Na Era ESG, o papel da governança socioambiental e a importância da ressignificação dos resíduos para a regeneração das as pessoas e do Planeta.
Eu amo o meu trabalho! E uma das suas facetas mais gratificantes é poder contribuir com insights e soluções relacionadas à governança socioambiental, mais conhecida como ESG, o qual ouso ampliar o seu conceito original para também alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com a mitigação não só dos riscos financeiros, mas também buscar o desenvolvimento socioeconômico com a preservação ambiental. Acredito firmemente na importância desse tema e me alegro que finalmente vem havendo a vontade política esperada para ouvirem e, agora, mais do que nunca, se empenham e buscam abrir caminhos para essas demandas, com a graça de Deus!
Devido à minha formação e propósitos, eu defendo fervorosamente a ressignificação dos resíduos, enxergando-os como insumos materiais e energéticos, possibilitando viabilizar mais e melhores oportunidades de Negócios de Impacto Socioambiental (NISA) de valores incalculáveis, que ora também podem ser intangíveis. Como seres vivos e humanos, nascemos consumindo muitos elementos e, inevitavelmente, geramos uma variedade de resíduos - recicláveis, não recicláveis e orgânicos - dos quais dependemos biológica e existencialmente, de alimentos, vestuário, educação, saúde, bem estar, transporte e tudo mais que utilizamos durante a vida que passamos consumindo e descartando, seja respirando Oxigênio e exalando Gás Carbônico, ou de outras formas, somos geradores crônicos de lixo. E utilizando o clichê que diz: “não existe fora", precisamos urgentemente repensar certos paradigmas e hábitos arraigados, especialmente o de enterrar dinheiro, digo, resíduos. O que a visão ambiental enxerga como passivo, podemos transformar em ativos valiosos
Assim nasceu o documento “Regenera”: consultoria voluntária de um programa entregue para alguns gestores tanto da legislatura presente como da anterior, voltada para o gerenciamento estratégico e integrado dos resíduos sólidos através de PPPs. Sejam os RSU, resíduos sólidos urbanos e rurais, recicláveis e orgânicos; os lodos de ETE; de mineração; de construção; de saúde; os eletrônicos; dentre os quais destaco os agrossilvopastoris, onde, segundo a Embrapa também se enquadram os resíduos de coco, material abundante que precisa ser valorizado como coproduto, segundo classifica a referida a instituição, que a meu ver carece de regulação para o manejo especial, inclusive, para a qual eu também venho produzindo um material a respeito.
Dessa forma, com o objetivo de promover e consumar ao máximo a economia circular e alcançar o Saneamento Universal em busca do ideal de Lixo Zero, por meio da inovação dos aterros sanitários convencionais, para que se tornem Centros Tecnológicos de Logística Reversa (CTLR), que propõe a operação dos sistemas de coleta, o transbordo e valorização, com o auxílio da mão de obra dos catadores de materiais recicláveis e demais agentes de logística reversa e além disso os direciona para as tecnologias/soluções mais indicadas para o tratamento adequado, que podem ser compostagem, biodigestão, pirólise, incineração, etc, além de contribuir para o aumento da reciclagem tradicional de plástico, metal, papel e vidro. Restando à disposição final no solo desses “novos aterros” um menor volume de material inerte ou não contaminante, quando houverem, pois devolverá ao mercado um grande percentual do volume ressignificado na forma de produtos e insumos materiais e energéticos.
Deste modo, todo o resíduo aproveitado retornará transformado em bens, combustíveis, energia elétrica, fertilizantes e “materiais inertes”, que podem ser usados como pavimentação, por exemplo. Paralelamente realizar a neutralização dos Gases de Efeito Estufa (GEE) e geração de Créditos de Carbono, capturas de Hidrogênio, de CO2, Amônia, produção de fertilizantes ricos em Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK). etc. Promovendo, assim, o desenvolvimento econômico sustentável, baseados em iniciativas e investimentos em Inovação, Projetos de Engenharia, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de combustíveis inovadores, segurança alimentar, reúso de água, dentre outras fontes de "finanças verdes”, decorrentes desses serviços ambientais realizados a partir dessas soluções em um procedimento que nominei de “Waste For Enjoy”.
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Minha missão é ser um instrumento de transformação para o benefício da natureza e bem estar da humanidade; provocar reflexões e também alertar para a necessidade de se ressignificar velhos conceitos já ultrapassados, propondo mudanças disruptivas, além das incrementais. Atuo com Inovação, Ciência e Tecnologia, focando minhas energias em pesquisas e soluções para o setor público, desde 2021, quando quase ninguém ainda falava nisso. Como Gestora Ambiental e Bacharel em Direito, minha jornada sempre foi marcada por essa militância, e tenho a satisfação de afirmar que, no cenário atual, além de um pouco de atenção dos governantes, temos condições significativas de avançar e deixar legados positivos, especialmente devido ao contexto em que nos encontramos e precisamos agir favoravelmente diante dessas oportunidades e através da inovação aberta.
É importante lembrar que os investimentos são essenciais, assim como a humildade, o conhecimento e as parcerias. A inovação deve ser cultural em todas as pessoas físicas e também nas instituições, abraçando novas perspectivas que podemos materializar através do ESG em todas as esferas, especialmente na pública buscando mais celeridade, economia e coerência nos processos executivos. Isso não apenas para proteger e beneficiar o mercado investidor, mas também para influenciar positivamente as políticas públicas por meio de um bom compliance, fomentando assim a Economia de Impacto Socioambiental e para o desenvolvimento socioeconômico das Cidades Inteligentes, que desejamos.
Para alcançar esse objetivo, é crucial envolver todas as hélices da inovação: governo, empresas, Instituições Científico Tecnológicas (ICTs), as universidades, bem como os clusters e demais stakeholders do ecossistema. No entanto, é fundamental também engajar a sociedade civil, que desempenha um papel crucial no que diz respeito ao consumo e descarte responsável, contribuindo assim para a circularidade, incentivando o consumo consciente e a prática da logística reversa desde a fonte geradora, especialmente no que se refere aos resíduos orgânicos e o aumento da reciclabilidade de matéria-prima reciclável. Sociedade da qual também se espera mais responsabilidade e critérios nas escolhas de seus representantes.
Por fim, dentre outros objetivos atingidos, destaco o ODS17, “parcerias em prol de metas”, reforçando o fato de que quando se trata de impacto socioambiental, ninguém age sozinho. Entendo que a governança socioambiental é inovadora e transversal, devendo ser melhor compreendida e praticada em todos os contextos, desde os riscos econômicos até os geopolíticos, com especial atenção ao equilíbrio da natureza e saúde mental dos indivíduos. Somente assim seremos capazes de mitigar os desafios das mudanças climáticas e promover um desenvolvimento econômico mais sustentável, favorecendo a conservação dos recursos naturais, para melhorar e manter a qualidade ambiental e da vida dos habitantes de todas as comunidades, urbanas ou rurais de todas as classes sociais, não só em nosso estado, mas em todo o Brasil e todas as demais partes do planeta, que precisam “jogar o lixo fora”.
Empresário
8 mParabéns pela reflexão. Importante a participação de todos nessa missão 👏👏👏
Professora na Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo
8 mParabéns pela excelente reflexão e proposições
𝐀𝐝𝐯𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐓𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐫𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨
8 mhttps://amzn.to/4dljTM0
Doutor em Inovação e Propriedade intelectual
8 mAchei sua proposição do “Waste For Enjoy” muito interessante.