Mulheres que me Inspiram: Episódio #2 - Flavia Gamonar

Chega mais, que está saindo mais uma edição da Newsletter “Mulheres que me inspiram”, onde eu trago mulheres incríveis que eu tenho a honra e o prazer de conhecer, para compartilharem um pouco de sua trajetória profissional, e quem sabe assim, te trazer insights e conhecimentos através de suas histórias.

Bora pra mais um episódio?

Hoje vou trazer a Flavia Gamonar que é consultora, professora de pós-graduação, fundadora da Imflue, especializada em estratégias de influência business, Top Voices , instrutora LinkedIn Learning e autora de 3 livros.

Eu conheci a Flavia aqui no Linkedin assim que fiz minha transição de carreira assistindo seus cursos no Linkedin Learning, então contratei a sua consultoria para estruturar meu perfil e ter um aprendizado mais completo sobre a utilização da plataforma, depois disso, fiz vários cursos dela, nos tornamos amigas, viajamos juntas, e hoje, mesmo morando longe, sempre que dá tentamos nos encontrar.

Ah, e além de ser sua fiel aluna em vários cursos, também estudamos juntas(fizemos um curso de Improviso), nos tornamos parceiras, e já fizemos até um talk no escritório do Linkedin,e o tema era Linkedin 40+ , onde nós dávamos dicas aos profissionais acima de 40 anos que já enfrentam dificuldade na hora de se recolocar no mercado de trabalho por causa da idade.

A Flavia sempre foi uma inspiração pra mim, eu realmente não sei como ela consegue fazer tudo o que faz. Fico feliz de ter o privilégio de tê-la por perto, e feliz por poder aprender tanto com essa fera.

E é por isso que eu acredito tanto no poder do networking, e como ele pode nos trazer conexões valiosas, tanto profissionalmente , quanto pra nossa vida pessoal.

Há algum tempo atrás o networking nos exigia muito mais disponibilidade de tempo e de localização, hoje podemos construir essas relações de qualquer lugar e com pessoas de variadas cidades, estados, e países através do Linkedin. Essa facilidade na forma de fazer networking é uma das coisas que eu mais amo na plataforma.

Agora que já falei demais, vamos às perguntas?

Ari: Flá, conta um pouquinho sobre sua trajetória. Você passou de funcionária CLT a dona de sua própria empresa, com reconhecimento profissional, trabalhando com a maiores empresas do país, sendo referência em sua área, com milhões de seguidores, e tudo isso em relativamente pouco tempo. Conte um pouquinho sobre isso.

Flavia: Sempre tive veia empreendedora e fiz algumas tentativas, mas voltei ao CLT. Em 2014, depois de uma demissão em massa depois de ter vivido um burnout na empresa, vi que era arriscado demais ter um plano só na vida. Fiquei 6 meses sem emprego, quando me recoloquei por indicação de uma colega, tratei de agir diferente, segui sendo a melhor funcionária que podia, mas também passei a fazer cursos, movimentar meu networking e a atualizei meu perfil no LinkedIn. Comecei a criar conteúdo em agosto de 2015 e em algumas semanas muita gente começou a gostar do que eu produzia e a me seguir, foram surgindo muitos convites para eventos, palestras, aulas, produção de conteúdo, parcerias... lancei meu primeiro livro, peguei disciplinas em cursos de pós (já tinha mestrado na época). Oito meses depois pedi demissão para seguir empreendendo e aproveitando aquelas oportunidades que surgiram, fui aperfeiçoando no caminho e hoje já são 8 anos empreendendo. Em 2016 entrei para a lista 1 de top voices no Brasil.

Ari: Eu acredito que o que mudou nesse período foi sua visão sobre a própria carreira, você passou a protagonizá-la por isso que, de lá pra cá, tudo mudou. E desde sua formação, você passou por várias transições em sua carreira, como foi para você esses momentos? Qual foi seu maior desafio nestas mudanças?

Flavia: Eu me formei em Letras, mas descobri que não gostava. Fiz mestrado na área de mídia e tecnologia e me conectei demais com o mundo do desenvolvimento de produtos e do marketing, fui desenvolvendo novas competências. Na empresa em que estava sai da área de educação e fui para produtos, depois para o marketing. Tudo isso foi uma grande escola, depois apliquei os conhecimentos para mim mesma.

Sempre avancei com medo, mas com muita vontade e coragem e as coisas foram dando certo. Empreender é desafiador, mas acredito que precisamos escolher o nosso difícil, pois nada nessa vida é fácil.

Ari: Na sua opinião, qual é o maior desafio em empreender?

Flavia: Especialmente no início, fazer papel de várias pessoas em uma até ter condições de contratar, ter ajuda, etc. Lidar com dias em que você não está bem, se automotivar, muitas vezes ser a cara do negócio e estar sempre em evidência. Cuidar para fazer uma boa gestão, seguir criando conteúdo e entregar bem feito, tendo tempo para a vida pessoal também.

Ari: Qual o momento em sua carreira que te causou mais medo?

Flavia: Quando tive burnout, foi assustador me ver tão esgotada. Depois, quando pedi demissão, tive medo de falhar. E de vários momentos profissionais que eram inéditos e nem sempre eu sabia como lidar, mas enfrentava sendo sempre humilde e autêntica.

Ari: Você fala bastante sobre a época em que morou em SP e como foi solitário. Mesmo com tudo o que você passou , você acha que valeu a pena essa mudança? Hoje você teria feito diferente?

Flavia: Morei na capital por 3 anos e estranhei por estar sozinha e sentir um clima mais frio nas relações. Estar longe foi bem difícil. Um dia travei a coluna e tive que pedir ajuda pra pessoas que não era da família, ir ao hospital sozinha de madrugada. Essas coisas mexeram demais comigo, porque eu não queria me envolver por envolver com pessoas aleatórias. Me mudei para lá em uma época em que viajava muito, mas pós pandemia tudo se tornou remoto e agora viajo poucas vezes, então, pude voltar ao interior, estar perto da família, me casei e estou feliz e com essa questão resolvida.

Ari: Sabe que hoje que moro em Santo André eu sinto a mesma coisa? A gente vai se acostumando com o clima frio das relações em São Paulo, pra você ter noção, eu morei 8 anos em um mesmo prédio e eu não conhecia quase ninguém, estou há dois anos aqui e tenho uma relação super boa e próxima com alguns vizinhos. A impressão é que as pessoas são mais abertas, e não estão o tempo todo correndo e com medo como na capital. Amo São Paulo, vivo indo pra lá, mas senti essa diferença também.

E me diz quais são seus planos daqui pra frente? Algo novo pra compartilhar com a gente?

Flavia: Vem aí uma nova fase da Imflue, que está escalando para uma plataforma de soluções educacionais para profissionais e empresas, será uma nova etapa.

Ari: Sabemos que tem muita gente que tá começando agora e se inspira demais em você. Eu mesmo te descobri desta maneira, assistindo cursos do Linkedin Learning quando estava fazendo a minha transição de carreira. Se você pudesse dar uma dica para quem quer seguir seus passos, que dica você daria?

Flavia: O primeiro conselho é buscar o protagonismo, ser você mesmo, cultivar sua marca pessoal sem depender de um nome de cargo apenas. Continuar aprendendo, se aperfeiçoando, se atualizando. Apostar em networking, ter objetivos definidos e planejar como alcancá-los, tirando do papel na prática. Ter um posicionamento claro em seu perfil e gerar conteúdo relevante para construir uma vitrine viva do seu trabalho, isso gera confiança e faz com que mais pessoas conheçam seu trabalho. E não cometer loucuras, do tipo, pedir demissão sem ter um plano estruturado, sem ter se preparado, caso isso seja possível.

Trouxe aqui um pouquinho da história da Flavia, espero que tenha gostado, se ainda não a segue( o que acho difícil 😂) o perfil dela é o Flavia Gamonar , onde ela dá dicas valiosas a todo momento.