"Na sua idade eu já ..." Entenda um dos fatores da frustração da Geração Y
Muitos jovens já devem ter ouvido uma frase parecida a essa: “Na sua idade eu já era casado, sustentava dois filhos, tinha dois empregos e ainda fazia curso a noite”. O autor do livro “Conectados, Mas Muito Distraídos”, Sidnei Oliveira, escreve sobre a frustração da geração Y (quem nasceu entre o fim dos anos 70 e o início dos anos 90) e explica que uma das causas é exatamente ter tido mais recursos e privilégios do que a geração anterior, o que gera a obrigação de superar seus pais. De acordo com o autor o jovem da geração Y foi mais protegido e tivera menos exposição às condições desfavoráveis, naturalmente há uma cobrança e uma expectativa para que não só superem os pais, mas que sejam fantásticos na carreira.
Junto a isso, tem-se também a vontade das coisas acontecerem rápido, outro aspecto que gera frustração nessa geração: “Ora, se eu tive muito mais oportunidade é natural que eu colha os frutos bem mais rapidamente. ” E na prática não é bem assim. Deve-se que entender que as coisas mudaram, as novas características das sociedades pós-industriais levaram à definição de novos conceitos e perspectivas no âmbito do desenvolvimento humano e de carreira.
De acordo com o Psicólogo, Jaffrey Arnett, há 40 anos um jovem de 22 ou 23 anos confiava em se tornar adulto, assumindo como ponto de referência o casamento, a paternidade e a obtenção de um emprego estável. Hoje, os jovens de 17 aos 33 anos, também chamados de adultos emergentes, vivem esse período que é marcado pela insegurança, a incerteza e o risco dos novos estilos de carreira caracterizados pelo auto gerenciamento. Bem diferente do modelo tradicional de carreira em que se entrava em uma empresa esperando progressão profissional, apenas fazendo um bom trabalho.
Para Arnett, estas transformações de ordem social, econômica e cultural geraram um aumento consistente na idade média do primeiro casamento, na idade média do nascimento do primeiro filho, na presença de percursos escolares mais longos e consequente na inserção mais tardia no mercado de trabalho,a um aumento da coabitação com pais, bem como uma maior instabilidade residencial.
Comparações entre as gerações sempre serão feitas, faz parte de se entender os novos cenários. Mas é preciso contextualizá-las às mudanças e usá-las a favor das gerações que estão por vir. Assim como os autores citados, busca-se o protagonismo deste novo adulto, para que ele tome as rédeas da própria vida. No fim, todas as gerações querem a mesma coisa, ser feliz. E você? As comparações com o passado estão te fazendo se sentir frustrado?
Administrador na Petrobras
7 aÓtimo artigo!
Mentora de Carreira | Coach de Executivos e Liderança | Psicóloga | Mestre em Administração
7 aMuito relevante!
Psicólogo Especialista em Estratégias de Carreira e Mudanças | Mentor de Executivos | Fundador de O Sabático | Coach Membro da ICF Portugal
7 aExcelente artigo! Viver entre gerações é um skill necessário!