Não julgue um livro pela capa?
Estamos vivendo um período de incógnita nas entrevistas de emprego. Várias empresas adotam o método de perguntas bizarras e respostas rápidas, já outras usam o método mais clássico, de perguntas complexas, mas sabem que virão respostas decoradas. Então levantamos o questionamento, existe um modelo de entrevista de emprego ideal?
Segundo Lucy Kellaway:
Entrevistadores modernos tornam a coisa bem mais complicada. Na última década, todo mundo ficou viciado em perguntar coisas como "fale sobre uma situação em que você demonstrou coragem". Ou "fale sobre uma situação em que você aprendeu com um fracasso". O pobre candidato então cospe uma resposta ensaiada, e quase inventada, enquanto o entrevistador, entediado, consente com ar inteligente - um processo que na maioria das vezes é desagradável para os dois lados e não deixa ninguém mais sábio.
A verdade é que as entrevistas de emprego ainda só existem porque confiamos em nossa capacidade de julgar os outros. Kellaway ainda afirma que o motivo de não termos encontrado uma forma ideal de realizar entrevistas, é porque não existe uma.
O ideal é que as entrevistas sejam feitas de uma forma agradável e simplesmente com o intuito de conhecer um pouco mais o candidato. Não existe uma fórmula secreta, mas quando agimos e deixamos outro confortável também para agir com naturalidade, não teremos uma entrevista, e sim, uma conversa.