Narrativas de uma Jovem Advogada III - Direito e Tecnologia

É notório que o Direito e a Advocacia estão mudando, os cenários das interações humanas e a evolução tecnológica, como um todo, alteram profundamente os contextos sociais e impactam nas relações jurídicas.

Diante disso, temas como Advocacia 4.0 (que reportam à 4ª Evolução), Direito das Coisas, Direito das Startups e Direito Digital passam a ganhar força nos debates e congressos jurídicos.

Também diversos temas ligados à tecnologia estão surgindo à tona: criptomoedas, blockchain, uso e armazenamento de dados, proteção de dados na rede, uso de lawtechs para melhora nos departamentos e escritórios, trazendo consigo dúvidas e questionamentos jurídicos até então inexistentes.

Assim, fato é que nós, operadores do Direito, estamos diante de uma nova realidade e precisamos nos adaptar e relacionar com ela, para não ficarmos estagnados no tempo, “ultrapassados”.

No meu caso, sou advogada interna de uma Startup, especificamente de uma Fintech chamada ASAAS GESTÃO FINANCEIRA, mas confesso que antes de trabalhar com isso sequer sabia o que startup significava (Se você ainda não sabe, tudo bem, estamos aqui para aprender e compartilhar conhecimento).

Ora, mas ser advogada interna de uma Startup não é algo clássico para advogados. Ademais, muitos não acham cabível a existência de um departamento jurídico nesse tipo de empresa. Mas eu, particularmente, amo novidades, e sou muito feliz por estar em um ambiente de inovação e interdisciplinaridade.

A questão é: o Direito é conservador por natureza, mas existem muitas possibilidades de mudarmos esse cenário. Os jovens advogados possuem diversas oportunidades nesse mundo de transformação digital. Estar com o pensamento aberto às novas tecnologias e conciliar as ideias com o mundo jurídico é a tendência que se espera de um bom profissional do Direito.

Logo, conforme ensinamento clássico “sejamos a mudança que queremos para o mundo”, ou seja, inovando a cada dia na aplicação do Direito diante dos novos contextos tecnológicos, bem como buscando aplicar à legislação e entendimentos jurídicos de acordo com a nossa realidade, obviamente, com ponderação e jamais esquecendo os princípios basilares que nos norteiam na aplicação do Direito.

Por fim, fica a reflexão:

“Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento” VERÍSSIMO, Érico.

Muito bom. Os ventos sopram e as mudanças devem ser sempre bem vistas por todos os profissionais. Sucesso.

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