Na transformação digital, a decisão ainda é humana.
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Na transformação digital, a decisão ainda é humana.

Velho e sábio provérbio chinês: o passado é história, o presente, uma dádiva, e o futuro, um eterno mistério. Como lidar, de forma saudável e equilibrada, com o que vem pela frente? Com o inesperado? Há uma grande parcela de profissionais que entra em pânico só de ouvir falar em transformação digital. São medos genuinamente humanos – de ficar obsoleto, de não conseguir acompanhar o NOVO, de não SERVIR MAIS. Pesado, né? Um dado do Fórum Econômico Mundial dá ao cenário um ar um pouquinho mais desolador e angustiante, ou curioso e surpreendente (depende como você encara este momento de transformação): 65% das crianças e adolescentes de hoje – principalmente, os que nasceram entre 1998 e 2010 - vão trabalhar em profissões que SEQUER existem atualmente.

Eu faço questão de bater sempre na mesma tecla: a inovação digital veio para ficar, para ser encarada com naturalidade e confiança! NÃO é pura e simplesmente implantar ferramentas digitais. Há algo muito mais valioso para transformar: a forma como Pensamos, Sentimos e Agimos em tempos de vulnerabilidade e insegurança!

A chave está em você se valorizar como sendo o DONO desta transformação e não uma vítima dela. É você se colocar à frente do que é preciso fazer e tomar DECISÕES eficientes a partir daí! Precisaremos desconstruir nossas formas de pensar baseadas no passado e buscar um lugar criativo e corajoso dentro de nós!

Quando eu me percebi fazendo previsão do futuro baseado no que eu conheço, entendi que não iria sair do lugar. Que hoje a experiência do passado está no entender a experiência no futuro, como metodologias ágeis de “partir do zero” e “prototipar” ideias e verificar se são realmente novas ou “renovadas”.

Errou feio? Aprendeu muito!                 

O processo de transformação digital é doloroso para muitas empresas. Algumas nem começaram. Outras até pegaram a estrada certa, mas foram obrigadas a parar no acostamento vítimas de algum buraco no meio do caminho. Não adianta montar um sistema fabuloso se o investimento básico não for feito. São as PESSOAS e a FORÇA DE TRABALHO que impulsionam qualquer processo real de transformação de uma empresa. Não adianta mudar a carroceria se o motorista e o motor são os mesmos!

Para ilustrar o cenário, uma experiência própria. Encontrei, dia desses, um grande amigo e profissional do mundo do crédito. As mesas de bar e restaurante são terrenos férteis para discussões acaloradas e insights profissionais. Entre uma porção e outra, ele me revelou que contratou uma consultoria internacional para a empresa dele que lhe deu UMA RECOMENDAÇÃO PRECIOSA do que NÃO deve ser feito. O “mega” consultor internacional...rs... comentou que 80% do mercado que compra as ferramentas digitais não têm o pensamento de um mundo digital. Ser digital, disse ele, é “entender e aderir ao movimento de transformação digital e não sair comprando ferramentas”!  Com isso, concluiu, “66% dos nossos projetos fracassam”! Organizações que esquecem do fator principal, básico e primordial: o PENSAR HUMANO no mundo digital. Não à toa um estudo recente da agência Wunderman apontou que 58% dos trabalhadores não se enxergam como potenciais transformadores. O que adianta pesar a mão na escolha das ferramentas se a decisão humana está preterida e relegada em segundo plano?                 

E ERRAR é a base de toda transformação! Errar é causa consequente de tentar, testar, praticar, etc. O que nos impede de tentar é um sentimento “conhecido”, mas não “reconhecido” no dia a dia de nossas pequenas decisões: o MEDO.

Não é fácil abrir mão da falsa “segurança” que conquistamos, mas, ao nos abrirmos à vulnerabilidade e inovar, estaremos de fato conquistando a habilidade de nos sentirmos seguros em ondas cada vez maiores!

O mundo cresce digitalmente de forma exponencial. Nós, humanos, podemos seguir na mesma linha se rompermos modelos mentais antigos em vez de seguirmos a passos de tartarugas.Com o medo, o nosso instinto básico é a fuga. Inventamos álibis, subterfúgios e desculpas. Do tipo: “ah, eu não posso”, “preciso de investimento” ou “não vai dar certo”

Enquanto alguns ficam paralisados à espera de RECURSOS para mudar ou ainda não acreditam no que estão vendo, outros começam a praticar o erro e inovar. Começam, acima de tudo, a ousar acreditar em si como os grandes surfistas da onda digital.

Em qual dos 2 times você joga?

EU A-CREDITO - FERNANDO MANFIO

O DNA DA DECISÃO

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