Não deixe seu ego matar sua criatividade
Já está na hora de você entender que uma crítica ao seu trabalho não é pessoal.
Seu ego pode trabalhar de duas formas para você: te dando aquele empurrão para criar algo novo ou te cegar a ponto de te impedir de evoluir. É muito difícil saber para qual lado a balança vai pender, e você pode estar matando sua criatividade e sua produtividade ao deixar que críticas te atinjam de forma pessoal.
Não deixe isso acontecer.
A expectativa é a melhor amiga da frustração. Não se deixe levar pela sua opinião do seu trabalho, pelo bem ou pelo mal. Isso vai resultar em um profissional menos frustrado, menos neurado e sem umas duas toneladas em cima dos ombros, toda vez que enfrentar o papel em branco. A falta desse peso cura a sua miopia e mostra muito mais detalhes que você, certamente, não estava vendo com clareza antes.
E como eu faço para não deixar isso acontecer?
1. Ouça o conselho da Elsa: Let. It. Go.
Quanto menos apegados estivermos, mais fácil é assimilar críticas, observar erros e entender que não estamos no controle. Não devemos estar.
2. Não é pessoal, mas seu trabalho é uma bosta.
É difícil, eu sei, mas algumas das coisas que fazemos simplesmente não são boas. É importante, porém, saber por quais motivos aquilo não está bom e, mais importante ainda, saber a diferença entre "este trabalho está ruim" e "você é ruim." Aprenda a enxergar essa diferença.
3. Peça feedback.
Peça que alguém critique o seu trabalho, sempre. Mas só faça isso depois de aprender a “adivinhar” tudo que eles vão falar. Os pontos positivos e negativos. Isso quer dizer que você sabe em que nível está e como fará para evoluir.
Quando comecei minha carreira, tive um grande professor e mestre chamado Loir. Ele foi meu coordenador quando trabalhei na agência laboratório da UNA e me ensinou, principalmente, uma coisa sobre ideias e quando elas deixam de nos pertencer. Enquanto a ideia estiver na sua cabeça, ela é toda sua e você tem total controle sobre ela. Você, além disso, é responsável por ela.
Mas assim que ela ganhar o mundo, ela não tem mais pai. Quem ouviu, leu, viu ou, de alguma forma, entrou em contato com sua ideia passa a ter posse sobre ela também. Sua ideia ganha o mundo e o mundo ganha a sua ideia.
Filho você faz pro mundo. Ideias também. Não tenha ciúmes delas, nem medo de alguém mudá-las ou pior, ignorá-las.
Eu sei que escrevo bem, ou melhor, sei que tenho a capacidade de escrever. E eu sei que escrevo uma montanha enorme de baboseira. Escrever bem não me impede de escrever mal. Alguns dos textos que eu mais adorei escrever e gosto até hoje são os que as pessoas menos leram.
Em relação a meu trabalho como escritor, eu sei o quê, como e quando melhorar. E me deixa muito feliz quando recebo críticas que batem certinho com as mesmas autocríticas que faço. O que eu aprendi com o tempo foicomo agir quando alguém diz, sobre o meu trabalho, algo que eu não tinha percebido.
É essa mudança de atitude que me faz, a cada manhã, ser um pouco melhor que era na noite anterior.
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