Não precisamos de mais tragédias, para adotar medidas preventivas...
É de conhecimento de todos a tragédia ocorrida neste fim de semana com o campeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lo, baleado durante um show no Clube Sírio, em São Paulo. As investigações seguem para apurar o caso e o motivo da violência, que a princípio parece ser decorrente de um desentendimento entre o atleta e um policial militar à paisana, também frequentador do espaço.
Trata-se de mais um episódio cuja fatalidade poderia ter sido evitada e o estabelecimento poupado dessa repercussão, se protocolos de segurança e de gestão de riscos tivessem sido aplicados. O nome do espaço de eventos está presente em todas as matérias que abordaram o caso e a casa também está sendo questionada sobre o protocolo de revista na entrada do estabelecimento, que evita a entrada de pessoas armadas.
Este não foi o único caso que ocorreu neste fim de semana. Outros estabelecimentos também tiveram casos de brigas e disparos de tiros, o que suscitou uma importante discussão sobre a entrada de armas de fogo nesses espaços (mesmo por policiais à paisana) e o drástico aumento no índice de violência.
É importante destacar que estes não são os únicos tipos de incidentes que podem ocorrer em lugares que comportam um grande número de pessoas: acidentes, infartos, incêndios, arrastões, roubos, etc. são algumas das situações que podem acontecer e para as quais é preciso estar preparado. A última Virada Cultural, ocorrida no mês de maio em São Paulo, teve muitos episódios de arrastões, agressões, roubos e furtos.
Vale relembrar aqui também o memorável caso do incêndio na Boate Kiss (RS), que provocou a morte de 242 jovens e até hoje (quase 10 anos depois) ainda é lembrado por muitas pessoas. O aspecto mais pesaroso deste acontecimento é que as investigações indicaram inúmeras irregularidades ou situações que poderiam ter sido previstas e organizadas anteriormente, que teriam evitado a perda de muitas dessas vidas.
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Uma negligência pode custar vidas, além de impactar fortemente nas finanças e na imagem e reputação destas instituições.
Cada vez mais entendemos o quanto é fundamental analisar riscos e prever os possíveis cenários de emergências e crises de um negócio, para em seguida estabelecer planos eficientes de mitigação (para evitar que o risco se materialize) e de resposta (para lidar de forma rápida e assertiva com o risco materializado).
Não precisamos esperar que tragédias como essas aconteçam, para então adotar medidas preventivas.
Prevenir-se para situações adversas, priorizar a segurança e o cuidado dos públicos e preparar as equipes internas para adotarem os protocolos e tomarem as providências necessárias quando algo acontecer, é – literalmente - uma questão de vida ou morte.
Gerente de Comunicação na EY | Pós-graduação em Comunicação e Mídias Digitais
2 aExatamente, quantos mais precisam morrer para evitarmos tragédias como essas?