Não sou mais feliz com o que estou fazendo. E agora?
Como agir quando chegamos num ponto na vida em que não somos mais felizes com o que estamos fazendo? Você já passou por isso? Essa talvez seja a maior dificuldade enfrentada por qualquer profissional: conseguir aliar a carreira com a felicidade.
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde”
Bom, os que vêm me acompanhando há mais tempo, sabem que eu publico 3 artigos no Linkedin por semana, geralmente às 2as, 4as e 6as feiras. Comecei a fazer isso há alguns meses, despretensiosamente. Porém a coisa foi crescendo e passei a obter centenas de milhares de visualizações recentemente.
Para terem uma noção, só nos últimos 30 dias, meu número de seguidores dobrou, foi de 3 mil para 6 mil. Isso dá uma média de 100 novas pessoas me seguindo a cada dia, algo inimaginável. (Obrigado a todos que têm me acompanhado!)
Por um lado foi ótimo, surgiram excelentes oportunidades por causa disso e eu acabei seguindo um caminho totalmente diferente do que eu tinha em mente para minha carreira. Essa mudança foi do nada e trouxe consequências muito boas.
Por outro lado, afetou muito negativamente minha vida. Como eu disse, isso tudo foi inesperado e acabei me sentindo pressionado a corresponder "expectativas".
Eu tinha um outro texto preparado para hoje, mas mudei de planos. Comecei a escrever esse texto às 4 da manhã e, diferentemente do costume, não me preocuparei em rever formatação nem ortografia, portanto não se surpreendam se acharem erros (e/ou palavrões).
Desde que comecei essa nova fase da minha vida, paralelamente eu passei a desenvolver ótimos hábitos e uma rotina saudável e produtiva. E isso resultou em excelentes noites de sono, algo com que sempre tive problema.
E a razão pela qual estou escrevendo esse texto é que, pela primeira vez em muito tempo, acordei no meio da noite com uma terrível insônia, devido a uma crise de ansiedade. E não é só isso. Na última semana passei a desenvolver uma doença de pele, chamada eczema disidrótico e, nos últimos 4 meses, fiquei gripado 3 vezes!
Eu nunca tinha tido nenhum problema grave de saúde e, do nada, passei a ter tudo isso ao mesmo tempo. A causa disso tudo é a mesma: estresse. Tenho trabalhado acima de 60 horas por semana, de domingo a domingo! E, paralelamente ao trabalho ainda tenho achado tempo para escrever.
Eu comecei a escrever simplesmente porque eu gostava. Sempre escrevi, porém nunca tinha tido a coragem de publicar os textos. Quando comecei a publicar aqui no Linkedin, vi que tinha gente que estava gostando e continuei fazendo isso. Eu acordava de manhã super feliz com altas ideias para escrever.
Porém, com o tempo, acabei caindo no "mal das redes sociais" (já explico). E, como erroneamente me senti pressionado a escrever, fica muito mais difícil gostar de fazer isso. Eu já não sentia mais a necessidade de caprichar para transformar um texto de "mehh" em um texto "uauuuu". Eu só queria produzir mais!
Veja, o grande problema das redes sociais é que elas não estão muito preocupadas com a qualidade do que você vê. Elas só querem que você tenha algo novo toda hora que você entrar no site. Já reparou que quando você clica em "atualizar" no seu browser, a sua timeline muda toda?
O negócio delas é você sempre ver coisas diferentes, para voltar sempre. Elas não querem que você veja um puta texto e vá embora depois porque não tem mais nada pra ver.
O Linkedin tinha a grande vantagem de que não era tanto assim. Pelo contrário, eles eram grandes incentivadores de produção de conteúdo. Porém, recentemente tenho notado que eles mudaram seu algoritmo, o que vem prejudicando bastante os criadores de conteúdo.
Agora fica cada vez mais difícil expormos ideias com qualidade. Para um criador de conteúdo, isso é mortal, já que temos um único objetivo: atingir o máximo de audiência possível.
E isso foi a gota d’água para mim. Não só acabei abandonando a essência da alta qualidade nos meus textos, como também estou prejudicando minha saúde para poder continuar escrevendo. E, agora, meus textos sequer chegam às pessoas que optaram por me seguir e ler aquilo que publico.
Se você não está feliz, pare de reclamar e comece a mudar agora!
Como mudar?
O motivo de eu ter entrado no mundo do empreendedorismo foi ter a possibilidade de fazer o que eu quisesse, do meu jeito e no meu ritmo. Entregar um produto de excelente qualidade para meu consumidor final, sem ter que seguir pressões normalmente inerentes ao mundo corporativo.
Entretanto, ao me forçar a escrever 3 artigos por semana, acabei virando uma máquina de produzir textos medíocres!
E isso vai totalmente contra o que eu buscava. Eu praticamente estava “corporatizando” o meu trabalho. Então, enquanto eu lutava para dormir hoje, aceitei a realidade: não sou mais feliz com que estou fazendo.
Isso significa que não escreverei mais artigos para o Linkedin? Não, porém, a princípio, não me fixarei mais na quantidade. Priorizarei o conteúdo e só disponibilizarei artigos que realmente agreguem valor para as pessoas e gerem aquela sensação de “uau”.
Entendo que, com isso, perderei uma audiência absurda. Na realidade, muito provavelmente esse texto aqui não será lido nem por 5% dos meus seguidores. Mas esse texto é, sem dúvidas, o mais importante que já escrevi.
A partir de hoje darei prioridade a novas coisas e seguirei com um projeto que venho desenvolvendo há anos e que agora tenho a oportunidade de colocar em prática.
Pretendo trazer educação grátis e de qualidade sobre empreendedorismo, gestão e outros assuntos ligados a negócios. Além disso, expandirei meu projeto de conectar empreendedores e ideias, com o objetivo de fomentar novos negócios.
Tudo isso de forma gratuita e colaborativa, baseado nos modelos que empresas como Google e Wikipedia adotam. Se vocês tiverem interesse, poderão acompanhar em primeira mão o desenrolar desse projeto através:
Novamente, a minha ideia aqui é priorizar a qualidade. Trabalharei menos horas, produzirei menos, porém gerarei um conteúdo melhor e bem mais relevante para os usuários. Com isso, espero também melhorar minha saúde.
Daniel, e eu com isso??
Dito isso tudo, agora você deve estar se perguntado: “e eu com isso?”. Bom, eu sempre detestei esses textões-desabafo. Por isso, aproveito aqui para gerar algum valor para você também.
Certamente em algum ponto na vida, você já deve ter sentido algo parecido com que estou sentindo: acabou o tesão pelo que você faz. Provavelmente você está sentindo isso agora, já que decidiu ler esse texto pelo título.
A grande vantagem do empreendedorismo é o poder de mudança de hábitos e rotinas que você possui. Mas, infelizmente, isso não é o caso para a maioria das pessoas que trabalham na CLT.
Raramente você consegue parar de fazer aquilo que te deixa infeliz, para não perder o trabalho. Entendo bastante esse medo. O instinto do ser humano é ficar na zona de conforto e seguir os caminhos que tenham menos resistências.
Recentemente sofri uma grande perda na minha família. E isso me fez refletir bastante sobre o que realmente importa na vida. Por isso comecei o texto com a frase de Jim Brown:
❝ Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido❞
Acho que nada é mais verdadeiro do que isso. Você se importa mais com dinheiro do que com saúde? Prefere um carro novo a um momento a mais com sua família? Quer ser o defunto mais rico do cemitério? Desculpa, mas só posso lamentar por você... Para mim, tenho certeza que essa não é a vida que quero seguir.
Portanto, reitero tudo que eu disse. A partir de hoje escreverei menos, trabalharei moderadamente, melhorarei minha saúde e aproveitarei mais tempo com as pessoas de quem gosto. Acho que essa é a chave para o verdadeiro sucesso.
Gosto bastante de dinheiro, não nego. Mas gosto ainda mais de poder fazer aquilo que me traz felicidade. Com isso, poderei seguir um projeto que venho idealizando há anos, o de trazer educação da melhor qualidade e gratuita para todos.
Portanto, talvez passarei um pouco menos tempo produzindo no Linkedin. Mas, se quiserem continuar acompanhando meu trabalho, serão mais que bem-vindos a se juntarem a mim no meu canal do YouTube e através do meu site.
Lá eu garanto que vocês terão acesso a um conteúdo mais sofisticado e com alta aplicabilidade prática e que vocês não encontram em nenhum curso de graduação.
Por fim, encerro o texto com uma humilde solicitação. Se você já passou por alguma situação como essa, ou está passando, compartilhe conosco seus sentimentos e como você conseguiu lidar com isso.
Qualquer coisa, também estarei disponível, como sempre, por inbox. Tenho certeza que sua colaboração ajudará muita gente!
Bom, agora com o desabafo feito, tentarei dormir um pouco!
-- Daniel Scott
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Gerencia de Perfuração e de Segurança do Trabalho na Petrobras
8 aBom dia Daniel, a felicidade esta na satisfação de fazer o bem independente de qualquer coisa; para você! reserve um tempo no final do dia, para fazer uma caminhada alternada com corrida moderada se possível, em uma agradável companhia. Sua capacidade de produzir vai duplicar, então, você terá facilmente esta hora de desprendimento do corriqueiro. Abraço nordestino.
Escritor, professor, Doutor em Educação.
8 aTe apoio Daniel, tenho um lema na minha vida, não me "violento" ocupando cargos em empregos que não me realizem...felizmente, tenho tido muita sorte nas minhas escolhas...um abraço.
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8 aAchei legal seu desabafo, e pra ser bem sincero, acho que foi o primeiro texto seu que li na integra, rs ... talvez porquê eu me sinta assim mesmo, alto stress, trabalhando muito, as vezes por outras pessoas e no final do mês eu não ajudo nem a mim mesmo. Eu lido com informação, sempre busquei ser bem informado, pois segui o ditado de que na era da informação a ignorância é uma opção, carrego tanta informação que ultimamente vejo que esta atitude seja um tanto fútil , principalmente este último mês que tive que pegar um atestado, coisa que ha tanto tempo não fazia, muito tempo, e me vi doente, sem dinheiro, sem minha família por perto, enfim, na pior. Eu tenho que te agradecer. já li tantas vezes essa frase de Jim Brown, mas agora eu absorvi, ela faz tanto sentido pra mim como nunca. Mas o principal, o que me falta é eu me responder: Como mudar? Essa pergunta me causa insonias também.
Analista de Planejamento na Bahiana
8 aDaniel, li o seu texto todo porque acredito que você está no caminho certo. Felicidades sempre.
Supervisor Técnico na R1 Soluções Audiovisual
8 aSeu desabafo ajudara muitas pessoas, sicesso