanto as mulheres devem se adaptar melhor às humanidades. Somando esse fator à falta de representatividade de mulheres em tech, temos uma geração de meninas que não tiveram interesse em cursos de tecnologia.
Com essas informações em mente, decidimos que a melhor forma de fomentar a participação de mulheres em tecnologia era criar um evento voltado para meninas que estão no ensino médio, momento em que a maioria de nós decide qual carreira irá abraçar. E foi assim que nasceu o “Mulheres na Tecnologia” :)
O evento
Foi numa manhã ensolarada que tivemos a honra de receber as nossas convidadas especiais na sede da In Loco em Recife. Em meio a olhares de curiosidade e encantamento, iniciamos a programação do dia com um resumo sobre a participação feminina na história da tecnologia. Natália Souza, customer success do In Loco For Apps, compartilhou com as presentes como Ada Lovelace se tornou a primeira programadora da história ao desenvolver os algoritmos que permitiriam à Máquina de Babbage computar os valores de funções matemáticas. Nesse primeiro momento, as meninas também conheceram a história de mulheres notáveis que ajudaram ou estão ajudando a construir a tecnologia como a conhecemos atualmente: Katherine Johnson, Edith Ranzini, Nathaly Archilha e Lyndsey Scott.
Créditos: Tato Rocha/ In Loco.
Após a apresentação do recorte histórico, Ágatha Luna, estagiária na área de infraestrutura da In Loco, e Ullayne Fernandes, que estagia na equipe de engenharia do In Loco For Apps, dividiram dicas para quem quer ser aprovada no vestibular em algum curso de tecnologia em Pernambuco. A dupla listou as universidades que oferecem formação para quem quer trabalhar na área, falou sobre a rotina de estudos na universidade e finalizaram com uma explicação sobre as matérias específicas exigidas nas provas de admissão.
Para finalizar a programação do evento em grande estilo, Jinmi Lee, product design lead da In Loco, mediou uma mesa redonda que contou com a participação de mulheres que fazem a diferença no mercado de tecnologia pernambucano: Ana Ferraz, software testing QA lead no UFPE-CIn/Samsung, Maria Júlia Godoy, engenheira de software na In Loco, Mirella Mello, mestranda no Centro de Informática da UFPE, e Raíza Oliveira, analista de dados na In Loco. As cinco especialistas contaram detalhes das suas experiências acadêmicas e profissionais, além de tirarem dúvidas das alunas.
Vídeo cobertura da ação.
Um dos momentos que mais chamou a atenção foi quando Jinmi questionou à plateia se alguém pensava em prestar vestibular para um curso de tecnologia antes do evento. Apenas uma aluna levantou a mão. Quando o evento acabou, perguntamos novamente a algumas alunas. A maioria respondeu que agora estava na dúvida. E ainda recebemos esse feedback pós-evento:
Nada melhor do que fechar o dia com um feedback desse, não?
E foi assim a primeira ação do #InLocoForChange. Se a curiosidade bateu e você quer ver o vídeo do evento na íntegra, você pode clicar aqui. Conhece alguma menina jovem que ainda não sabe qual carreira seguir? Apresente a área de tecnologia para ela. O incentivo é a chave para tornar esse mercado mais diverso :)
Fontes:
- "The Secret History of Women in Coding", The New York Times;
- "Por que as mulheres 'desapareceram' dos cursos de computação?", Jornal da USP;
- "Where are the women computer science students?", ACM Digital Library.