Nós, as mídias em Marketing de Saúde
Recentemente recebi um PDF de uma consultoria de Marketing Digital em Saúde com a proposta de captação de clientes, aumento de faturamento e todas as benesses que esta nova forma de propaganda e promoção digital permitem. É inegável que as redes sociais e as estratégias digitais são fundamentais hoje. Porém, as ferramentas de Marketing não devem ser usadas isoladamente, pois os resultados não serão os mesmos de considerarmos que marketing é um conjunto de ações e processos para criar, comunicar e entregar valor a todos os envolvidos.
Assim como o mercado, a atividade mercadológica evolui, passando por fases. Tivemos o Marketing 1.0, voltado para produtos, 2.0 direcionado ao consumidor, 3.0, centrado nos valores humano e, atualmente, o 4.0, digital. É preciso entender estas fases para se chegar a uma estratégia eficiente e eficaz em marketing de saúde.
Sendo uma atividade de serviços, as ações relacionadas à saúde são intangíveis, desempenhadas ao mesmo tempo em que produzidas em parceria com o paciente, ou seja, inseparáveis. Serviços de Saúde são perecíveis. Não são estocados, daí a importância de desenvolvimento de estratégias que reduzam a ociosidade e levem em conta períodos sazonais. Por mais que todos os serviços sejam, na sua essência, iguais, ainda há a variabilidade na sua prestação, o que permite a criação e entrega de diferenciais competitivos e posicionamento.
Vivemos hoje em uma sociedade altamente conectada através das redes sociais e do acesso favorecido pelos celulares. Passamos a ser mídias de nossas marcas de produtos e serviços favoritos. As opiniões de familiares, amigos e fãs passam a ser de grande influência em nossas decisões, diante de uma enorme oferta. Procuramos um senso de pertencimento em grupos que participamos e compartilhamento de experiências. Neste ponto, é fundamental que o marketing na área de saúde perceba a importância da humanização de seus serviços e marcas. Isto só poderá ser percebido, vivenciado e entregue se tornarmos nossas estratégias abrangentes. Devemos considerar todas as interações dos nossos consumidores de saúde. Desde a busca de informações na internet, amigos, familiares e grupos de redes sociais para referências, até o pós atendimento. Tudo conta: pessoas, processos, propaganda, evidência física, tempo de entrega e disponibilidade dos serviços, produtos disponíveis, acessibilidade, preço, localização, limpeza, qualidade, desempenho e todas as atividades que englobam a gestão de uma estrutura de serviços orientada para entrega de valor.
Cabe ao profissional que atua nesta área desenvolver sua estratégia mercadológica de forma a levar em consideração toda a jornada do consumidor e proporcionar a este os pontos de contatos favoráveis para que estes se tornem os “advogados e grandes defensores” de seus prestadores de serviço e sua principal mídia.
Como foi citado por Kotler em um de seus livros, Marketing para o Século XXI, um dos grandes erros é considerar apenas uma ferramenta de marketing para sua estratégia. Boa reflexão.
Carlos Frederico S. Habel – Consultor de Marketing em Saúde - fredhabel@gmail.com
Gestão de Comunicação Empresarial e Institucional | Assessoria de Imprensa | Produção de Conteúdo | Eventos
5 aFred!!! Que reflexão rica! Eu sempre acredito que ferramentas são importantes e que o mundo evolui - graças a Deus, né? Mas no dia em que os serviços de saúde se adequarem para serem menos utilizados - isso mesmo! - eles se tornarão muito mais acessíveis, porque o resultado será um custo menor. Mais prevenção, menos medicação, mais atenção. Outro desafio é que, no caso das operadoras, muitas vendem e dependem dos parceiros/cooperados para efetivar a entrega e isso deve impactar na percepção final do usuário. Eu até acredito que é justamente por entenderem isso que grandes redes passaram a investir muito em unidades próprias nos últimos tempos. Eu sempre me queixei da demora dos atendimentos, que precisa ser uma questão simples de se resolver, mas esbarra na questão anterior. E há ainda outras questões que passam pela prática da governança - o que já vem sendo objeto de atenção em várias instituições, felizmente. Paciente até usa rede social e acessa e-mail marketing. Mas é gente com dor, gente com medo e gente com necessidade de tratamento e cuidado. E isso pode gerar comentários negativos, verbalização da revolta e posts de pura indignação. E vale observar que os discursos inflamados são facilmente reconsiderados com uma boa conversa. Que a tecnologia esteja no lugar e na hora certa. Palmas para o seu post!
Mestre em Administração, prof. convidado Fundação Dom Cabral, IEC PUC Minas, Habel Marketing em Saúde
5 aObrigado, Elma. Me dá mais motivação em estudar mais e me aprofundar nesta área que eu adoro. Abraço
Empreendedora, Especialista em educação, Coordenadora, Professora de graduação e pós-graduação. Perita Judicial Grafotécnica.
5 aÓtima reflexão, Fred! Sempre o foco na humanização, principalmente se tratando da área de saúde! Parabéns!